São José, Santa Catarina, Brasil
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Edição Fevereiro | 2010
Ano XVI - N° 165
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Recado do povo para o próximo Governador

“A alma é essa coisa que nos pergunta se a alma existe”. Mário Quintana

Uma das coisas que mais gosto de fazer é conversar com as pessoas para descobrir seus anseios e ver se de alguma forma posso ajudá-las. Viajo nos relatos que escuto e aproveito para aprender lições de vida. Seja pobre, ou rico, as reclamações são procedentes e refletem uma certa dose de desesperança com os destinos da nação em função da corrupção que, pela mídia, invade nossos lares. Quando indago sobre Santa Catarina, porém, os desencontros são menores.
A percepção do homem público é aguçada para identificar as carências do povo. Nos contatos freqüentes com a população, seja de alto ou baixo poder aquisitivo, algumas preocupações fundamentais manifestam-se. Emprego, saúde, segurança e educação encontram-se na ordem do dia de grande parte da população catarinense. O cidadão quer emprego, bom atendimento médico, sem filas, liberdade para sair às ruas sem medo, com segurança e educação de qualidade para seus filhos, quesito em que Santa Catarina é exemplo para os demais estados do Brasil, embora distante dos países ditos desenvolvidos.
Entretanto, a maior aspiração de um cidadão hoje é a garantia do seu emprego e é sobre isso que gostaria de prosear. Quando bate-se à porta de uma casa, seja um humilde barraco ou um apartamento de luxo e conversa-se com o dono, percebe-se que o maior temor do trabalhador é ficar sem emprego e o medo do empresário, gerador de empregos, é ver seus negócios fadados ao insucesso. Preocupação natural, pois em se tratando de negócios, a única certeza que temos é a incerteza.
Economia vem do grego – oikos nomos – e significa ordem na casa. Porém, colocar ordem em uma casa do tamanho em que se transformaram as relações econômicas hoje em dia é tarefa que exige uma boa dose de percepção do fato econômico e vontade política para mudar o que é possível e deve ser mudado.
A geração de emprego e renda é condição necessária para que se coloque ordem na casa e para isso não é preciso reinventar a roda. O desenvolvimento não pode ficar à mercê de dúvidas e incertezas quanto ao futuro da economia. Há que se fazer o que Keynes recomendou em resposta à Grande Depressão que atingiu os Estados Unidos na primeira metade do século passado.
Em sua obra “Teoria Geral do Emprego do Juro e da Moeda”, o economista inglês, um dos responsáveis pela criação do Banco Mundial, previa uma maior participação da força do Estado na regulação do mercado. Não como inibidor das transações comerciais, mas como estimulador de um mercado livre, sem a “mão invisível” de Adam Smith, porém com intervenções governamentais pontuais para disciplinar e orientar o próprio mercado com relação às operações econômicas.
A recomendação de Keynes para vencer a crise na época, continua atual: gera-se emprego investindo-se onde a necessidade de mão de obra é intensiva. É o caso da construção civil com suas obras de infraestrutura que movimentam milhares de postos de trabalhos trazendo dinamismo a toda a economia, gerando pujança e, sobretudo, confiança com relação ao futuro.
O Estado é o maestro da orquestra que deve tocar per si. Porém, precisa que alguém dê o tom da peça. Abrir buraco e tapar buraco recomendava Keynes, em outras palavras, para fazer a economia girar. É o que temos de fazer com recursos que podem e devem ser criados via contenção de gastos de custeio, incentivos fiscais, estabelecendo engenharias financeiras e parcerias úteis que dinamizem a economia catarinense trazendo novo alento ao empresariado para que acredite no futuro e invista em obras de infraestrutura que desafoguem os gargalos inibidores do progresso.
Em resumo, o próximo governador deve dar o rumo da economia, unindo forças com o empresariado e os representantes sindicais, gastar menos em custeio e investir mais em infraestrutura de forma a gerar novos empregos e manter os existentes. Menos mal que os indicadores mostram uma tendência de recuperação da economia capaz de trazer de volta a esperança de dias melhores. Contudo, nada adianta crescer a produção física de bens e serviços à disposição do povo se este não se desenvolver como ser humano. O povo quer ser tratado com carinho e não como massa de manobra, como uma simples estatística. Povo tem alma, sentimentos que não devem ser ignorados pelo próximo governador.
(*) Doutor em Engenharia de Produção – pguilhon@hotmail.com

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