São José, Santa Catarina, Brasil
10 de maio de 2024 | 09:06
Edição Janeiro | 2011
Ano XVII - N° 176
Receba nossa newsletter
e-mail
Pesquisar
       
Home
Links úteis
Fale com o Oi
Edições do Oi


Editorial
Parecer
Da Redação
Cidade
Geral
Educação & Cultura
Tradição
Esportes
Saúde
Social
Colunistas




Parecer
 
Retrospectiva e Perspectiva - 2010/2011
A Revista Veja nº 52 (edição 2197), de 29 de dezembro de 2010, estampou em sua capa o que colecionou como "Retrospectiva / Perspectiva - 2010 / 2011. Nada de extraordinário na política. Reinado Azevendo esclarece: "Estavam habilitados a votar 135.803.366 pessoas; desse total, 29.197.152 decidiram não se apresentar às urnas; 4.689.428 anularam seus votos; 2.452.597 acharam por bem não escolher ninguém; 43.711.388 preferiram Serra; e 55.752.529 ficaram com Dilma." Em resumo: a candidata eleita conquistou 56,05% dos votos válidos, o que corresponde a apenas 41% (quarenta e um por cento) do eleitorado brasileiro (135.803.366 eleitores), bem distante dos mais de 80% de aceitação atribuída ao ex-Presidente da República, cuja pesquisa se mostra incompatível com a vontade de quase 60% do eleitorado que não votou ou se absteve de votar na candidata eleita para ocupar o cargo de Presidente (a) da República Federativa do Brasil.
Gustavo Ioschpe ao afirmar que na educação "Aumentaram os gastos, mas a qualidade...", assim se posicionou sobre o Programa Universidade para Todos (ProUni): "Este é um programa que concede bolsa a estudantes carentes em instituições privadas do ensino superior, em troca de isenção fiscal às universidades. O Programa reserva cotas para negros, indígenas e deficientes, de acordo com sua proporção na população. Na superfície, parece o ovo de Colombo, ao juntar a demanda da população mais pobre (e muitas vezes negra) por um ensino superior do qual sempre fora alijada ao excesso de vagas nas instituilções privadas... A realidade, porém, é outra. Atualmente, há 453.000 bolsistas do ProUni. Isso significa menos de 8% do total de alunos matriculados no ensino superior. E, mais importante, representa míseros 2% do que o IBGE estima ser a corte em idade universitária (18 a 24 anos) no País atualmente."
O brasileiro e os governantes não podem ignorar que a tecnologia está em constante mutação, já que a última década termina com muitas inovações e desafios. O jornal Notícias do Dia, de 31 de dezembro de 2010, relaciona as coisas que ficaram para trás: fax, videocassete, fita cassete, zipdrive, monitor de tubo, modem, CD-ROM, cartucho de videogame, wap e palmtop; coisas que virão: iPad 2, iPhone 5, Web 2, expansão da telemedicina, explosão da oferta de livros digitalizados, produção vertical de alimentos, roupas que mudam de cor, missões tripuladas para Marte, papel de parede eletrônico, relógio de pulso com celular, desenvolvimento da biônica, explosão da biotecnologia, telescópios robóticos, previsão bem antecipada do comportamento do clima, grande avanços na biogenéitica e comercialização de carros elétricos e a hidrogênio. Diante de tantas inovações tecnológicas, não pode esquecer dos ensinamentos de Sabrina Vilarino: "Por que estudar? Afinal, para que serve o estudo? Você já parou para pensar o quanto já reclamou de ter que estudar? E do tempo gasto com o estudo? Creio que passamos mais tempo reclamando do que de fato estudando! Sabe-se e é verdade que tudo em exagero não surte o efeito esperado, uma vez que melhoramos em certo aspecto, mas pioramos em outro. Se você fica muito com seus livros, fica pouco com os amigos. Se fica muito no seu quarto, fica pouco com a família. Se fica muito fazendo todas essas coisas, então, não sobra tempo para si mesmo! A verdade é que ninguém o obrigou a ficar 24 horas estudando, mesmo porque ninguém tem esse tempo. Afinal, temos que dormir, tomar banho e comer. Contudo, desde pequena a criança é acostumada à ideia de ficar na sala de aula e ter obrigação de estudar! O governo mesmo diz que todos têm direito ao estudo. Atualmente, a família que tem criança na escola usufrui do Bolsa-Escola, benefício que está incluso no Programa Bolsa Família do governo federal. Então, de certa forma, a criança é sim obrigada a pagar o preço de estudar! Aquelas que não recebem o tal benefício estão ainda mais cedo, algumas com poucos meses, no berçário e maternal, uma vez que os pais têm condições de pagar por este tipo de benfeitoria. Mas, depois de mais velho, o pré-adolescente já sabe distinguir se é melhor estudar ou não estudar. Não é mais uma questão de obrigação, mas de escolha. Os pais forçam porque sabem que é a melhor opção. Alguns não têm pais que "amolam", ao contrário, não se interessam, pois não entendem o valor do conhecimento. Então, são estes jovens que tomam a decisão, uma vez que não podem esperar que alguém o faça. Dizem por aí que o estudo é uma pedra preciosa única, pois não tem um preço! Alguns acham que é balela, mas não é, é verdade! Aquilo que uns sabem construir, outros não fazem a mínima ideia nem de como funciona! Cada um tem "um jeito", "um dom" para alguma coisa! A época da escola é a fase dessa descoberta, pois é o lugar propício para isso: professores, livros e colegas de classe estão a todo tempo por perto. A todo momento você pode tirar dúvidas, trocar experiências, se relacionar com diferentes pessoas, aprender a "lidar com gente", com superiores e a ter responsabilidade. A escola é um momento de aprendizado: situações que você vivencia ali e às vezes não dá muita importância, serão as que você vivenciará na faculdade, no trabalho, em uma reunião, etc. A sua bagagem diz quem você é para as pessoas, portanto, se você resolveu estudar, é porque decidiu aprender algo a mais e ser responsável por aquilo que aprender. Muitos não entregam o trabalho da escola no dia que o professor pede e por este fato já se vê que tipo de funcionário esta pessoa pode ser e se chegar a ser patrão, que tipo de empresário será! As melhores oportunidades estão abertas para as pessoas com maior capacidade de interação, de sabedoria em lidar com diferentes situações e competentes para resolver problemas da sua área de conhecimento.
Para os políticos que assumiram cargos no Poder Executivo, eis um manual básico de sobrevivência: 1) não ser tolerante com desvios éticos em seu governo; 2) saber negociar exaustivamente para manter a base parlamentar, sem perder de vista os aspectos éticos; 3) ser hábil o suficiente para não se tornar refém de aliados; 4) ter serenidade para aceitar as críticas; 5) ser magnânimo, aceitando e respeitando o papel da oposição em uma democracia; 6) evitar que seu governo seja mera continuidade do seu antecessor, dando-lhe uma cara própria; 7) evitar que a tentação de elevar os juros para conter a inflação emperre a indústria do País; 8) sem abdicar de seu perfil técnico, saber identificar os sentimentos populares, cuidando para não se tornar uma tentativa de imitação; 9) evitar que os programas assistencialistas tomem conta das ações públicas; 10) ter cuidado com o que fala. O ano de 2011 se inicia com novos governantes, com seus discursos de esperança e democracia para todos, porém não devemos esquecer o que disse um político francês e republicano: "Em nosso País, queremos substituir o egoísmo pela moral (...); os costumes pelos princípios; as conveniências pelos deveres; a tirania da moda pelo império da razão; o desprezo à desgraça pelo desprezo ao vício; a insolência pelo orgulho; a vaidade pela grandeza d'alma; o amor ao dinheiro pelo amor à glória (...); a intriga pelo mérito (...); o tédio da volúpia pelo encanto da felicidade; a pequenez dos grandes pela grandeza do homem; um povo cordial, frívolo e miserável por um povo generoso, forte e feliz; ou seja, todos os vícios e ridicularias da Monarquia por todos os milagres da República." Segundo Reinaldo Azevedo, as palavras acima são parte de um discurso feito por ROBESPIERRE, um dos líderes jacobinos, a corrente mais radical da primeira safra dos revolucionários franceses, e foram pronunciadas no dia 5 de fevereiro de 1794. Registre-se que no dia 28 de julho de 1794, ou seja, 23 dias após ter feito aquele discursos extraordinário, ROBESPIERRE perdeu a cabeça na guilhotina.
Discorrendo sobre o livro intitulado 1822, de autoria de Laurentino Gomes, Mário Sabino, da Revista Veja traz um resumo de um pensador do mundo dito comunista: "Com o alemão Karl Marx (1818-1883), pregoeiro do comunismo, essa maneira de enxergar a história alcançou o paroxismo. Ele desidratou por completo as vicissitudes e conquistas de nossa espécie do âmbito das iniciativas individuais, como se os processos históricos, por si só, pudessem criar Césares, Napoleões Bonapartes, Michelângelos e Mozartes. Perdeu-se, assim, humanidade, substituída que foi pela figura da dialética, uma espécie de bolero em que, na versão marxista, os dançarinos não importam, mas apenas os passos imprimidos pelo ritmo da música: dois para trás, um pra frente, e assim por diante. O colorário óbvio: a narrativa da sucessão de acontecimentos que impactam a vida de milhões tornou-se sensaborona - e, pior, com um capítulo final messiânico e, portanto, incontornável. Se não fosse falso, é claro, como revelaram a queda do Muro de Berlim e o fim do império soviético." Que sejam respeitados os direitos individuais de 43.711.388 brasileiros que se posicionaram pela garantia do estado democrático de direito e de justiça, nada mais.
Colaboração: Jonas Manoel Machado - Advogado - E-mail: drjonas5256@gmail.com

Content on this page requires a newer version of Adobe Flash Player.

Get Adobe Flash player

 

Content on this page requires a newer version of Adobe Flash Player.

Get Adobe Flash player

 
 
COPYRIGHT 2009 • TODOS OS DIREITOS RESERVADOS • É PROIBIDA A REPRODUÇÃO DO CONTEÚDO DESSA PÁGINA EM
QUALQUER MEIO DE COMUNICAÇÃO, ELETRÔNICO OU IMPRESSO, SEM AUTORIZAÇÃO ESCRITA DO OI SÃO JOSÉ ON LINE.