São José, Santa Catarina, Brasil
13 de maio de 2024 | 11:33
Edição Maio | 2011
Ano XVII - N° 180
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Repetindo o Óbvio
Embora alguns iluminados costumam afirmar que o Brasil tenha avançado na área social, repetindo o óbvio, ainda persistem muitos problemas que afetam a vida dos brasileiros. Eis alguns dos problemas cruciais no dia a dia dos cidadãos brasileiros:
I. Desemprego – Enquanto tivermos pessoas procurando atividades ocupacionais dignas, é falso afirmar que a geração de empregos tenha aumentado nos últimos anos, já que o crescimento da economia se mostra aquém da expectativa, tendo em vista que existem milhões de brasileiros desempregados. A falta de uma boa formação educacional e qualificação profissional de qualidade também atrapalham a vida dos desempregados. Muitos têm optado pelo emprego informal, além de subempregos transitórios (estágios, funções públicas de acts e de cargos comissionados), fator que não é positivo, pois essas pessoas ficam sem a garantia de seguir uma carreira profissional de forma duradouro ou contínua;
II. Violência e Criminalidade – A violência está crescendo a cada dia, principalmente, nas grandes cidades brasileiras. Os crimes estão cada vez mais presentes no cotidiano das pessoas. Nos jornais, rádios, tvs e Internet presenciamos cenas de assaltos, crimes e agressões físicas. A impunidade ou a falta de um rigor maior no cumprimento das leis, aliada às injustiças sociais podem, em parte, explicar a intensificação destes problemas em nosso país. Quando os integrantes do Poder Judiciário e as forças públicas de segurança se sentem inseguros no exercícios de suas funções, cabe a população exigir políticas públicas eficazes para combater a violência e a criminalidade, seja no campo, ou na cidade, mesmo que se tenha que adotar a política de “tolerância zero”, que teve êxito no Estado de Nova York (U.S.A.);
III. Poluição – Este problema que se identifica como crime ambiental tem afetado diretamente a saúde das pessoas, seja no Brasil ou no exterior. Os rios estão sendo poluídos por lixo doméstico e industrial, trazendo doenças e afetando os ecossistemas. O ar, principalmente nas grandes cidades, está recebendo toneladas de gases poluentes, derivados da queima de combustíveis fósseis (derivados do petróleo - gasolina e diesel principalmente). Os canos de descargas dos veículos automotores, as chaminés de fábricas, de churrascarias, de pizzarias, de churrasqueiras e os demais poluentes despejados na atmosfera, que se identificam como gases venenosos, fuligens e odores insuportáveis, afetam diretamente a saúde das pessoas, provocando doenças respiratórias, principalmente nas pessoas idosas e crianças. A poluição sonora e visual também afetam significativamente a qualidade de vida das pessoas, principalmente, nas áreas urbanas densamente povoadas, onde o Poder Público não cumpre as disposições contidas no plano diretor da cidade;
IV. Saúde – Nos dias de hoje, pessoas que possuem uma condição financeira melhor estão procurando os planos de saúde e o sistema privado, pois a saúde pública se encontra em estado de crise aguda. Hospitais superlotados, falta de medicamentos, greves de servidores, aparelhos quebrados, filas para atendimento, prédios mal conservados são os principais problemas encontrados em hospitais e postos de saúde da rede pública. Os críticos costumam afirmar que a população mais afetada é aquela que depende desse atendimento médico ou hospilalar, ou seja, as pessoas mais pobres. Datavenia, quando o sistema de saúde pública não funciona para as pessoas mais pobres, obviamente, devido a sua estrutura fragilizada, todos os cidadãos brasileiros serão afetados por esse sistema podre de corrupção e arcaico, haja vista que, hoje, apenas dez por cento da população teria condições de pagar por serviços hospitalares de primeiro mundo, para evitar de ser vítima de uma infecção evitável. Atendimento médico-hospitalar de qualidade no Brasil está reservado a corruptos e corruptores;
V. Educação – Os dados sobre o desempenho dos alunos, principalmente da rede pública de ensino, são alarmantes. A educação pública encontra vários problemas e dificuldades: prédios mal conservados, falta de professores, poucos recursos didáticos, baixos salários, greves, violência dentro das escolas, entre outros. O resultado é a deficiente formação dos alunos brasileiros. Este quadro é resultado da falta de política pública eficaz e responsável. Enquanto os investimentos públicos na educação dependerem de decisões de políticos corruptos, de cabos eleitorais e de apaniguados em geral, a tendência é continuarmos com eleitores analfabetos funcionais;
VI. Desigualdade social – O Brasil é um país de grande contraste social. A distribuição de renda é desigual, sendo que o governo fica com 45% da renda individual de cada brasileiro, enquanto os mais espertos sonegam, contrabandeiam, traficam, corrompem e manipulam os incautos, vendendo produtos importados ou maquiados ou de procedência duvidosa, onde despontam os equipamentos eletrônicos com manuais incompreensíveis, automóveis impagáveis ou financiáveis via alienação fiduciária, com prazo de pagamento a perder de vista, remédios milagrosos emagrecedores, brinquedos que consomem energias, drogas lícitas, ovos de páscoa para aumentar o colesterol e o peso dos consumistas, cervejas para aumentar a pança, refrigerantes para criar problemas intestinais, eventos regados a drogas ilícitas, cosméticos que envelhecem a pele, etc. Os falsos defensores dos fracos e oprimidios dizem que uma pequena parcela da sociedade é muito rica, enquanto grande parte da população vive na pobreza e miséria, porém se esquecem de dizer que todos os doadores em prol de programas sociais são beneficiários do imposto de renda, por meio de leis de incentivos a sonegação de tributos;
VII. Habitação – O déficit habitacional é grande no Brasil. Existem milhões de famílias que não possuem condições habitacionais adequadas. Nas grandes e médias cidades é muito comum a presença de favelas e cortiços. Encontramos também pessoas morando nas ruas, embaixo de viadutos e pontes. Nestes locais, as pessoas possuem uma condição inadequada de vida, passando por muitas dificuldades.
A resposta, até certo ponto evasiva, para a maioria desses problemas, foi dada por Roberto de Oliveira Campos: “Estamos atravessando dias pesados, um ambiente de insatisfações e sombras. Os mais jovens sentem-se angustiados diante das incertezas do futuro, da ameaça de desemprego, de falta de horizontes. Não é que os políticos só pensem em si ou sejam "corruptos" de nascença. Essa é uma visão popular deformada. A maioria é dedicada e séria. Mas o deputado, o senador, o prefeito, o governador e, obviamente, o presidente têm de ser eleitos, ponto de partida do qual não há escapatória.” Radicalizando no assunto, não seria absurdo em afirmar que, a maioria dos brasileiros deveria ser deportada para o Japão para adquirir consciência de sua estupidez, para aprender a viver como gente civilizada, útil e responsável e, depois ser autorizada a retornar a sua terra natal, para produzir com o suor de seu esforço.
Quem vive de esmola e vota em quem deve favores escusos, está condenado a ser analfabeto funcional e pobre. Rui Barbosa foi enfático: “A injustiça, Senhores, desanima o trabalho, a honestidade, o bem; cresta em flor os espíritos dos moços, semeia no coração das gerações que vêm nascendo a semente da podridão, habitua os homens a não acreditar senão na estrela, na fortuna, no acaso, na loteria da sorte, promove a desonestidade, promove a venalidade, promove a relaxação, insufla a cortesania, a baixeza, sob todas as suas formas.” Quando a economia vai mal, o tipo de direita diz-se que é necessário arregaçar as mangas e trabalhar mais. Quando a economia vai mal, o tipo de esquerda diz-se que os sacanas dos proprietários são os responsáveis e punem o país.
Colaboração: Jonas Manoel Machado – Advogado – E-mail: drjonas5256@gmail.com

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