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Edição Agosto | 2012
Ano XVIII - N° 195
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Marcha de mulheres contra a violência doméstica
No aniversário de seis anos da Lei Maria da Penha, mulheres fazem cortejo no centro da Capital para denunciar o aumento da violência.

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O dia 17 de agosto marcou o protesto de 60 mulheres, homens e tocadores de bumbo, que atravessaram o centro de Florianópolis empunhando 12 andores com 5.760 balões, que representavam o número de mulheres agredidas por dia no Brasil, entre as quais 12 mortas. A manifestação é realizada pelo Projeto 5760 – “A violência está no ar”, um grupo de alunas do Curso de Artes Cênicas da UFSC e do Centro de Artes da Udesc, com apoio da Secretaria de Cultura da UFSC, do Governo do Estado e Prefeitura. O ato artístico-político marcou o aniversário de seis anos da Lei Maria da Penha.
A marcha seguiu até o pátio do Museu Cruz e Sousa, em protesto contra a morte de 57 mulheres em Santa Catarina desde janeiro de 2011, quando o “Projeto 5760” realizou sua segunda manifestação. O projeto segue um rol de objetivos: gerar debates e mobilizações; sensibilizar a sociedade; levar informação e cobrar melhores estruturas para acolher a mulher vitimada; divulgar telefones úteis e sites específicos de apoio a mulheres em situação de violência; cobrar com urgência a montagem da casa abrigo para a mulher em risco; levantar questões culturais que fomentam e estimulam a violência contra a mulher.
Segundo Ilze Korting, idealizadora e coordenadora da ideia, o projeto começou seu trabalho com o Grupo de pesquisa em performance, Artes Cênicas e Tecnologia do Curso de Sociologia da UFSC e se tornou um movimento de cidadania, com o objetivo de conquistar a construção de uma Casa Abrigo em Florianópolis para mulheres que sofrem violência doméstica, além de ampliar o número de instituições em Santa Catarina, que hoje são apenas quatro em todo o Estado. “Sabemos que só um abrigo pode salvaguardar a integridade física, psicológica e moral da mulher ameaçada de morte”.
Mas embora a própria OMS considere a violência contra a mulher prioridade de suas ações em saúde pública em todo o Mundo, muito se fala e pouco se faz para protegê-la, na avaliação de Ilze. “Precisamos de gente que acompanhe o cortejo. Precisamos de gente para fazer parte da equipe que irá montar os andores e encher os balões. Precisamos de gente para distribuir flyers. Precisamos de gente que adote um balão. Precisamos de gente que não seja indiferente”, diz o material de divulgação do projeto.
As mulheres caminharam em silêncio solidário, sob o toque surdo e triste de tambores da Bateria Africatarina compartilhando a dor e o sofrimento de todas as 43.486 que foram mortas ao longo dos últimos 10 anos, principalmente vítimas da violência doméstica.

Violência doméstica no Brasil
A cada quinze segundos uma mulher sofre algum tipo de agressão no Brasil. Das 5760 mulheres agredidas diariamente, 3.600 sofrem agressão física, e 12, em média, morrem por dia. Mesmo com as conquistas jurídicas introduzidas pela Lei Maria da Penha, as estatísticas mostram um aumento em mais de 217% da violência contra a mulher desde a sua implantação.

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