Santa Catarina é pioneira em banco público de sangue do cordão umbilical
Santa Catarina é o primeiro estado da Região Sul a oferecer um banco de sangue de cordão umbilical e placentário pelo Sistema Único de Saúde. Aberto, em caráter experimental, no mês de setembro, o Banco passou a funcionar regularmente, no Hemosc, no dia 23 de dezembro, e a expectativa é que sejam armazenados o sangue de pelo menos 25 cordões por mês. "Este novo serviço é uma conquista para todos os catarinenses. O investimento foi alto, mas também foi grande a motivação para viabilizarmos este serviço, pois temos consciência de que este processo agrega grande valor ao Estado e à saúde futura dos catarinenses”, destaca o governador Luiz Henrique.
O material coletado salva vidas, ao ser utilizado em transplantes de medula óssea, servindo de fonte de células-tronco para o tratamento de pacientes com doenças hematológicas (que afetam o sangue), entre elas a leucemia e o linfoma. Foram investidos R$ 1 milhão em equipamentos para que o serviço pudesse ser oferecido pelo SUS. "Inicialmente Santa Catarina não estava na lista dos estados contemplados pela rede BrasilCord para sediar um banco público de cordão umbilical, e o Governo tem muito orgulho de ter tomado a dianteira neste processo. Garantimos os recursos necessários para a aquisição do equipamento que viabilizou o serviço”, explica a Secretária de Estado da Saúde em Exercício, Carmen Zanotto.
O grande diferencial deste banco em relação aos que já funcionam no Estado deve-se ao fato dele ser totalmente público, ou seja, o sangue do cordão armazenado fica disponível no bioarquivo para pesquisa de compatibilidade de qualquer pessoa que esteja na fila de espera de transplantes de medula óssea. Já os bancos privados armazenam o sangue do cordão especificamente para o bebê que coletou o material no momento do nascimento.
O Banco de Sangue de Cordão Umbilical de Santa Catarina conta com equipamentos de alta tecnologia, obtidos através de investimento da Secretaria de Estado da Saúde, Ministério da Saúde, Rede BrasilCord e BNDES. A sede catarinense tem capacidade de armazenar até 3.600 unidades no bioarquivo, o que representa uma diversidade genética histórica e de grande importância para a saúde de quem, eventualmente, necessitar do transplante.
De acordo com a farmacêutica-bioquímica Janete Cattani Baldissera, responsável pelo setor de criobiologia do HEMOSC, entre as vantagens do sangue coletado no cordão umbilical estão a facilidade de armazenamento e a disponibilidade, já que após o nascimento do bebê, o cordão é descartado. “Além disso, o sangue do cordão tem células mais jovens e não precisa ser 100% compatível com a pessoa que vai receber o transplante de medula”. Ela destaca também o rigoroso cuidado tomado pela equipe do HEMOSC na seleção e na coleta do cordão umbilical. “Antes do parto, a mãe passa por diversos exames e um amplo acompanhamento. Depois do nascimento, a criança também é acompanhada, com exames específicos, que garantem a qualidade do sangue coletado”.
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