FIB – Felicidade Interna Bruta
Paulo de Tarso Guilhon*
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Trabalhador qualificado
A união do capital e trabalho faz as coisas acontecerem na economia. Não adianta o dinheiro se não houver trabalhador para tocar a empresa. Não adianta o trabalhador se não houver empresa. Trabalhador desempregado é força de trabalho ociosa, sem retorno para o País.
Quando um país começa a crescer, é fundamental que haja trabalhador qualificado. Quando se fala que investir em infraestrutura é fundamental para o País deslanchar, mais fundamental ainda é ter pessoas preparadas, profissionais qualificados para que os investimentos possam dar retorno. Engenheiros, técnicos, profissionais da área de tecnologia de informação, são todos necessários para que o Brasil não perca o bonde do progresso.
Por mais que os resultados atuais da economia nos façam desconfiar do futuro, é preciso que tenhamos sempre em mente a visão do longo prazo. Se olharmos para adiante, para os próximos dez, ou vinte anos, é só não errarmos demais que o desenvolvimento é inevitável.
Por isso, para que possamos desenvolver, é indispensável trabalhador qualificado o que, talvez, só se consiga em quantidade necessária se importarmos esses profissionais.
Enquanto não tivermos um sistema qualificado de ensino e aprendizagem na maioria de nossas escolas e universidades, corremos o risco de não desenvolvermos como precisamos.
Importar grandes cérebros é algo que países como os Estados Unidos fazem há muito tempo. Pelo menos desde que importaram cientistas alemães quando terminou a segunda grande guerra, assim como também os russos.
Agora, de nada adianta importar cientistas se não dermos as condições para que o profissional possa trabalhar. É preciso, por exemplo, ter equipamentos médicos de ponta nos hospitais para que os profissionais médicos, brasileiros ou não, tenham como atender as pessoas que procuram por assistência médica. Caso isso não ocorra, os hospitais das regiões mais desenvolvidas continuarão a atender precariamente a população que demanda serviços médicos de qualidade. É que como o povo não é atendido como deveria em suas regiões, acaba vindo para a Capital, ou para São José em busca de uma esperança para a cura. Isso, é claro, congestiona ainda mais o atendimento e provoca frustração e revolta.
Primeiro, claro, temos que oferecer as vagas existentes para nossos profissionais. Contudo, se tivermos vagas que não são preenchidas por falta de profissional qualificado, a alternativa é buscar quem possa preencher os vazios profissionais e contribuir para o desenvolvimento do País. Ou você não conhece a história de Santa Catarina que, principalmente, a partir de D. Pedro II, abriu as portas para a imigração de tanta gente que veio da Alemanha, da Itália e de tantas outras regiões? Todos esses povos empreendedores contribuíram e continuam a contribuir por meio dos seus descendentes, brasileiros como você, para o engrandecimento deste formidável Estado.
(*) Doutor em Engenharia de Produção – pguilhon@hotmail.com
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