Incubadora atenderá 10 empresas durante dois anos IESJ funcionará no prédio da Univali.
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São José pretende incentivar o desenvolvimento de novas empresas com capacidade inovadora na área de tecnologia, oportunizando a geração de emprego e renda, através da Incubadora de Empresas (IESJ). Dez projetos serão escolhidos, através de editais, e trabalhados durante dois anos para que sejam futuras empresas.
A incubadora funcionará em um prédio cedido pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali) e conta com a parceria da Fundação de Apoio e Pesquisa Científica do Estado de Santa Catarina (Fapesc), Instituto Federal de Santa Catarina (IF-SC), Aemflo/CDL-SJ e Sebrae-SC.
Para o secretário de Desenvolvimento Econômico, Édio Vieira, a IESJ tem o objetivo de criar empresas no campo tecnológico. “O desejo do governo municipal é promover a cidade na medida em que possamos nos transformar em um centro tecnológico avançado”, destaca.
O prefeito Djalma Berger relata que este é o primeiro passo para o desenvolvimento de condomínios empresariais inovadores de tecnologia e para a criação do Parque Tecnológico de São José. “Uma cidade voltada para a construção civil não se preocupou com a qualificação e, muito menos, com a geração de emprego e renda. É este enfoque que vamos dar. A incubadora de empresas será um gerador de conhecimento e fará com que o índice de mortalidade das empresas caia cada vez mais e tenhamos empreendedores cada vez mais qualificados”, observa Djalma.
Preparo
De acordo com o reitor em exercício da Univali, Mário César dos Santos, o índice de mortalidade das micro e pequenas empresas pode chegar a 97% em um período de cinco anos. “A razão é o despreparo. Os números mudam quando falamos de empresas criadas em incubadoras, o percentual cai para 20%. Para os incubados é a oportunidade de materializar ideias criativas que poderiam deixar de germinar se lançadas no mercado extremamente exigente e seletivo”, acrescenta.
Segundo o presidente do Conselho Técnico da Incubadora de Empresas de São José, Marcelo Carlos da Silva, existem mais de 1200 empresas, 6300 estabelecimentos comerciais, mais de quatro mil prestadores de serviços e cinco mil trabalhadores autônomos na cidade e estes são bons motivos para instalar a incubadora.
Em 2002, havia 10 unidades em Santa Catarina, e hoje, há 42. Segundo o diretor da Fapesc, Cenório Viana, a proposta é implantar uma em todas as sedes de Secretaria Regional.
Parceria
“É uma séria dificuldade, no Brasil, formar uma empresa, porque não temos linhas de crédito acessíveis e compatíveis. Se dependermos de capital externo para gerir a empresa, o negócio já nasce morto, ou seja, a iniciativa privada precisa da parceria do setor público e o setor público precisa da capacidade de geração e iniciativa de órgãos privados”, ressalta o presidente da Aemflo/CDL – São José, Odílio Guarezi.
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