São José e Florianópolis participaram, juntas, da inauguração da nova ponte sobre o Rio Araújo, no dia 24 de junho. Com apresentações de bandas e fanfarras, grupos de dança e boi-de-mamão, o evento reuniu centenas de cidadãos e autoridades das duas cidades. O novo acesso à Capital é resultado de uma parceria entre as prefeituras vizinhas: Florianópolis arcou com os custos da construção da ponte e do acesso à Avenida Ivo Silveira, enquanto São José responsabilizou-se pela ligação da Avenida Beira-Mar com a ponte e pelo pórtico, em forma de vela de barco.
“Este projeto é um marco que liga duas cidades cujas histórias se confundem. Já deveria ter sido construído na época da conclusão da Beira-Mar de São José, mas não conseguimos fechar a parceria”, declarou o prefeito da Capital, Dário Berger. A obra deve melhorar o tráfego de veículos na região: “A nova ponte praticamente resolve nosso problema de mobilidade em Campinas, que era a confluência da Beira-Mar, da Presidente Kennedy e da Josué di Bernardi. Além de facilitar o deslocamento de veículos de São José para Florianópolis, vai permitir que a população da Capital que mora nos bairros próximos se desloque a pé mais facilmente até a Beira-Mar, que é uma grande área de lazer”, analisou o prefeito de São José, Djalma Berger. Apesar da nova via, o acesso antigo, até a Avenida Presidente Kennedy, continuará aberto. Existe a possibilidade, no futuro, de se fazer uma conexão direta da ponte até a Via Expressa. “Seria um novo projeto, que precisaria de desapropriação de terrenos e do alargamento da praia do Abraão”, apontou Dário.
As duas prefeituras mostraram sintonia na questão das melhorias para aliviar os congestionamentos intensos e freqüentes entre as cidades vizinhas. “O grande problema dos congestionamentos não está nas pontes, e sim, na BR-101”, acredita o prefeito da Capital, que indicou: “Algumas obras podem ajudar, como a alça de contorno da BR, a construção da Beira-Mar Continental e a adição de mais faixas à Via Expressa.” Djalma completou: “A transformação da Avenida Presidente Kennedy em via de mão única é uma medida que deve aliviar o tráfego de entrada em São José. Mas o congestionamento é um problema amplo, cuja solução passa pela nova duplicação da Via Expressa e pela construção do Eixo Norte, ligando a Beira-Mar de Barreiros à Beira-Mar Continental e a um túnel subaquático entre o continente e a ilha.”
Características da obra
Para a construção da nova ponte sobre o Rio Araújo, que tem 30 m de comprimento, três pistas, calçadas e ciclovia, e de seus acessos, foram necessários 36 mil m2 de aterro hidráulico. Faz parte do conjunto um rancho de pescadores com 13 baias para guardar embarcações. A Prefeitura da Capital gastou, de recursos próprios, R$ 6.353.707 para fazer a obra, dos quais cerca de R$ 4.740 milhões destinaram-se ao sistema viário, à construção de ciclovia e ao aterro hidráulico. R$ 640 mil foram pagos em indenizações por desapropriações de terrenos e R$ 974 mil foram gastos com a construção da ponte em si. Já a Prefeitura de São José desembolsou cerca de R$ 950 mil para erguer o pórtico e construir o acesso à ponte.
O pórtico, que pode ser visto de diversos pontos próximos e tem 36 m de altura, é uma estrutura metálica com base de concreto armado formada por dois pilares, de onde partem cabos de aço. O custo da estrutura foi de cerca de R$ 370 mil.
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