São José, Santa Catarina, Brasil
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Edição Março | 2009
Ano XV - N° 154
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São José comemora 259 anos

Especial
 
São José comemora 259 anos com orgulho do passado
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Em homenagem ao bicentenário da Imprensa brasileira, comemorado no segundo semestre de 2008, o jornal “Oi São José” resolveu fazer um resgate da história da imprensa josefense para celebrar a passagem dos 259 anos do município de São José. A diretora Editorial e jornalista responsável pelo “Oi”, Josiane Ribas Lanzarin Spengler, realizou uma extensa pesquisa sobre os primórdios da imprensa em São José, que resultou nas matérias que você vai ler a seguir.

Um pouco da história do Município

Em 20 de janeiro de 1750, chegava a Desterro (Florianópolis) a terceira remessa de colonos açorianos que se destinavam a colonizar o litoral catarinense. Desta, 182 casais, numa madrugada do mês de março do mesmo ano, fundaram São José, que mais tarde tornou-se o berço de muitos catarinenses ilustres e hoje se destaca como um dos mais importantes centros do Estado.
Com o crescimento do número de habitantes, desenvolviam-se a lavoura e o comércio, que constituíram, por muito tempo, importante fonte de renda na vida econômica da Província, sobressaindo a cultura do algodão e do linho, principalmente no bairro Roçado, onde foram montados pequenos e rudimentares teares.
São José deu origem a vários municípios: Palhoça, Angelina, Rancho Queimado; de sua área em conjunto com Lages, originaria ainda, Bom retiro, que por sua vez desmembrou Ituporanga, Alfredo Wagner, Petrolândia, Imbuia e Atalanta. Além destes, Santo Amaro da Imperatriz, Garopaba, Paulo Lopes, São Bonifácio e, mais recentemente, São Pedro de Alcântara, também foram criados a partir de São José.
Em 1845, a então Vila de São José recebeu a visita dos jovens Imperadores, D. Pedro e D. Tereza Cristina, que estiveram em Caldas de Cubatão, hoje Caldas da Imperatriz. Além de São José, somente a Capital recebeu a visita dos Imperadores.
A partir de 1850, cem anos após sua fundação, São José começava a se tornar um centro importante de população e desenvolvido comércio. Nesta época, os pequenos casebres foram demolidos para dar lugar a outras construções arquitetônicas de maior vulto.
O “poder” era dividido entre o vigário e o presidente da Câmara (prefeito à época), ambos tinham grande influência junto à população. Um desses mandatários do poder Executivo foi o Coronel Luiz Ferreira do Nascimento e Mello, que administrou o município de São José durante o maior tempo. Entre 1833 e 1890, assumiu oito das 20 legislaturas existentes, perfazendo 22 anos a frente do Executivo.
A política era dividida em dois partidos, Conservadores e Liberais.

São José nos jornais de Desterro (Florianópolis)

São José foi elevada à categoria de cidade ao mesmo tempo em que inaugurava o Theatro Adolpho Mello, em junho de 1856. Por volta de 1858, existiam em toda a Província de Santa Catarina apenas quatro teatros: no Desterro (Florianópolis), em São José, em Laguna e em São Francisco do Sul. A aparição de São José nos jornais que circulavam em Santa Catarina, em muito se devia ao Theatro Adolpho Mello, por ocasião de seus grandes espetáculos. Os jornais de então publicavam os tradicionais clichês, que anunciavam o programa completo das companhias.
Entre 1850 e 1890, São José sofreu grandes epidemias, que também foram notícia nos jornais do Desterro. Outro grande destaque, em 19 de dezembro de 1883, foram os festejos de São José em razão da iniciativa da construção da Estrada de Ferro D. Pedro I, que iria de São José, passando por Laguna, até Porto Alegre. Infelizmente, essa notícia nunca saiu do papel.
Ainda nesta década de 80, o movimento abolicionista ganhava reforço maior. Em São José foi fundado o Clube Abolicionista, amplamente noticiado nos jornais do Desterro. Em 1885, o município contava com 1120 escravos, sendo 628 homens e 492 mulheres. Era o terceiro município da Província com maior número de escravos.
A população de São José, em recenseamento de 1890, apresentava o número de 11.027 habitantes na sede mais 8.132 nos distritos, totalizando 19.159, sendo que “somente uns 1.500 deles sabiam ler”. A lavoura estava entre os principais meios de subsistência. Havia cerca de 40 fábricas, 100 casas de comércio e 300 residências.
Foi neste período que se iniciou em São José, como reflexo dos movimentos existentes em todo o País, a propaganda republicana. O Partido Liberal Josefense, que era situação, bem como o Partido Conservador, guardadas algumas controvérsias internas, constituíram o Partido Republicano Catarinense.
Com a Constituinte em 1891, tendo São José na época eleito como deputados Francisco Tolentino e Arthur Ferreira de Mello, surgiu o Partido Federalista. Com Floriano Peixoto no governo da República, o enviado do Marechal veio a Santa Catarina para assumir o governo e chamou o Partido Federalista para governar com ele. Mesmo naquela época conturbada do militarismo, São José influía nos destinos políticos do Estado e era notícia nos jornais da Capital.
Em 1893, o Partido Republicano, chefiado por Hercílio Pedro da Luz, inicia um movimento que viria acabar com as municipalidades e o governo estadual. O Partido Federalista, situação em São José, passaria a ser deposto com a tentativa do 25º Batalhão de Infantaria que, com 80 homens chefiados por Camisão, forçaram a demissão do Superintendente Municipal (equivalente hoje ao cargo de prefeito), Coronel João Luiz Ferreira de Mello.
Em 27 de agosto deste mesmo ano, estourou a notícia da revolução. São José adere à revolução e fica aguardando as notícias do Rio de Janeiro, da revolta contra o governo do Marechal Floriano. De 1894 a 1895, o Theatro de São José serviu de quartel aos revoltosos, abrigando o 10º Regimento de Cavalaria.

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