São José, Santa Catarina, Brasil
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Edição Outubro | 2015
Ano XXI - N° 233
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CTG Os Praianos – História
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No último dia 15 de outubro, o CTG Os Praianos comemorou 43 anos de fundação, segue um breve relato de sua história:
De repente, na exuberante paisagem de São José, a dois passos do mar, tinha-se aquele genuíno quadro campeiro: uma mangueira redonda embaixo de um pé de jabuticaba. Instalada no bairro Benfica, que anos mais tarde passaria a ser chamado de Forquilhinhas, essa mangueira redonda pertencia a Andrino Manoel dos Santos e foi adaptada para o manejo de gado em 1968, pois Andrino e seus irmãos trabalhavam com abate e venda de carnes.
Em determinadas épocas do ano, a farra-do-boi e o boi-na-vara ou vassoura eram folguedos açorianos muito praticados no litoral próximo a Florianópolis. Doze amigos participavam com frequência de tais farras, assim como de festas e bailes na região. Gostavam também de programar brincadeiras de laçar na mangueira redonda. Eram eles: Aduci Manoel Fernandes, Andrino Manoel dos Santos, Antônio Crispim da Silva (falecido), Aurino Manoel dos Santos, Dário Lino da Silva, Eduardo Alfredo Schutz (o Didi), Frederico Muller (o Dico), Miguel Tomaz Perez (falecido), Pedro Cantalício Vidal (o Pedro Campolino, falecido), Valdir Manoel dos Santos (falecido), Valmor Rosar (o Tio Môca) e Valmor Schmidt.
Com o passar do tempo, os doze foram desenvolvendo um interesse cada vez maior pelo cavalo, pelo laço e pelos rodeios, que passaram a frequentar com assiduidade, em lugares como Tijucas, Tubarão, Lauro Muller, Bom Jardim da Serra, Bom Retiro. Mas o principal, bem sabiam eles, era o que se realizava em Vacaria, no Rio Grande do Sul. Um dos doze integrantes do grupo, Valmor Schmidt, possuía uma boa relação de amizade com o patrão do CTG vacariano Porteira do Rio Grande e já havia comparecido a algumas festividades campeiras daquele centro. O Porteira do Rio Grande era um exemplo instigante de sociedade tradicionalista.
Como os doze amigos “açorianos” já estavam envolvidos nas brincadeiras de farra-do-boi (sobressai na memória de todos a destreza de farrista de Miguel Tomaz Perez, o Miguelão) e já haviam participado de várias festas por aí afora, resolveram criar seu próprio rodeio. Mais que isso: decidiram fundar um legítimo Centro de Tradições Gaúchas em São José. Tudo aconteceu de um modo informal, sem nenhuma ata oficializando o acontecimento. Foi algo muito espontâneo e singelo. Na ocasião, por unanimidade, Valmor Schmidt foi consagrado como o primeiro Patrão da sociedade.
Lembra Schmidt que, ao comentar com os amigos tradicionalistas de Vacaria que ele e seus companheiros haviam fundado um CTG e iriam realizar um rodeio, em tom de brincadeira o pessoal do Porteira lhe indagou: “Vocês vão laçar o quê, nunca vimos gado por lá?” De pronto, no mesmo tom irônico, veio a resposta: “Vamos laçar um sirizinho, o que vocês acham?” Aquele jeito caçoador de se tratarem mostrava muito bem o grau de amizade já existente entre os componentes dos dois CTGs. No correr do tempo, os vacarianos iriam ter uma participação importantíssima nos primeiros rodeios dos Praianos.
Destaca-se aqui que, nessa época, Pedro Cantalício (o Pedro Campolino) possuía na localidade de Terra Fraca, no município de Palhoça, uma propriedade com rebanho de gado e uma cancha para laçar. Essa cancha, que já era frequentada por amigos como Eduardo Alfredo Schutz (o Didi), Antônio Crispim e Frederico Muller, passou a ser também utilizada pelos demais amigos do grupo dos doze que fundaram o CTG, e que vinham, nos finais de semana, laçando no então chamado bairro Benfica.
A união fortaleceu-se. Mesmo enquanto o Centro de Tradições não estava ainda legalmente constituído e não tinha um patrão oficial e nem sequer um nome, os doze amigos começaram a edificação da cancha de laço, bretes e um galpão sem paredes. Foram praticamente dois anos de trabalho para a construção da primeira sede do CTG de São José.
Em 1972, meados do mês de junho, acontecia a fundação do CTG, que recebeu a denominação de Os Praianos. Conforme depoimento do fundador Eduardo Schutz, dois outros nomes foram também sugeridos: Menino da Porteira e União Josefense. Mas o nome lembrado por Valmor Schmidt mereceu a unânime aprovação dos fundadores. Na oportunidade, Valmor foi oficialmente escolhido como patrão da sociedade.
No local onde foi construída a 1ª Sede d’Os Praianos, localiza-se atualmente a Igreja Matriz São Francisco de Assis.
*Pesquisa: Trechos do livro - CTG OS PRAIANOS – 30 Anos de Tradição

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