O que são arritmias cardíacas e como reconhecer seus sintomas?
Em seu estado normal, o coração recebe disparos elétricos de forma regular que fazem o órgão contrair ritmicamente, ou, como dizemos popularmente, as batidas do coração batem no mesmo ritmo. Quando não há essa regularidade, ocorre uma alteração no ritmo cardíaco, conhecida como arritmia. As arritmias cardíacas apresentam-se de diversas formas:
• taquicardia, quando o coração bate rápido demais;
• bradicardia, quando as batidas são muito lentas e em descompasso;
• pulsação irregular (como a fibrilação atrial);
• batimentos extras (extrassístoles).
De acordo com o cardiologista e arritmologista André Pacheco, as arritmias cardíacas podem atingir pessoas de qualquer sexo e faixa etária, podendo ocorrer inclusive em atletas e pessoas ativas. O médico explica que a arritmia cardíaca mais frequente é a fibrilação atrial, caracterizada pelo ritmo de batimentos rápido e irregular dos átrios do coração. “Cerca de 2,5% da população mundial, ou seja, 175 milhões de pessoas têm fibrilação atrial. A principal e mais grave consequência da fibrilação atrial é o aumento do risco de acidente vascular cerebral (AVC), popularmente conhecido como derrame“, alerta André. Essa arritmia está associada com o avanço da idade. A estimativa é que entre 5 e 10% dos brasileiros desenvolvam essa pulsação cardíaca irregular.
Sintomas variam desde palpitações a desmaios
As arritmias cardíacas podem provocar palpitações no coração, que se assemelham a uma batida mais forte no peito. Coração acelerado, falha nos batimentos, desmaios, tonturas, confusão mental, falta de ar, fraqueza e mal estar também podem ser indicativos de que algo está errado com o principal órgão do corpo.
O cardiologista lembra que muitas vezes as arritmias são assintomáticas, ou seja, não provocam nenhum sintoma. Por isso é importante procurar um cardiologista para fazer um check-up. “Somente uma avaliação clínica detalhada do coração pode mostrar se o órgão está trabalhando como deveria”, complementa André.
Como tratar a arritmia
O tratamento da arritmia depende do diagnóstico realizado pelo cardiologista ou arritmologista e varia de acordo com o tipo de arritmia e das condições de cada paciente. “A arritmia pode ser tratada somente com observação e acompanhamento para avaliar qualquer evolução, com medicamentos ou com procedimentos como ablação por cateter e implante de dispositivos cardíacos eletrônicos, como o marcapasso e o cardiodesfribilador implantável.
Dr. André Pacheco Silva
Cardiologista e Arritmologista Clínico (Incor-HCFMUSP)
CRM 15555 RQE 13140
Clínica OralMed/Hospital SOS Cardio
www.drandrepacheco.com.br
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