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Edição Maio | 2016
Ano - N° 240
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COLUNA DA FIB – Felicidade Interna Bruta
O que esperar de Temer?

Paulo de Tarso Guilhon*

A pior coisa que pode acontecer para alguém é ficar desempregado. Quando a economia não vai bem, vende-se menos, as margens são reduzidas, cai o lucro, espremem-se custos. Um dos primeiros custos que são contidos é o de pessoal. Cortam-se empregos porque as empresas precisam sobreviver. Para poder reabrir empregos que foram cortados quando a economia melhorar. E para criar outros com o investimento necessário para as empresas crescerem.
Não vou cansar quem me lê com números. Importante é saber que os investimentos que fazem a economia crescer, gerar empregos, renda e arrecadação estão em queda no Brasil. Há muito tempo. O populismo fez de nossa nação um local inseguro para os empresários que desejam investir. Claro que não são todos os setores. Evidente que há um forte apelo para o capital internacional se instalar no Brasil. Estrangeiros estão de olho nas nossas empresas que morrem à míngua e se tornam ainda mais baratas porque o real está desvalorizado em relação ao dólar.
O câmbio e as dificuldades que nossas empresas enfrentam para continuar em atividade favorecem os investidores. Porém, a insegurança para se fazer negócios, típica da administração anterior, deixa os investidores inseguros. Seja o investidor nacional, ou o estrangeiro. Na dúvida, quem tem, segura seus recursos até ter confiança em investir por aqui.
O que o mercado espera de Temer é uma forte sinalização de que doravante não haverá mudanças bruscas nas regras do jogo. Primeiro é levantar a situação, não escamotear dados, não mentir, não iludir. Depois é estabelecer as regras do jogo e dar sinais evidentes que essas regras não serão mudadas. Em outras palavras, é dizer pode confiar.
Mudanças no trato da economia virão. Porque são inadiáveis, necessárias para que possamos sair do atoleiro em que o populismo nos meteu. Remédios amargos teremos que tomar. Previstas alterações nas regras da previdência, aumento de impostos não estão descartados, coisas que mexem com a esperança da população e que terão que ser negociadas no Congresso. Tudo para fazer a economia voltar a andar nos trilhos do desenvolvimento, seguindo o lema positivista de nossa bandeira verde e amarela, ordem e progresso.
Contudo, quem está desempregado precisa trabalhar. E as empresas, principalmente, as de menor dimensão, têm que sobreviver. Cada dia a mais sem emprego para o trabalhador e com queda nas vendas para o empresário é uma agonia que não tem fim. Só quem já vestiu a pele do desempregado, quem já enfrentou uma crise empresarial pode avaliar o que é ficar sem renda. Como disse Gonzaguinha, “um homem se humilha, se castram seu sonho, seu sonho é sua vida e vida é trabalho e sem o seu trabalho um homem não tem honra.” Não dá pra ser feliz.
Nem as empresas que enfrentam dificuldades e tampouco os desempregados podem esperar mais um dia. Se o Governo fizer o dever de casa, o mal vai ser curado. Mas, leva tempo e a necessidade do trabalhador desempregado é para hoje. Contas não esperam. Aflição não espera.
Depósitos compulsórios, como o nome diz, são recursos dos bancos depositados, obrigatoriamente, no Banco Central. Para controlar a liquidez do mercado. Ou seja, para que não haja muito dinheiro em circulação, ou moeda a menos. Dinheiro em demasia gera inflação. Só que agora, o que falta é o dinheiro. A inflação não é de demanda. É de custos. Da política irresponsável, equivocada, de contenção de preços da energia e dos combustíveis para se ganhar a eleição.
Com a redução da atividade econômica, circula menos dinheiro porque as pessoas compram menos e porque as empresas reduziram a atividade. O lucro encolheu e o investimento caiu. Estima-se que haja hoje cerca de R$ 385 bilhões em depósitos compulsórios. Uma parte desses recursos poderia ser destinada às empresas em dificuldade. A contrapartida tem que ser a reabertura de vagas fechadas. Tem como ser feito, com criatividade e vontade de se dar uma esperança ao povo brasileiro.
Não sei se podemos esperar isso de Temer. Mas, se alguém puder levar a mensagem, fica a sugestão.
(*) Doutor em Engenharia de Produção – pguilhon@hotmail.com

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