Seminário de Educação Ambiental aborda energias sustentáveis
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No dia 05 de junho, data que celebra o Dia Mundial do Meio Ambiente, foi realizado, no Teatro Hermelinda Izabel Merize, no Centro Multiuso de São José, o III Seminário de Educação Ambiental. O evento foi promovido pelo Grupo de Trabalho e Educação Ambiental Região Hidrográfica 08 (GTEA Rh08) e teve como principal abordagem o tema “energias sustentáveis”.
Durante todo o dia, o público pode acompanhar palestras sobre o assunto e apresentações culturais. Membros do Comitê Facilitador da Sociedade Civil Catarinense para a Rio+20 também falaram um pouco sobre o grupo, que representou Santa Catarina na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), que ocorreu entre os dias 13 e 22 de junho, no Rio de Janeiro.
Durante a palestra “Energia em uma Era de Relações Sustentáveis”, o ministrante Daniel Silva, que é professor do Departamento de Energia Sanitária e Ambiental da UFSC, abriu uma discussão sobre a relação entre o processo econômico e a degradação do Meio Ambiente. Para exemplificar, ele cita o aumento dessa degradação nos rios catarinenses, ocorrida nos últimos 50 anos. “Não existe nenhum rio catarinense que tenha diminuído o seu nível de degradação nos últimos 50 anos, pelo contrário, esse número só aumentou”.
Ele complementa explicando que a degradação da natureza é vista apenas como uma mera consequência que faz parte do desenvolvimento econômico, sem pesar na balança de custos e benefícios de algumas empresas, como as usinas de carvão, por exemplo.
“Isso se dá devido ao processo econômico, evidentemente. Mas, o grande problema, é que o custo da degradação da natureza não faz parte da equação econômica que promove o desenvolvimento. Assim, ela acaba sendo vista como uma externalidade, ou seja, um mal necessário. Por exemplo, quando se produz carvão, se degradam completamente os rios, deixando os acidificados e ninguém paga essa conta”.
Em linhas gerais, para que as políticas de degradação não mais se justifiquem, o professor defende a apresentação de novas ideias e a continuidade dos debates acerca da sustentabilidade. Porém, ele se diz otimista com os avanços de políticas públicas e com a criação de uma consciência social baseada na sustentabilidade. “Eu acredito que nós estamos mais conscientes. Eu sou otimista a respeito dos desafios que nós temos enfrentado, principalmente, porque hoje nós temos políticas públicas muito fortes, que incorporam a idéia da sustentabilidade. Então, eu acho que sim, que nós estamos avançando a bons passos com respeito à criação de uma consciência, que é a responsável pela criação de instrumentos para a construção da sustentabilidade”.
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