AEMFLO e CDL-SJ realizam último encontro da campanha Nosso Voto tem Força
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A AEMFLO, Associação Empresarial da Região Metropolitana de Florianópolis e CDL-SJ, Câmara de Dirigentes Lojistas de São José, realizaram no dia 16 de setembro, no Clube 1º de Junho, em São José, o Encontro Empresarial que finalizou as ações da campanha Nosso Voto tem Força, dirigida aos empresários de São José e da Região Metropolitana de Florianópolis. A campanha foi criada para conscientizar os empresários e a população em geral sobre a importância de escolher candidatos idôneos e comprometidos com as reivindicações e necessidades da Região Metropolitana e do município de São José.
A convidada do último encontro foi a jornalista Salette Lemos, especializada em comércio exterior e economia ambiental pela Fundação Getúlio Vargas e que recebeu, por duas vezes, o Prêmio Esso de Jornalismo, considerado o mais importante do País. Numa conversa franca e direta, a jornalista debateu com os empresários os possíveis cenários econômicos que poderão se desenvolver no Brasil de acordo com o perfil do próximo presidente da República.
Logo no início do encontro, o presidente da AEMFLO e CDL-SJ, Tito Schmitt, discursou para os cerca de 350 empresários presentes no encontro e se disse surpreso com a quantidade de participantes, muito abaixo do esperado para o evento. "Fico surpreso, pois nós fizemos um trabalho sério para mobilizar a classe empresarial da região e estávamos esperando cerca de 900 pessoas no evento de hoje", disse Tito Schmitt.
Num discurso emocionado e com a voz embargada, o presidente da AEMFLO e CDL-SJ, disse que todos têm que se mobilizar e participar efetivamente da política do País e que é preciso repensar as nossas atitudes perante o que acontece hoje no Brasil. Para Tito, os governantes precisam saber que os empresários e a população estão se organizando de alguma forma e que todos estão interessados no futuro do Brasil.
Antes do debate com a jornalista Salette Lemos, o candidato ao Senado pelo Partido Verde, Fabiano Piovezan, fez uma breve apresentação da candidata Marina Silva e o candidato pela coligação As Pessoas em Primeiro Lugar, Paulo Bauer, fez a apresentação do candidato José Serra, em discursos que pareceram muito mais um falatório em favor da própria campanha, do que uma verdadeira apresentação das propostas e do histórico dos candidatos à presidência de seus respectivos partidos. Não houve apresentação da candidata Dilma Rousseff.
Para o candidato ao Senado, Paulo Bauer, o crescimento econômico do País está fazendo os eleitores transformarem a eleição numa simples aprovação de uma recente história de sucesso. "Eleitor precisa é pensar no futuro, precisa pensar do momento eleitoral para frente e assim escolher o seu candidato", disse Bauer.
Jornalista Salette Lemos discutiu o cenário político e econômico com empresários em São José
Embalada pelo discurso de Tito Schmitt, Salette Lemos começou a conversa falando exatamente da falta de mobilização. A jornalista disse que a ausência das pessoas no evento é também reflexo da descrença e da falta de motivação de todos na política do País e que sente falta de propostas reais de todos os candidatos. "Hoje nós temos uma eleição que não tem propostas ou projetos de governo, e com isso teremos que votar em pessoas. De um lado a candidata do Lula, do outro o do Fernando Henrique, e a Marina Silva, uma nova candidata", disse Salette Lemos.
A jornalista destacou que há também falta de interesse da população em discutir economia, pois muitos estão apenas preocupados com o dinheiro e com os gastos diários que tomam conta da vida de todos. "Eu acho que as pessoas estão só pensando no imediatismo e na sobrevivência diária. Existe uma acomodação muito grande. É muito fácil você cobrar e muito difícil você fazer algo", disse Salette.
Salette Lemos se utiliza de um discurso direto para conversar sobre economia, sem recorrer a termos difíceis, que fazem parte do universo específico do assunto. Ela fala que se deve pensar a política de uma maneira mais próxima, agindo no seu bairro, no condomínio e que dessa mesma forma também se pode pensar a economia, mais simples e próxima. "A economia começa no seu orçamento. Quando você tem o domínio do seu orçamento e você sabe de todos os seus gastos, você consegue ter a noção do desperdício e dos exageros. Se você não tem isso, nunca poderá ter noção do Orçamento Federal, por exemplo, que é a peça básica do movimento de um governo. Muitos de nós nem sabemos quantos representantes temos na Câmara, em Brasília. Nós estamos absolutamente ausentes de tudo o que acontece", disse Salette.
Para a jornalista, a falta de informação e o desinteresse fazem com que não ocorram as mudanças necessárias no cenário atual. Ela acredita que muitas vezes isso acontece, pois as pessoas não conseguem reconhecer um discurso muito específico, no caso da economia, por exemplo. "Eu lia as matérias de economia e também não entendia nada. Quando eu fui estudar na Fundação Getúlio Vargas, já fui com esse objetivo de decodificar, de traduzir esses conceitos que muita gente não reconhece", disse a jornalista.
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