São José, Santa Catarina, Brasil
14 de maio de 2024 | 12:53
Edição Novembro | 2011
Ano XVII - N° 186
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Entrevistas exclusivas ao Jornal “Oi São José” reforçam embate entre o Executivo e o Legislativo
“Não vamos mais aceitar animosidades”

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Em entrevista exclusiva ao “Oi São José”, o prefeito Djalma Berger declarou que, apesar das animosidades internas no PMDB após a sua chegada, não há crise no Partido. Ele falou ainda, sobre a difícil relação da Prefeitura com a Câmara Municipal e o que pretende fazer por São José, caso seja reeleito.

Oi São José – O que, principalmente, o fez trocar o PSB pelo PMDB?
Djalma Berger – O principal motivo foram as mudanças de rumo no PSB de Santa Catarina, que ocorreram depois que um grupo ligado ao PSD assumiu o partido. Isso fez com que nós repensássemos a nossa estratégia, atendendo então a um pedido do Dário (Berger) e do Eduardo Pinho Moreira. Nosso grupo político não concorda com esse novo perfil e devido a esse rumo que o partido tomou, resolvemos por bem que seria melhor migrar para o PMDB.

Oi SJ – O Senhor acha que tem mais chances de se reeleger, agora que está num partido maior, do que se estivesse no PSB?
DB – Olha, o PMDB é um partido no qual eu sempre tive um relacionamento muito franco e muito aberto. O meu irmão, por exemplo, é uma das principais lideranças em nível estadual. Além disso, sempre tive no PMDB grandes amigos e grandes parceiros, tanto em nível nacional como em nível estadual e municipal. Quanto às chances, eu acho que elas dependem muito mais da tua capacidade de trabalho, de aglutinação e de organização. Agora, é incontestável também a importância e a força que tem uma sigla como o PMDB, onde há pessoas muito comprometidas com a política do município e que, com certeza, vão me ajudar muito nesse processo de uma possível reeleição.

Oi SJ – O Senhor realmente se identifica com o PMDB? Qual a sua grande identificação com o Partido?
DB – Minha identificação é total. O PMDB é um partido de centro-esquerda, assim como foram voltadas todas as minhas ações de administração. Agora, o que é centro-esquerda, já que há pessoas que tem o costume de conceituar ideologias, sem sequer saber o que é isso? Pois bem, um partido de centro-esquerda é aquele partido que tem por premissa básica estar mais ao lado da classe menos favorecida da população. Então, centro-esquerda é você tomar ações que venham a favorecer pessoas que estão à margem do processo de desenvolvimento e que necessitam de muito mais atenção da Prefeitura e do Poder Público.

Oi SJ – Sabe-se que a sua entrada no PMDB acabou criando uma certa crise, uma certa divisão dentro do Partido. Como que o Senhor e seus aliados estão lidando com essa situação?
DB – Olha, eu acho que isso é uma crise produzida, né. Produzida por uma pessoa que não tem identidade nenhuma com a nossa cidade. Um suplente a deputado estadual que veio pra cá tomar dores desse ou daquele interesse, quando, na verdade, não se sabe exatamente qual é o interesse que ele defende. Partidário com certeza não é, e acabou incitando, sim, os ânimos ali de algumas pessoas, que também viram seu espaço preenchido por mais gente. Mas, eu acho que o partido não pode se fechar. O partido tem que estar aberto, tem que crescer e tem que angariar simpatizantes. O objetivo de todo o partido é o crescimento. O partido que não quer crescer, acaba se transformando numa reserva mercado. Logicamente, o PMDB tem essa característica de nunca ter sido reserva de mercado de absolutamente ninguém. E agora, a correlação de forças no partido com esse novo grupo é totalmente diferente. Hoje, o PMDB somos nós: são os que já estavam aqui, mais os que chegaram, porque agora, chega-se num grupo grande, um grupo cujo voto já foi testado nas urnas. Prova disso, é que o PMDB, além do prefeito, conta com outros cinco vereadores; dois que já estavam no partido e três que nos acompanharam nessa caminhada. Então, você não tenha dúvida de que a correlação de forças que representa o partido agora é bem diferente. E não se pode falar num grupo que tenha alguma resistência porque isso não pode existir. Isso aí acabou. Agora, nós não vamos mais aceitar nenhuma animosidade que venha a atrapalhar o projeto do PMDB, tanto em nível de Município, como em nível de Estado.

Oi SJ – Então o Senhor nega que o Partido esteja dividido?
DB – Absolutamente não. Nós temos um grupo coeso, firme e forte. Mas, existem também algumas pessoas que sentiram seu espaço preenchido por outros. Pessoas que talvez pudessem sentir que o partido poderia ser uma reserva de mercado, para eles usarem da forma que melhor lhes conviessem. Mas, agora não é mais assim. Agora vão ter que dividir essas ações, vão ter que dividir essas decisões e vão ter que dialogar e muito com esse novo grupo que chegou. Porque esse grupo, em termos de eleição, é muito mais representativo. Então, essa divisão é de umas duas ou três pessoas que sentiram seu poder e sua influência contestada dentro do partido e aí se negam a ver a realidade dos fatos e ver que o PMDB é infinitamente maior que qualquer um deles.

Oi SJ – Fale um pouco sobre essa relação conturbada entre Câmara Municipal e Prefeitura.
DB – Essa relação foi criada basicamente pelo presidente da Comissão de Constituição e Justiça (Orvino Coelho de Ávila), que tem externado a pessoas de relacionamento comum, dele e meu, que será candidato a majoritário no ano que vem, já que nas eleições anteriores, segundo um interlocutor comum, ele se acovardou e não disputou uma condição de eleição majoritária. Dessa vez, ele não vai cometer o mesmo desrespeito ao eleitorado de São José e vai ser candidato a majoritário. Então, essa pessoa num afã de querer atrapalhar a administração municipal, fica postergando projetos, fica criando empecilhos, fica conspirando, fica atrapalhando como um todo e fazendo com que nossa relação com a Câmara fique um pouco tumultuada. Mas, eu creio que isso vai ser resolvido num curto espaço de tempo né, que ele se encaminhe e que dispute a eleição, já que é um direito justo. Ele pode ser candidato a prefeito, não tem problema nenhum. Mas, desde que jogue limpo e permita que a cidade ande, que flua normalmente e permita que os projetos possam ser implantados. Porque, vai que ele ganhe. Daí ele vai pegar uma cidade muito melhor. Então, eu acho que essa pessoa deveria pensar melhor nas suas ações, porque a população não pode ficar a mercê de seus caprichos de querer implementar e de querer impor à força as suas idéias. Eu acho que ele tem que disputar é na urna, e não, atrapalhando os projetos da cidade.

Oi SJ – Numa auto-avaliação como o Senhor classifica o seu mandato?
DB – Ah, excelente! Peguei uma cidade com muitas dificuldades estruturais e isso todo mundo sabe. Não somente dificuldades de estrutura física, mas também pessoal e emocional. Uma cidade que viveu uma relação conturbadíssima com a Câmara Municipal e que essa pessoa que eu citei anteriormente, o Presidente da Comissão de Constituição e Justiça, quer novamente agora, trazer a tona toda essa relação de muita dificuldade. Então, eu peguei uma cidade desmotivada e que carecia de muitas ações. Mas, independente desse cidadão, nós estamos implementando uma série de obras, projetos e ações que fazem com que São José mantenha sua auto-estima elevada, o seu espírito de cidadania e o seu orgulho de ser josefense. Então, eu posso te dizer que a nossa administração, em termos de resgate, de implantação de obras, de ações e serviços está sendo muito boa. Claro que temos que melhorar e evoluir ainda mais. Disso eu não tenho dúvida nenhuma também.

Oi SJ – Na sua administração, o que o Senhor destacaria de mais importante em termos de obras e de políticas públicas?
DB – Olha, eu destacaria aqui várias obras importantes. Primeiramente, nós estamos implementando a construção de duas policlínicas aqui no nosso município. Uma delas, por sinal, já está em estágio bem avançado, juntamente com duas Unidades de Pronto-Atendimento 24h (UPA), já que hoje, em São José, se você precisar de um pronto-socorro, só tem o Hospital Regional. Fora isso, eu destacaria também outras ações na saúde, como por exemplo, o remanejamento e a contratação de profissionais pra fazer um estancamento daquela saída de trabalhadores da área da saúde para o município de Florianópolis, devido a um plano de cargos e salários completamente defasado que nós tínhamos. Pra resolver esse problema, estamos implantando um plano de carreira para todos os servidores do município. Entre outras obras, lançamos também a Operação Tapete Preto e a construção de mais dez Centros de Educação Infantil (CEI), que vão atender a 2500 crianças. Está em construção também o CAPS (Centro de Atendimento Psicossocial), o CAPS 2 e o CAPS AD, que é para o atendimento de problemas ligados ao álcool e às drogas. Estão em construção ainda, várias e várias pontes na Colônia Santana, além de obras como pavimentação de ruas e contenção de cheias. Por falar nisso, estamos para iniciar, nos próximos dias, o alargamento do Rio Forquilhas. Ou seja, uma infinidade de obras que nós estamos realizando e que têm feito com que São José mantenha seu espírito cada vez mais elevado e pujante no coração de todos os josefenses.

Oi SJ – E quanto aos munícipes que não estiverem satisfeitos, o que o Senhor tem a dizer caso se reeleja?
DB – Eu poderia dizer a eles que eu estou me dedicando bastante. E se eu não fiz tudo que deveria, fiz tudo que eu pude, com as forças que eu tenho, com a capacidade de trabalho que eu tenho e com a ajuda que obtive de algumas pessoas. Se por acaso tem alguém insatisfeito, eu quero pedir desculpas e dizer que me esforcei muito para atender aos anseios de toda a população de São José, embora saiba que isso não é possível. Mas, não tenha dúvida de que trabalho de minha parte não faltou.

Oi SJ – E quais os seus planos para o futuro da sua carreira política?
DB – Olha, o futuro a Deus pertence. Eu acho que em política não se pode planejar muito. Você vai de acordo com os espaços que se abrem. Eu cheguei a ler uma entrevista no jornal “Oi São José”, em que um político (risos) disse que a carreira dele é ser Deputado Estadual, Federal e quem sabe até governador... Não, isso aí é uma coisa que primeiro depende da tua capacidade de trabalho, depende da tua relação com a população, depende do teu partido, depende de uma série de conjunturas, em que você vai indo de acordo com o horizonte que se apresenta na sua frente. Eu já fui deputado estadual, já fui deputado federal, sempre com expressivas votações, sou prefeito... Então, isso aí vai depender muito da minha capacidade e do entendimento que eu tiver com o eleitorado, da reeleição, se possível aqui em São José, pra daí a gente pensar no futuro e alçar outros vôos, se é que isso é possível. Eu quero dizer que eu estou plenamente satisfeito com meu mandato e não sou muito ambicioso, no sentido de querer ser melhor do que os outros. Eu quero, sim, ser um bom prefeito, ter uma boa relação com a cidade de São José, ter uma relação muito próxima com a população e, a partir daí, eu não tenho dúvida nenhuma de que os horizontes vão se abrir.

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