São José, Santa Catarina, Brasil
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Edição Junho | 2012
Ano XVIII - N° 193
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Pagamento triplo

Para que você tenha uma vida melhor e possa proporcionar a melhoria para os seus, não basta apenas fazer a sua parte, mas torcer para que quem nos governa também faça a sua. Quando você acorda de manhã e começa a se preparar para ganhar o pão de cada dia, inicia pagando impostos no creme dental e no café da manhã. Pega o transporte, trabalha, almoça na rua, volta pra casa, janta e vai dormir. Parou para pensar que, praticamente, cada ação sua tem um custo e dentro dele uma parcela correspondente ao imposto que vai para o tesouro do Governo?
É natural que assim seja. Não conheço um país que consiga viver sem cobrar impostos. É dessa forma que os países conseguem retornar aos seus cidadãos os serviços públicos necessários como saúde, educação e segurança para ficar apenas nesses três. O que chama a atenção é o nível de impostos cobrados por cada país e, muito mais ainda, o que cada um retorna para seus cidadãos.
No Brasil, trabalhamos cinco meses para pagar os impostos que nos são cobrados. Aqui, a carga tributária é de 36% do PIB, ou seja, de cada R$ 100 gerados, R$ 36 vão para os cofres do Governo, sobrando, portanto R$ 64 líquidos. Essa é mais ou menos a relação que existe nos países nórdicos. Contudo, vá ver o que oferecem de volta aos seus cidadãos. Educação de primeiríssima qualidade, ninguém morre em filas de hospitais, até mesmo porque não há filas, e sim, atendimento invejável e sair à rua, o ir e vir, a qualquer hora, é seguro e garantido, não há pobreza e a segurança dos cidadãos é garantida por um poder de polícia exemplar.
Aqui, temos péssimo serviço de saúde pública, uma educação de qualidade precária e sair às ruas tornou-se uma verdadeira aventura a qualquer hora.
Outro dia, fui abordado em uma rua da vizinha Florianópolis pela professora aposentada Maria Lígia Piazza, inconformada com a insegurança nas ruas centrais da Capital. Disse que falava não só por ela, mas por toda uma legião de pessoas amigas que vivem no centro da cidade. A principal reclamação era com relação aos sem teto, que moram nas ruas a atormentar a vida do cidadão e dos comerciantes pelos constantes roubos e pequenos furtos para alimentar o vício da droga.
Respondi que a solução era colocar polícia nas ruas. Mas, para isso é preciso ter contingente policial, o que me parece não ser o caso no momento. Ou seja, em qualquer cidade somos reféns da vadiagem, da malandragem que nos impede de ter uma vida normal e prejudica a economia local.
Em recente aferição da educação de vários países foram feitas algumas provas para alunos adolescentes. Participaram cerca de 60 países e os nossos estudantes só foram melhores do que os alunos da Turquia, Catar e Quirgistão. Ficamos, portanto, nas últimas colocações. No Brasil, até bem pouco tempo, de cada 100 alunos do ensino médio, só 25 conseguiam interpretar textos e efetuar as quatro operações aritméticas.
Muito mais do que patético, mostra que estamos precisando melhorar nosso sistema educacional, urgentemente, sob pena de não termos mão de obra qualificada que nos permita atingir estágios superiores de desenvolvimento.
No que toca à saúde, antes quem não tinha plano privado morria pagão. Agora, a situação está tão crítica que quase não dá para se notar diferença entre a saúde pública e a particular. Ser atendido no pronto atendimento privado pode levar mais de três horas, dependendo do tipo de doença a ser tratada, o que é um absurdo, pois o cidadão paga para ter um serviço a sua disposição na hora que precisa. Claro que não se pode atender todos ao mesmo tempo, mas esperar três horas em um serviço pago é pra lá de sem sentido. Não se justifica.
Se você quiser marcar uma consulta com um médico particular, dependendo do plano de saúde só vai conseguir para, no mínimo, um mês adiante. Bem, se você tem pressa em ser atendido existe a possibilidade de pagar uma consulta, o que muita gente vem fazendo. Desta forma, você paga impostos e não tem um serviço público de saúde adequado, paga por um plano particular de saúde e não consegue marcar consulta para ser atendido prontamente. Porém, caso você se disponha a pagar a consulta, o atendimento é providenciado.
Chegamos ao absurdo de ter que pagar triplamente para obter o atendimento de saúde que necessitamos.
(*) Doutor em Engenharia de Produção – pguilhon@hotmail.com

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