A maioria do eleitorado brasileiro quando se depara com as notícias de atos ilícitos da classe política, argumenta como se fosse uma ação natural à vida política, e se utiliza de frases que denota a conivência com vários crimes. Eis algumas dessas frases: "... Se eu tivesse lá roubaria também!!!", “...Esse Rouba mas faz!!!", "...Ele não sabia de Nada...", "...Se ele pudesse mudaria, mas não pode... Fazer o que? Não depende dele.", “...Sempre votei nele! Sou fiel ao meu voto!....", "...A culpa é dos governos anteriores...", "...A mídia só critica! Deviam censurar isso!...", "...Esse pelo menos dá aos pobres...", "...Educação é dinheiro no bolso e feijão na barriga...", "...Vamos esperar pra ver o que vai dar...”, "...Tá ruim mas se mudar vão tirar meus benefícios...". As justificativas do eleitorado brasileiro para desculpar o apoio irrestrito a seus políticos, que acaba refletindo nos atos daqueles, pois eles conhecem os seus eleitores como ninguém. Percebe-se que o eleitorado vê a política como uma "novela", existe uma visão "Maniqueísta" desse cenário. É uma espécie de entretenimento, como em uma partida de futebol. A cada noticiário é como uma trama de novela em que um personagem se destaca, ou não, onde uns torcem para o "vilão", outros para o "mocinho" e o telespectador vê a imprensa como o diretor que conduz seus “personagens" a agir dentro de uma trama de acordo com a sua vontade literária e ardilosa e articulista. Isso se dá por uma razão: O nosso eleitor ou nossa eleitora gosta de novelas! Se fosse ao contrário se teria menos telespectadores e mais leitores.
O formato maniqueísta das notícias estampa a característica do eleitorado brasileiro, que não dá importância a fontes com outros recursos de informação e privilegia esses formatos que, de fato, existem em telejornais mais sensacionalistas, mas isso não é culpa da mídia. Embora parte do eleitorado culpe esse veículo irrestritamente, porém, se relaciona com a mídia como se essa fosse uma prostituta que existe, porque lhe serve convenientemente, mas ninguém precisa saber dessa predileção. Não se deve esquecer que a sociedade é o embrião, a existência e a morte da política, portanto, o Espelho da sociedade é ela se mirar para ela mesmo, agir e exigir, olhar e refletir. Justificar menos e se transformar mais num processo de autoconscientização e moralização. Só para pensar: Mais vale um eleitor na indecisão do que dois políticos na contramão. Como os políticos espertos estão convencendo os eleitores? Faça como alguns candidatos de determinados partidos políticos. Eles se declaram pobres e incitam a inveja e o ódio que os pobres têm das pessoas bem sucedidas. São votos na certa. Jeferson Silva, no site http://www.bilibio.com.br/mensagem.exibir.php?codmsg=901,
narra um diálogo que merece aqui ser transcrito, para reflexão dos
eleitores “boca abertas”: “Era uma vez um município pequeno,
subdesenvolvido e pacato onde reinavam duas grandes senhoras: a corrupção
e a alienação.
A corrupção, muito esperta e perspicaz, questionou a alienação,
sem ao menos dar tempo para que esta respondesse: - Quanto custa seu voto? Eu
compro, desde que eu não tenha compromisso com o desenvolvimento do município.
- Eu ganho, governo pra quem me convém governar e pronto, tá tudo
certo. Afinal, já comprei e paguei o seu voto e não te devo mais
nada. - Eu sempre compro seu voto mesmo! Aliás, como é o seu nome!?
Eleitor...!? - Tudo bem eleitor, coloque seu preço pra próxima eleição
que já estou providenciando o dinheiro! A alienação, sempre
passiva, ingênua e cordata, apenas ouvia. E a corrupção disparava:
- Quem liga para plano de governo e a possibilidade de governar de forma diferente!?
Ninguém liga pra isso, pois o importante eu já faço. Eu compro
seu voto. E esse negócio é muito lucrativo: pago por seu voto, você
vota em mim, padece quatro anos, seus filhos vão embora e eu continuo aqui,
sempre ganhando. E o falatório continuava cinicamente: - Como...!? - Comprando
voto, pois não preciso de plano de governo ou de proposta para governar,
eu preciso é de dinheiro e pessoas dispostas a venderem seu voto. Por isso,
trabalho os quatro anos de forma que no último as pessoas tenham necessidade
de vender seu voto. Eu trabalho muito, você nem imaginam quanto. Ainda tenho
que lutar contra a tal da conscientização, que aparece raras vezes,
com o discurso de governo participativo e democrático, quem se importa
com isso...? O importante é sempre um bom negócio! Eu compro seu
voto e ganho de qualquer forma. E o melhor, compro seu voto usando o seu próprio
dinheiro, mas você não está preocupado com isso, não
é mesmo? Afinal, preocupar-se implica pensar e pensar é muito cansativo,
por isso, eu me sacrifico a pensar por você. A alienação,
que continuava a ouvir inerte, achou tudo aquilo muito interessante e prático.
Aceitou a proposta da corrupção apenas com um balançar de
cabeça, já que falar também é muito desgastante. E
assim, a corrupção continua a reinar com o total aval da alienação,
já que a conscientização parece estar de férias.”
Categoria piada: a diferença entre políticos corruptos e eleitores
metidos a espertos!
Três políticos corruptos e três eleitores metidos a “espertos”
estavam viajando de trem para uma conferência. Na estação,
os três políticos corruptos compraram um bilhete cada um, mas viram
que os três eleitores metidos a “espertos” compraram um só
bilhete. - Como é que os três vão viajar só com um
bilhete? (perguntou um dos políticos corruptos) - Espere e verá
- respondeu um dos eleitores metidos a “espertos”. Então,
todos embarcaram. Os políticos corruptos foram para suas poltronas, mas
os três eleitores metidos a “espertos” se trancaram juntos
no banheiro. Logo que o trem partiu, o fiscal veio recolher os bilhetes. Ele
bateu na porta do banheiro e disse: - O bilhete, por favor. A porta abriu só
uma frestinha e apenas uma mão entregou o bilhete. O fiscal pegou e foi
embora. Os políticos corruptos viram e acharam a idéia genial.
Então, depois da conferência, os políticos corruptos resolveram
imitar os eleitores metidos a “espertos”s na viagem de volta e,
assim, economizar um dinheirinho. (reconheceram a boa idéia dos eleitores
metidos a “espertos”, porém com a criatividade que é
peculiar da própria profissão, resolveram melhorar). Quando chegaram
à estação, a história se repetiu, ou seja, os eleitores
metidos a “espertos” compraram só um bilhete mas, para espanto
deles, os políticos corruptos não compraram nenhum. - Mas, como
é que vocês vão viajar sem passagem? (um Engenheiro perguntou
perplexo). - Espere e verá - respondeu um dos políticos corruptos.
Todos embarcaram e os eleitores metidos a “espertos” se espremeram
dentro de um banheiro e os políticos corruptos em outro banheiro ao lado.
O trem partiu. Logo depois, um dos políticos corruptos saiu, foi até
a porta do banheiro dos eleitores metidos a “espertos”, bateu e
disse: - A passagem, por favor!
Aqui em Santa Catarina, os integrantes dos partidos políticos decidiram
quem seriam os candidatos aos cargos eletivos nas eleições de
outubro de 2010, com grandes possibilidades de renovações dos
mandatos, já que a maioria dos candidatos são detentores de mandatos
conquistados nas eleições anteriores. As possíveis inovações
nas ocupações das cadeiras dizem respeito às opções
de disputar cargos eletivos em ambos os Poderes, onde um vereador quer ser deputado
estadual, um deputado estadual quer ser deputado federal, um senador quer ser
governador, etc. A Lei Federal que prioriza a candidatura do “Ficha Limpa”,
fatalmente continuará guardada em berço esplêndido.
Colaboração: Jonas Manoel Machado – Advogado – E-mail:
drjonas5256@gmail.com
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