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13 de maio de 2024 | 17:29
Edição Maio | 2023
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O CHAT GPT E A APLICAÇÃO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
A inteligência artificial (IA) está revolucionando o mundo. Desde a automação de tarefas cotidianas até a previsão de comportamentos complexos, a aplicação de inteligência artificial generativa extrapola a área tech, passando por setores como indústria, comércio e até o uso doméstico. Um dos maiores avanços recentes em IA é o surgimento de sistemas de linguagem natural capazes de compreender e produzir texto com uma qualidade cada vez mais próxima a de um ser humano.

CHAT GPT

E o Chat GPT, lançado pela startup Open AI, em novembro de 2022, é um dos mais impressionantes exemplos dessa tecnologia, já que atualmente conta com um número de 100 milhões de usuários. O GPT-3 é um modelo de linguagem natural muito mais avançado e poderoso, capaz de realizar tarefas complexas como tradução de idiomas, resumo de texto, geração de texto criativo, entre outros. Com apenas alguns meses de funcionamento, o Chat GPT já tinha conquistado 100 milhões de usuários, tornando-se o app de crescimento mais rápido na história e gerando muita discussão. Por mais que o lançamento da plataforma seja recente, já sabemos que ela é capaz de criar textos simples e automatizar tarefas rotineiras.
A inteligência artificial é uma área da Ciência da Computação cujo objetivo é criar sistemas capazes de realizar tarefas que, até então, só poderiam ser executadas por seres humanos.

1. IA na Internet

Quando pensamos em Inteligência Artificial, talvez o que venha primeiro à nossa mente são aquelas máquinas que conseguem simular a habilidade humana de pensar e realizar tarefas autônomas, como construir um carro praticamente sozinhas. Mas a Inteligência Artificial está muito mais próxima de nós do que essas máquinas. Ela está presente nos aplicativos do seu celular, na sua televisão Smart ou em dispositivos Alexa conectados à Internet, e também, no seu computador, quando você acessa um sistema de busca.

Algoritmos de recomendação e relevância

No mundo atual, estamos todos rodeados pela Inteligência Artificial que potencializa nosso padrão de consumo por meio dos algoritmos de recomendação quando visitamos um site de e-commerce, por exemplo. Isso sem falar nos algoritmos de relevância, que permeiam toda a nossa navegação nas redes sociais e hoje representam o trampolim para transformar adolescentes em celebridades digitais.

Google

O Google disponibiliza diversos recursos baseados em machine learning e Inteligência Artificial. O principal deles, o mecanismo de pesquisa, faz o processamento de linguagem natural e conta com o GoogleBot, um robô que rastreia toda a web em busca dos melhores resultados de pesquisa. Nos smartphones, o Google está presente por meio de seus assistentes virtuais que “conversam” com os usuários e, até mesmo, fazem ligações e interagem com os contatos. Também no seu celular, a Inteligência Artificial do Google categoriza fotos por meio do reconhecimento facial. Um novo recurso do Google Lens permite que você encontre a mesma estampa em outra peça de roupa a partir da foto de uma camisa, por exemplo. E depois de revolucionar nossos deslocamentos com o Google Maps, a empresa lançou o Google Trip, o recurso ajuda a criar um roteiro para a sua próxima viagem, organizando os destinos, locais favoritos e, até mesmo, realizando as reservas necessárias.

Amazon

A Amazon consegue analisar seu comportamento digital para fazer suas recomendações de compra. Seu sistema de recomendações de produtos é baseado em Inteligência Artificial de e-commerce e chamado internamente de “item-based collaborative filter”. Imagine assistir a um filme de super-herói no Prime – o sistema de streaming da empresa – e receber uma oferta da camiseta do personagem no mesmo dia, por e-mail? Além de saber muito sobre seus hábitos de consumo, na outra ponta – a de logística – a Amazon pretende utilizar câmeras para monitorar seus entregadores enquanto dirigem. O sistema é capaz de filmar e fornecer análises baseadas em Inteligência Artificial e notificar, por exemplo, quando o motorista se distrai ao volante.

Amazon Alexa

Não é de hoje que grandes empresas da área de tecnologia como Google, Apple e Microsoft, têm investido pesado em soluções com assistentes pessoais inteligentes. A Inteligência Artificial da Alexa, assistente virtual da Amazon, funciona por meio do machine learning e pode configurar alarmes, fazer a previsão do tempo ou tocar uma playlist.
Além disso, a Alexa tem compatibilidade com muitos aplicativos como Spotify, Uber, Samsung Smart Things e até iFood, e pode interagir com eletrodomésticos, controles remotos e interruptores. E o melhor de tudo é que, com o passar do tempo, a Inteligência Artificial da assistente virtual da Amazon foi capaz de se adaptar exatamente aos gostos dos brasileiros.

IA na medicina e saúde

A Inteligência Artificial na medicina apoia-se em computadores que analisam um grande volume de dados e, seguindo algoritmos, são capazes de propor soluções para problemas médicos com agilidade e precisão. Os benefícios da aplicação da Inteligência Artificial na medicina têm impactado a rotina de profissionais de saúde e pacientes, que agora contam com soluções antes inimagináveis, como interoperabilidade ou cirurgias feitas por robôs, sem a interação direta do médico – que fica apenas responsável pela supervisão do procedimento.
E, em tempos de pandemia, a Inteligência Artificial na saúde tem ajudado os profissionais de saúde graças à sua alta capacidade de análise e processamento de dados, diagnosticando, tratando e contendo a disseminação da Covid-19.

IA na área do Direito

Já é evidente a revolução que a Inteligência Artificial tem proporcionado na área do Direito, seja nos serviços que automatizam atividades legais ou na sua atuação para exercer a função “regulatória” e ética sobre os casos. Graças à sua grande capacidade de processamento de dados, a Inteligência Artificial na área do Direito já permite que mais indivíduos tenham acesso à Justiça, reduzindo em tempo e custo um processo litigioso. E, para os advogados, a aplicação da IA possibilita que eles obtenham a ajuda e a rapidez de processamento das máquinas que, por sua vez, podem tomar uma decisão de forma autônoma, sem que haja necessidade de intervenção humana.

A NOVA LEI DE COMBATE ÀS FAKE NEWS PODE BAGUNÇAR A INTERNET NO BRASIL?

Segundo seus idealizadores, o PL nº 2.630/2020 tem, acima de tudo, um motivo dos mais nobres: tentar colocar ordem na balbúrdia criada pela crescente disseminação das fake news na internet brasileira - o que, de fato, tem ocorrido. Para isso, ela quer que as principais plataformas digitais (ou provedores de aplicação) - leia-se Google, Twitter e Facebook - sejam mais ativas e responsáveis na hora de eliminar conteúdos falsos. Porém, como em toda lei que envolve responsabilidades e punição, esse PL vem gerando atritos entre quem a elaborou e quem serão os principais impactados. Para Paulo Perrotti, advogado especializado em Direito digital e head da LGPDSolution, o PL 2630 não apenas é redundante, como também extrapola o Marco Civil da Internet e, até mesmo, a Constituição Federal: “Esse PL será um instrumento de monitoramento que, potencialmente, pode se transformar em censura e intervenção na privacidade do cidadão. Com a justificativa de se combater as fake news, está sendo promovida uma regulação que pode infringir a intimidade e livre expressão do usuário”.

Perrotti diz ainda: “Veja que o regime de responsabilidades é estabelecido pelo Marco Civil da Internet, em especial, o que reza o artigo 19: ‘com o intuito de assegurar a liberdade de expressão e impedir a censura, o provedor de aplicações de internet somente poderá ser responsabilizado por danos decorrentes de conteúdo gerado por terceiros se, após ordem judicial específica, não tomar as providências para, no âmbito e nos limites técnicos dos seus serviços e dentro do prazo assinalado, tornar indisponível o conteúdo apontado como infringente, ressalvadas as disposições legais em contrário’. Ou seja, o Marco Civil da Internet já estabelece uma regra no caso de infrações causadas na internet. Basta que haja uma denúncia ao provedor. Caso a infração continue e não seja excluída pelo provedor, ele será responsabilizado pela negligência”, completa o especialista.
Colaboração: Jonas Manoel Machado - Advogado - OAB/SC 5256 - E-mail: drjonas5256@gmail.com.

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