São José, Santa Catarina, Brasil
20 de maio de 2024 | 10:01
Edição Fevereiro | 2016
Ano - N° 237
Receba nossa newsletter
e-mail
Pesquisar
       
Home
Links úteis
Fale com o Oi
Edições do Oi


Editorial
Parecer
Da Redação
Cidade
Especial
Geral
Educação & Cultura
Tradição



Veja também:
Redução de custos afeta Carnaval em São José
Inscrições para atividades do CATI começam dia 22 de fevereiro
Diretoria da Fetaesc assume mandato para os próximos quatro anos
Novos professores efetivos e diretores eleitos tomam posse em São José
Atleta de São José é Campeão Brasileiro de Kung Fu
COACHING?
Dário Berger aponta revisão do pacto federativo como um dos principais desafios para 2016
Amin apresenta Projeto para cancelar mudanças na renegociação de dívidas dos estados e municípios com a União
Edinho Bez defende trabalho legalizado a partir de 14 anos de idade

Geral
 
COLUNA DA FIB – Felicidade Interna Bruta
O sentimento de justiça
Paulo de Tarso Guilhon*

Somos um grande país em extensão territorial. Temos mais de 200 milhões de habitantes. Estamos entre as dez maiores economias do planeta. Contudo, não deveríamos ser muito mais desenvolvidos? Você está satisfeito com a vida que leva?
O que será que está faltando para sermos um país mais desenvolvido? O que será que nos faz pequenos quando poderíamos ser muito maiores?
Grandeza não se mede pela extensão territorial. Tampouco, pelo tamanho da economia, ou o número de habitantes. O que faz um povo mais forte é seu grau de desenvolvimento e seu sentimento de justiça. Aliás, é a vontade de que a justiça seja feita. Justiça no uso dos recursos públicos.
O povo tem que ser desenvolvido, receber de volta serviços públicos dignos como saúde e educação de qualidade. Quanto ao Governo, deve gastar só o que pode e investir eliminando os gargalos que dificultam a produção. O Governo tem que ser pequeno e não se meter onde não deve. Tem que dar confiança para que a iniciativa privada possa trabalhar e gerar emprego e renda.
Você nunca teve que resolver um conflito no trabalho, ou mesmo, uma rusga familiar? Nesses momentos, o que prevaleceu? O seu lado apaziguador, ou o de justiceiro que se decide por um lado, ou pelo outro?
O brasileiro é famoso, internacionalmente, por dar um jeitinho nos problemas que tem de enfrentar. Somos uma sociedade latina. Prevalece a paixão em detrimento da razão. O jeitinho é a regra e esta a exceção. Enquanto funcionarmos assim, enquanto a sociedade não se der conta de que o jeitinho é atraso, teremos o país que merecemos. É que os nossos prepostos, os políticos, são produtos do meio em que vivemos.
Estamos vivendo uma das piores crises que já presenciei. A crise foi instalada por problemas internos, pelo descaso com a coisa pública, pela irresponsabilidade dos dirigentes populistas que tomaram conta do país. Há catorze anos estamos sendo governados pelos populistas. Tempo mais do que suficiente para que pudéssemos estar em uma situação muito melhor.
O populismo, de direita, ou de esquerda, é o pior que pode acontecer para um país. O populista flerta com o povo, distribui benesses, é carregado em triunfo e, quando a economia mundial está a favor, ele surfa nas águas favoráveis, no topo das ondas.
Só que, quem não planeja o futuro, quem gasta irresponsavelmente, mais do que pode, acaba se dando mal. Primeiro tem que se trabalhar para ganhar o dinheiro. Depois é que se faz festa.
O Brasil está acordando para se transformar em um país democrático para valer. O senso de justiça está cada vez mais latente, mais intenso em toda a sociedade brasileira que não suporta mais ver o descaso com que nossos dirigentes tratam a coisa pública.
Somos quase 10 milhões de desempregados. A economia vai mal e as projeções indicam que deve piorar. Enquanto isso, discute-se se Dilma vai ou fica, se Cunha desce do poder ou sobe ainda mais, se Renan é culpado ou inocente, e se o Lula vai ser preso ou vai fugir. E você que está desempregado? Quem é que vai pagar as suas contas?
A justiça tem que ser feita sim. Doa a quem doer. Que os culpados sejam, exemplarmente, punidos. Para que, no futuro próximo, os políticos tenham medo de fazer o que não devem e passem a se dedicar à coletividade. Estamos passando por um aperfeiçoamento democrático que tende a nos tornar melhores. Porém, sob o ponto de vista econômico, devemos amargar aí alguns anos de dureza.
Por isso, não é justo que o país pare, que o desemprego seja tanto e a tendência seja aumentar ainda mais e que ainda precisemos levar alguns anos para nos recuperar.
Só o povo organizado tem condições de exigir uma mudança nos rumos do país. O que pode significar, ou não, mudança de Governo. O fato é que o Brasil tem pressa e não há tempo a perder.

(*) Doutor em Engenharia de Produção – pguilhon@hotmail.com

Content on this page requires a newer version of Adobe Flash Player.

Get Adobe Flash player

 

Content on this page requires a newer version of Adobe Flash Player.

Get Adobe Flash player

 
 
COPYRIGHT 2009 • TODOS OS DIREITOS RESERVADOS • É PROIBIDA A REPRODUÇÃO DO CONTEÚDO DESSA PÁGINA EM
QUALQUER MEIO DE COMUNICAÇÃO, ELETRÔNICO OU IMPRESSO, SEM AUTORIZAÇÃO ESCRITA DO OI SÃO JOSÉ ON LINE.