São José, Santa Catarina, Brasil
13 de maio de 2024 | 16:24
Edição Outubro | 2012
Ano XVIII - N° 197
Receba nossa newsletter
e-mail
Pesquisar
       
Home
Links úteis
Fale com o Oi
Edições do Oi


Editorial
Parecer
Da Redação
Cidade
Especial
Geral
Educação & Cultura
Tradição
Esportes
Saúde
Social
Colunistas
Eleições



Veja também:
Oi São José entrevista Vereador Orvino
Conselho Tutelar de São José oferece 10 vagas
Moradores de rua

Cidade
 
Famílias continuam sem ter para onde ir e prefeito é investigado pela justiça
Dezenas de pessoas continuam alojadas no Ginásio de Esportes do loteamento Jardim Zanelato

Clique na imagem para ampliar.
Ao que tudo indica, a polêmica em torno da ocupação de um terreno localizado no fim da Avenida das Torres, por cerca de 160 pessoas, ainda está longe de terminar. Além da situação degradante das 42 famílias que estão alojadas no Ginásio de Esportes do loteamento Jardim Zanelato, por não terem pra onde ir, o caldeirão ganha mais um ingrediente apimentado: o prefeito Djalma Berger está sendo investigado pelo Ministério Público.
O que isso tem a ver com a ocupação do terreno? A resposta é muito simples. Um vídeo entregue anonimamente ao Órgão mostra o prefeito, em comício realizado na semana anterior às eleições, no loteamento José Nitro, no qual ele supostamente teria anunciado a desapropriação da área, destinando-a a programas habitacionais de baixa renda, o que teria desencadeado todo o processo de ocupação ilegal. Por sua vez, Berger nega as acusações de que teria “incentivado” o ato. Após a ocupação dessas famílias, o proprietário entrou na justiça reivindicando a reintegração de posse.
No comício citado, o prefeito e então candidato à reeleição, disse que ali estaria para cumprir um compromisso com a comunidade. Ovacionado, teria lido um decreto e assinado um documento que autorizaria a desapropriação do terreno. No dia seguinte, ocorreu a ocupação, mas o decreto foi revogado, perdendo a validade.
Na manhã do último dia 10, as autoridades realizaram a ação de desocupação, quando um advogado da empresa proprietária, a PM e um oficial de justiça informaram às famílias, que já haviam construído barracos no local, de que teriam uma hora para removerem todas as suas coisas. O tempo foi insuficiente para isso e os que pouco já tinham, passaram a ter menos ainda. Além dos barracos, que foram destruídos, outros materiais como móveis e roupas também acabaram ficando por lá. Após a ação, objetos que permaneceram no terreno foram queimados em tom de protesto.
As famílias foram então conduzidas ao Ginásio de Esportes do Jardim Zanelato, onde se encontram até o momento. Vale frisar que o terreno já é ocupado por outras famílias que têm um acordo com o proprietário da área.
Segundo a secretária de Segurança, Defesa Social e Trânsito Ane Warmling, a justiça agiu corretamente ao reintegrar a posse do terreno ao antigo proprietário. Ela afirmou ainda que, às vezes, “o que se fala não é o que se ouve” e disse não acreditar na versão de que alguém teria interesse em fomentar uma ocupação ilegal por razões políticas.
A situação vem chamando a atenção de diversos movimentos sociais, que têm acompanhado de perto o caso.
Contatado pela reportagem do “Oi São José”, o secretário Municipal de Assistência Social, Rui da Luz, afirmou que um trabalho de cadastramento está sendo realizado para descobrir a origem dessas famílias.
- São pessoas que vieram de regiões distantes, como o Oeste Catarinense, além de outra que veio de lá da região Nordeste, do estado de Pernambuco, mas que estava em uma outra área. Em geral são famílias constituídas de quatro ou cinco pessoas e que acampavam no meio do mato – explicou o secretário.
Segundo da Luz, toda a assistência está sendo prestada às famílias, que estão recebendo, por parte do órgão e também por meio de doações da população, alimentos, objetos de higiene pessoal, cobertores, colchões e remédios.
- Ainda não há previsão de até quando as famílias ficarão ali, mas estamos fazendo de tudo pra resolver essa questão o quanto antes. Entramos em contato com o Governo Federal para incluí-las em programas habitacionais em terrenos da União. Esse trabalho também inclui a criação de condições econômicas para que elas possam se estabelecer e ter onde morar – completou.

A situação de Djalma Berger
O promotor eleitoral Jadel da Silva Júnior, do Ministério Público de Santa Catarina, está investigando se a conduta de Djalma Berger teve responsabilidade quanto ao fato ocorrido. Por outro lado, o atual prefeito se mostra tranquilo e diz não ter nada a temer. Quanto à reunião com a comunidade, ele se pronunciou dizendo que aquela era uma reunião política normal e que os comunicou da regularização do terreno, mas que teria esclarecido que aquela era uma área já ocupada anteriormente por outras famílias, com a autorização do proprietário. Quanto ao decreto, Djalma diz não ter assinado nada, que apenas falou a respeito da regularização do terreno e que, em nenhum momento, teria deixado isso claro às pessoas, acrescentando que os que se confundiram foi porque quiseram se confundir.

Content on this page requires a newer version of Adobe Flash Player.

Get Adobe Flash player

 

Content on this page requires a newer version of Adobe Flash Player.

Get Adobe Flash player

 
 
COPYRIGHT 2009 • TODOS OS DIREITOS RESERVADOS • É PROIBIDA A REPRODUÇÃO DO CONTEÚDO DESSA PÁGINA EM
QUALQUER MEIO DE COMUNICAÇÃO, ELETRÔNICO OU IMPRESSO, SEM AUTORIZAÇÃO ESCRITA DO OI SÃO JOSÉ ON LINE.