São José, Santa Catarina, Brasil
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Edição Março | 2010
Ano XVI - N° 166
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Santa Catarina é líder em transplantes
Santa Catarina atingiu em 2009 a marca de 19,8 doadores de órgãos e tecidos por milhão de população (pmp). O Estado, além de bater seu próprio recorde na área, consolida sua posição de líder nacional em doações efetivas de órgãos, conforme dados divulgados esta semana pela Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO). “Essa posição, mais do que um orgulho, é garantia de saúde para a população catarinense, e confirma o quanto foi acertada a decisão do Governo de investir fortemente nesta área”, destaca a Secretária de Estado da Saúde, Carmen Zanotto.
A média nacional, apesar do número de transplantes de órgãos realizados no Brasil (com doador falecido) ter subido 26% em 2009, se mantém bem abaixo da média catarinense, com 8,7 doadores pmp / ano.
Para ser referência na área de transplantes, o Governo do Estado, através da SC Transplantes, investiu em uma série de ações nos últimos anos: o credenciamento de novas instituições no trabalho de busca ativa de órgãos e de transplantes (as Comissões Intra-Hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes), e a capacitação de mais de 500 profissionais que atuam nestas comissões. São eles os responsáveis pela “ponte” entre potenciais doadores e toda a estrutura necessária para concretizar o processo de transplante, que pode levar até 18 horas, envolvendo sempre equipes multidisciplinares.
Um dos cursos oferecidos aos integrantes das comissões de transplantes é o de Comunicação de Más Notícias, já que a forma com que o diálogo é estabelecido faz diferença significativa na decisão da família pela doação, ou não, de órgãos para transplantes. “É importante que os médicos, psicólogos, assistentes sociais e enfermeiros compreendam os aspectos não-verbais envolvidos em uma relação como esta. Em um momento de luto, chega a ser mais importante ouvir do que falar. Essa abordagem à família, quando feita corretamente, tem efeito terapêutico, pois ajuda a aliviar o choque e a dor dessa hora”, explica o coordenador da SC Transplantes, o médico intensivista Joel de Andrade.
Quando a família, a partir deste diálogo, confirma que o paciente era doador de órgãos ou opta pela doação, a SC Transplantes é então acionada.
No Estado é possível realizar transplante de córnea, coração, válvula cardíaca, pâncreas, rim, fígado, osso, esclera ocular e medula óssea. Os demais órgãos são enviados para hospitais de outros estados. “A experiência que temos, tanto no Brasil, quanto na Espanha, onde há pesquisas sobre o tema, é que de 70 a 80% das famílias, após a doação, reconhecem o gesto da doação como uma forma eficiente de aliviar o luto”, lembra Dr. Joel.
Santa Catarina é o Estado que realiza o maior número de transplantes de fígado e rins com doadores falecidos por ano, proporcionalmente à sua população. “Isso representa uma economia em escala com reflexo em várias áreas, já que, além de ter muito mais qualidade de vida, quem recebe um órgão automaticamente desafoga outros serviços de saúde, como o de diálise”, avalia Dr. Joel, destacando ainda que a maioria dos transplantes são realizados pelo Sistema Único de Saúde e, mesmo quando o procedimento é realizado em clínicas particulares ou hospitais filantrópicos, o processo é gerenciado pela SC Transplantes.

Fila de espera – Atualmente, 1305 pessoas aguardam por um transplante de córnea em Santa Catarina e 500 pessoas aguardam por transplantes de outros órgãos e tecidos. Para reduzir o tempo de espera por um transplante de córnea, a Secretaria de Estado da Saúde lançou o programa Fila Zero de Córnea, que estabelece várias frentes de ação para que, até o final de 2010, a fila esteja zerada: elevar o número de doações de córnea, credenciar novos bancos de tecido ocular e equipes de transplante, com o compromisso contratual de realizar os procedimentos pelo SUS, e promover a revisão do grau de dificuldade visual de todos os pacientes em lista, reordenando-os segundo a gravidade do caso.

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