São José, Santa Catarina, Brasil
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Edição Agosto | 2010
Ano XVI - N° 171
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Especial
 
Secretária fala sobre Plano Municipal da Educação
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Durante os dias 3 e 17 de agosto, profissionais de diversos segmentos educacionais e civis de São José estiveram reunidos na Conferência Municipal de Educação. Promovido pela Prefeitura municipal, através da Secretaria Municipal de Educação, os encontros foram realizados no Centro Multiuso, na Avenida Beira-Mar. Em entrevista exclusiva, a secretária da Educação, Rosa Maria da Silva Schmidt, fala sobre esse documento que irá contemplar a realidade educacional do município e sobre outras ações e preocupações da Secretaria de Educação de São José.

O que é a Conferência Municipal de Educação?
A Conferência Municipal de Educação de São José está concluindo um trabalho iniciado em 2009, quando a Secretaria de Educação do Município se organizou para elaborar o seu Plano de Educação, por determinação do Ministério da Educação. A partir de um decreto, o prefeito nomeou um grupo de educadores e representantes dos mais diversos setores da comunidade para a construção do Plano Municipal de Educação de São José, para que essas leis aprovadas sejam implementadas nos próximos 10 anos.
A Conferência está finalizando as diretrizes e propostas que deverão ser implantadas de 2010 a 2020, visando a qualidade do ensino no município. Tudo isso deve atingir não só a Rede Municipal de Ensino, mas também a Rede Filantrópica, a Particular e a Estadual em atividade nos limites do município de São José.

Como foi o processo durante a Conferência?
Foram 68 reuniões de estudos e propostas dentro de 11 eixos pedagógicos: Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio, Educação de Jovens e Adultos, Ensino Superior, Educação e Tecnologia, Formação Profissional, Ensino a Distância e Tecnologias Educacionais, Educação Inclusiva, Educação Ambiental, Formação e Valorização do Magistério, Financiamento e Gestão Democrática. Esses eixos foram estudados por representantes de todos os segmentos da educação e de todas as redes de Ensino do município.
A Educação Infantil, por exemplo, que já não é mais responsabilidade do Estado, e sim, do município, está no interesse dos representantes das escolas particulares, das municipais e das filantrópicas. Foi através de um trabalho democrático, participativo e socializado que construímos as diretrizes do eixo da Educação Infantil.
Foi assim que construímos os outros eixos também. Foram estudados e elaborados com propostas e diretrizes para que se tenha uma uniformidade no Ensino do município de São José.
Depois de propor, discutir e elaborar esses eixos, agora estamos numa votação em plenário. As diretrizes foram votadas democraticamente e hoje as propostas de cada eixo temático e pedagógico são apresentadas, estudadas e votadas.
Após a Conferência Municipal, a equipe do Plano Municipal de Educação vai receber a assessoria de um advogado e de um pedagogo para fazer um documento único, em forma de Projeto de Lei, para ser aprovado na Câmara Municipal.
 
Quais os eixos de maior destaque?
Todos tem a sua importância. Tem um eixo, por exemplo, que trata da diversidade nos mais variados aspectos como cultural, étnico, racial, religioso. Tratar a diversidade na grade curricular é de extrema importância. É um tema que tem que percorrer toda a grade curricular.
O Ensino Especial, com o tratamento de inclusão, é outro eixo muito importante. Nós tínhamos em 2009, 152 alunos especiais incluídos na Rede Municipal de Ensino, com toda a atenção especial voltada para esse aluno. Neste ano de 2010 nós temos 308 alunos especiais matriculados. Como que de um ano para outro esse número dobrou? Foi graças ao trabalho e a atenção que a Rede Municipal tem dedicado a essa criança especial. Os pais estão tirando as crianças de casa, tirando de outras redes de Ensino para trazer para as escolas do município. Isso é o reflexo do nosso trabalho de compromisso com a inclusão. Além do horário normal, as crianças são atendidas no contraturno escolar, com um trabalho de estímulo e tratamento especializado e específico para cada aluno.
 
Como é o atendimento fora do horário de aula?
Temos hoje cerca de 1.000 crianças atendidas fora do horário escolar, não só com reforço escolar, mas com esporte e programas culturais. Agora vamos assinar um convênio com a UNISUL e 600 crianças serão tendidas com natação, judô e atletismo. Essas crianças terão ainda acompanhamento médico, odontológico e psicológico. O município vai custear o transporte e o lanche dessas crianças.
 
Como estão sendo estudados os currículos?
Com o Ensino Fundamental de nove anos, nós temos que repensar o currículo. O aluno tem que ter um conhecimento mínino de cada conteúdo, em cada ano cursado. O objetivo maior é que um aluno transferido da Rede Particular para a Municipal, por exemplo, esteja no mesmo nível, para que não haja um choque na grade curricular. O conhecimento tem que ter o mesmo nível em todas as instituições de Ensino para que o aluno não sofra nenhum prejuízo no aprendizado.
 
Quais são os focos do trabalho da Secretaria de Educação em São José?
A nossa prioridade é sempre a qualidade do Ensino. Hoje estamos também muito focados no trabalho de alfabetização. A alfabetização é um processo que deve ser atingido nos três primeiros anos escolares. Hoje a criança entra no Ensino Fundamental aos 5 anos de idade. O processo de alfabetização começa nesse momento e no 3º ano escolar a criança tem que estar alfabetizada. Se tivermos uma atenção focada na alfabetização, a criança terá uma formação básica muito importante.
Vamos lançar um projeto que será de grande importância para o município chamado "São José Alfabetizada". O objetivo será alfabetizar todas as pessoas do município entre adultos, jovens e crianças. Nós não queremos mais que nenhuma criança esteja fora da escola, estando em idade escolar. Eu acredito que pais analfabetos, muitas vezes, não dão a devida consideração ao processo de aprendizagem do filho.
O nosso trabalho na Secretaria é também fazer a articulação entre os professores e os diretores das unidades escolares, para que todos estejam comprometidos de maneira séria, dando novas oportunidades para o aluno, para que esse ele seja bem sucedido como profissional e como cidadão.
 
O que tem sido feito na prática?
Estamos fazendo um estudo de quem são, onde estão e quantas são as pessoas analfabetas no município. Muitas pessoas ficam constrangidas em dizer que não sabem ler e escrever. Em plena era digital nós não podemos conceber que ainda temos pessoas analfabetas no nosso município. A cidade de São José está num momento de pleno crescimento e nós temos que nos preocupar com esse cidadão que não sabe ler e escrever.
Fizemos um levantamento junto ao cartório eleitoral e nos foi passado que temos hoje no município 1.608 pessoas que são totalmente analfabetas. Esse é o nosso primeiro dado concreto. Agora nós vamos aguardar o resultado do Censo 2010 e vamos enviar um questionário para cada lar, através dos nossos 28 mil alunos. A intenção é descobrir onde estão essas pessoas analfabetas. Vamos espalhar esse trabalho nas igrejas, salões paroquiais, setores industriais e onde mais pudermos. Queremos sensibilizar a sociedade como um todo. Vamos fazer uma grande campanha no município para que não haja mais nenhuma pessoa analfabeta. Temos que conscientizar também os pais que tem crianças em idade escolar e que não levam seus filhos para a escola.
A próxima etapa será preparar 60 professores para alfabetizar os adultos e oferecer os cursos em diversos horários. Imaginamos que muitas dessas pessoas, num período de seis ou sete meses, já estejam prontas para continuar os estudos no EJA, que é o atendimento de Educação de Jovens e Adultos.
 
Hoje, como a Senhora analisa o seu trabalho como Secretária da Educação?
O prefeito Djalma Berger tem apostado muito na Educação e tem muita confiança no trabalho da nossa Secretaria. Eu recebo isso com grande responsabilidade. Não queremos errar e temos que avançar. O profissional da Educação tem que estar consciente da sua responsabilidade na formação do cidadão. Eu me sinto orgulhosa do meu trabalho, mas sinto que temos muita coisa para fazer ainda. Muitas vezes, vejo coisas que precisam ser feitas, mas que esbarram na parte burocrática. Muitas vezes essa demora me deixa angustiada, pois a Educação é algo urgente. O aluno não pode esperar.

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