FIB – Felicidade Interna Bruta
Paulo de Tarso Guilhon*
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Mensagem ao Secretário
Caro Secretário de Educação Municipal Bernardo Meyer e caros leitores, vocês têm ideia de quantas universidades e escolas de nível superior há em SC? Em nível Federal temos a UFSC e os IFES. Em nível estadual temos a UDESC. Há ainda as universidades que foram formadas em municípios como a UNIVALI, em Itajaí, e a UNISUL, em Tubarão. Depois, ambas se espalharam por outras cidades de SC. Em Criciúma, há a UNOESC, e em Chapecó, a UNOCHAPECÓ. Em Lages, há a UNIPLAC. Em Joinville, a UNIVILLE e inúmeras outras escolas de nível superior estão espalhadas por todo o Estado.
Em São José, a USJ pode se tornar uma referência para Santa Catarina. Possui um competente quadro de docentes, mestres e doutores, com vontade de fazer a diferença desde que tenham condições para tanto. Desde que o aspecto político não seja a predominância em si, mas sim, uma forma de fortalecer a academia.
Imagine quantos TCCs, os assim chamados trabalhos de conclusão de curso, dissertações de mestrado e teses de doutorado são produzidos na academia. Imagine quantos trabalhos úteis para a sociedade são e poderão ser produzidos na USJ. Por experiência própria, posso testemunhar que são inúmeros os trabalhos que podem beneficiar a sociedade. Alguns chegam ao setor empresarial quando há uma interação entre a escola e a empresa.
Os trabalhos são fruto de pesquisa exaustiva que o aluno leva anos para concluir sob a supervisão dos professores. É a fase em que o aluno mais aprende. Inúmeras empresas são beneficiadas quando o aluno é empregado da organização e leva um problema específico para ser solucionado via pesquisa acadêmica.
Contudo, a grande maioria das empresas nem fica sabendo o que se faz nas universidades. E o trabalho produzido pelos alunos vai mesmo para as prateleiras das bibliotecas universitárias. Perdem-se entre inúmeras outras obras que poderiam fazer a diferença para o mundo empresarial e beneficiar a sociedade como um todo. É uma pena! O País precisa da inovação para se tornar competitivo. Falta um elo que ligue a academia às empresas para que os trabalhos não se percam empoeirados nas prateleiras das bibliotecas universitárias.
Creio que está aí, na possibilidade de ligação efetiva entre a academia e o mundo empresarial, uma grande oportunidade para que a USJ, além de cumprir seu papel acadêmico, possa ainda oferecer retorno para toda a sociedade e se tornar viável sob o ponto de vista econômico. Só assim será possível melhorar sempre o quadro
docente pelo pagamento de bons salários que o modelo atual não comporta.
Secretário Bernardo Meyer, a Prefeita Adeliana foi eleita legitimamente pela vontade do povo que desejava e quer mudanças. Fica aqui a sugestão para que a Secretaria de Educação de São José avance na interação com a comunidade acadêmica da USJ para escutar os anseios dos docentes e discentes. Interagir é a forma mais concreta e democrática de prosperar a ideia de se ter alguém, com experiência acadêmica e empresarial comprovada e referencial, que seja o elo entre a academia e as empresas. Tenho plenas convicções que entre o quadro de Doutores da instituição haverá gente com experiência empresarial e acadêmica que poderá cumprir esse papel. Não caia no lugar comum de preencher os quadros acadêmicos com políticos e sepultar a possibilidade de dar asas a uma Instituição que pode ser o grande diferencial do município.
Como o secretário bem sabe e talvez boa parte dos josefenses desconheça, o Centro Universitário Municipal de São José (USJ) foi agraciado pelo Conselho Estadual de Educação (CEE/SC) por dois anos seguidos, 2010 e 2011, com o Prêmio Educador Elpídio Barbosa por ser o Centro Universitário com o melhor desempenho no Índice Geral de Cursos do Estado de Santa Catarina. Obteve, também por dois anos consecutivos, nota 5 (nota máxima) no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) - 2009 e 2010. Assim, tornou-se a única IES do Estado com nota máxima (5).
A ligação entre Academia e empresas é plena para todos. Para o aluno que aprende na prática as lições da Academia, para a USJ que se torna uma escola referência, para as empresas que podem contar com um processo de pesquisa inovadora e a custo quase nenhum e, sobretudo, para a sociedade que se beneficia do processo inovador nos produtos e serviços que lhe são ofertados.
São José agradece!
(*) Doutor em Engenharia de Produção – pguilhon@hotmail.com
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