Empresários da Área Industrial rejeitam Cadeião Empresários são contra a instalação do Cadeião na Área Industrial de São José
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A instalação de uma unidade prisional na Área Industrial de São José está tirando o sono dos empresários de São José. Uma liminar reconheceu o direito do Estado de utilizar um imóvel localizado na Área Industrial para a construção de Centro de Triagem de Presos. Os empresários são unânimes ao afirmar que se for instalado no local, o “Cadeião”, como está sendo chamado, trará sérios problemas econômicos e sociais, além de afastar futuros investimentos.
Para tentar buscar uma solução para o impasse, cerca de 60 empresários da Área Industrial de São José e representantes da Fiesc – Federação das Indústrias do, Estado de Santa Catarina Facisc – Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina e demais entidades de classe estiveram reunidos com a prefeita Adeliana Dal Pont, no último dia 22 de outubro, para debater e encontrar a melhor solução para a construção do centro de triagem prisional na cidade. A diretoria executiva da AEMFLO e CDL-SJ entregou um ofício à prefeita, reivindicando que seja encaminhado ao legislativo um projeto de lei indicando uma outra área que seja mais adequada para a construção do Cadeião.
A prefeita Adeliana concordou com os empresários. “Aceitamos a construção do Cadeião no Município, mas não em zonas industrial e residencial”, explicou a prefeita. Adeliana diz que não se opõem à obra, mas questiona o local escolhido para receber a unidade prisional. “O que não posso concordar é que a Área Industrial do Município receba mais de 400 detentos de toda Grande Florianópolis”, afirma.
Responsável pela contribuição de 25% do PIB (Produto Interno Bruto) de São José, a Área Industrial está localizada próxima de escolas, igrejas, shopping e universidade. São aproximadamente 40 mil habitantes, além de cerca de três mil colaboradores que diariamente trabalham nas empresas estabelecidas no local.
O vice-presidente da AEMFLO e CDL-SJ, Victor Souza, diz que é inconcebível ter um centro de triagem dentro de uma Área Industrial. “São José precisa de uma unidade prisional, isso é constitucional. Porém, existem áreas menos populosas, que terão menos impactos negativos com essa construção. Não podemos aceitar o cadeião na área industrial do município, num local que abriga empresas, postos de saúde, praças, escolas, shopping, habitações, entre outras importantes organizações”. Victor diz ainda que vai haver um esvaziamento da Área Industrial, além do afastamento de possíveis novas empresas. “O que vamos fazer agora é tentar conscientizar o governador e o desembargador que está com o processo judicial para que aceitem um outro local a ser zoneado pela Prefeitura de São José. Nós indicamos uma área no Alto Forquilhinhas e sugerimos à prefeita que o terreno seja permutado para que no local onde seria construído o Cadeião nós possamos colaborar com um projeto para construir uma área de lazer para a comunidade”, conta o vice-presidente da AEMFLO e CDL-SJ. Segundo Victor, dentro de dez dias o empresariado terá uma nova reunião com a prefeita para tratar do assunto.
Para o empresário e possível vizinho do Cadeião, Luiz Carlos Furtado Neves, também vice-presidente da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) e do Conselho Deliberativo do Sebrae, a instalação vai gerar insegurança para as empresas, funcionários e para a região. “Precisamos encontrar uma alternativa, uma outra área para a instalação do Centro Prisional. Se for mantido na Área Industrial, São José corre o risco de perder empresas pioneiras do local”, afirma Luiz Carlos.
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