Em qualquer dia, como no dia de hoje, o ser mortal e humano apresenta-se com 99% de emoções e mais 1%, que não se identifica como sendo somente razão. Na InfoMoney (HYPERLINK "https://www.infomoney.com.br/mercados/colunista-infomoney-a-volatilidade-das-emocoes/"https://www.infomoney.com.br/mercados/colunista-infomoney-a-volatilidade-das-emocoes/), temos a resposta para a volatilidade das emoções: “Há muito tempo temos ouvido que não podemos ser emotivos se quisermos “ganhar” dinheiro e que a racionalidade deve imperar na tomada de decisão. O único detalhe é que milhares de pessoas não sabem como fazer isso. Como é, na prática, deixar a emoção de lado? Como evitar que o medo ou que a ganância invada o sujeito diante das operações financeiras?”
Um autor desconhecido disse que “A coisa mais importante que você possui é O DIA DE HOJE”.
Relembrando o dia de hoje, alguns fatos se destacam:
1. Acordei no período matutino e percebi que estava vivo;
2. Tive que opinar sobre a venda de um imóvel;
3. Uma cliente pagou um boleto referente a um inventário extrajudicial, remetendo-me o comprovante;
4. Como sempre, remédios de uso contínuo e os alimentos diários jamais serão esquecidos;
5. O cão da família é o mais racional no ambiente familiar, porque não costuma desprezar os seus donos;
6. Fui em uma loja pegar três caixas de pisos compradas e pagas, mas os empregados da loja não sabiam onde estavam. Depois de mais de trinta minutos, alguém disse que os pisos foram localizados e entregues, depois de uma reclamação normal, mas olimpicamente ignorada;
7. Na marginal da BR 101, trafegando no sentido norte-sul, avistei uma frota de automóveis novos adquiridos pela CASAN, empresa pública estadual de economia mista, responsável pelo fornecimento de água e saneamento básico em todo o Estado de Santa Catarina. É óbvio que essa frota de veículos será usada na atividade meio, com pouca repercussão na atividade-fim da CASAN. Basta verificar o percentual de saneamento básico realizado pela CASAN para entender as prioridades dos seus dirigentes.
Continua o ilustre desconhecido, “O dia de hoje, mesmo que esteja espremido entre o ontem e o amanhã, deve merecer sua total prioridade”.
As minhas prioridades pessoais devem ser as mesmas prioridades de todos os seres humanos democráticos:
1. Lutar pelo fim do genocídio praticado contra as pessoas que estão nas filas de cirurgias que não acontecem por culpa das prioridades erradas dos governantes, que preferem gastar os recursos públicos em publicidade de seus atos e para pagar “ASPONES”. Aspone: “Pessoa cujo ofício é inútil; quem exerce um cargo desnecessário e não possui funções determinadas, nem definidas, geralmente de um emprego de fachada, recebido por indicação, apadrinhamento, etc.”.
2. Lutar pelo verdadeiro estado democrático de direito, onde as pessoas possam exercer o contraditório e a ampla defesa, mediante o devido processo legal. O Estado Democrático de Direito é uma forma de Estado em que a soberania popular é fundamental. Além disso, é marcado pela separação dos poderes estatais, a fim de que o legislativo, executivo e o judiciário não se desarmonizem e comprometam a soberania popular.
Voltando ao que disse o ilustre desconhecido, “Só hoje você pode ser feliz; o amanhã ainda não chegou e já é muito tarde para ter sido feliz ontem”.
Depois do resultado das eleições de 30/11/2022, chegou-se à conclusão de que fomos fraudados em todos os sentidos, principalmente, no direito democrático de repudiar os atos de exceções que aconteceram e ainda acontecem, para os quais não existem medidas saneadoras para estancar os malefícios praticados ao arrepio da lei e da ordem.
O autor desconhecido se expõe, dizendo, “A grande maioria das nossas dores é fruto dos restos de ontem ou dos medos de amanhã. Viva o dia de hoje com sabedoria: Decida como irá alimentar seus minutos, o seu trabalho, o seu descanso, e faça tudo que seja possível para que o dia de hoje seja seu, já que ele lhe foi dado tão generosamente”.
Eu diria apenas que, para cada direito existe um dever. Em um concurso que participei, na prova oral, um dos membros da banca examinadora me perguntou o seguinte: na Constituição Federal estão elencados todos os direitos, pergunto: E onde se encontram os nossos deveres? Na ocasião, dei uma resposta vaga, que não convenceu o integrante da referida Comissão, que esclareceu: “Para cada direito que temos, necessariamente existe um dever, exemplo, temos o dever de votar, e, em contrapartida, temos o direito de ser votado. No Brasil de hoje, essa cadeia de direitos e deveres (obrigações) foi quebrada, porque alguém extrapolou o limite da razoabilidade. O caos foi instalado unilateralmente, com possíveis reações das partes prejudicadas que querem restabelecer o estado democrático de direito, que efetivamente só existe nas quatro linhas da Carta Magna. O art. 5º da CF/88 contém entre seus incisos quatro que parecem fundamentais ao estado democrático de direito. São eles: IV – livre manifestação do pensamento (liberdade de expressão); VI – liberdade religiosa (de culto); XV – liberdade de locomoção (direito de ir e vir); e XVII – liberdade de associação (direito de reunião).
Finalmente, o autor desconhecido se manifesta, informando que “Respeite-o de tal maneira que, quando for dormir, você possa dizer: hoje eu fui capaz de viver e amar”.
No livro de Anderson Cavalcante intitulado “O que realmente importa?”, há uma visão do que comentamos neste texto: “São Boaventura formulou pensamentos extraordinários sobre a natureza humana. Um deles nunca foi tão atual. Para ele, existem três formas de olhar o mundo, três olhares que definem o alcance de nossa percepção. O primeiro deles é o olhar da carne, um olho físico, estrutural, capaz de enxergar a matéria pura e simplesmente. É um olhar igual para todo mundo, mas limitado, pois enxerga apenas o aparente: é o “ver por ver”. O segundo é o olhar da razão, mais refinado que o olhar da carne, pois permite que, ao olharmos para alguém ou algo, sejamos capazes de analisar racionalmente essa visão, pensar sobre ela. O olhar da razão é o da ciência, para o qual tudo precisa ser provado: é o “ver para crer”. E há ainda, o terceiro olhar, o olhar da contemplação – este é um olhar todo especial que, segundo São Boaventura, está em comunhão com a grandeza da natureza: é o “ver além”. Quando olho para alguém ou algo com esse olhar, não estou me detendo apenas no que é nem em como funciona. Quando olho com esse olhar, estou sentindo. Minha percepção me traz uma clareza maior e sentimentos que me tocam de forma profunda, porque não apenas vejo, mas também entro em comunhão com o que está diante de mim. Quando olho para você com esse olhar, você é muito mais do que eu posso perceber, enxergar ou entender; você é o que eu posso sentir.”
Como estamos chegando ao final do ano de 2022, muito poderia ser dito sobre O DIA DE HOJE, porém, o direito de se expressar livremente sobre qualquer assunto no Brasil de hoje, o autor de qualquer texto ou de parecer deve repensar seus conceitos e valores intrínsecos e extrínsecos. A maioria da população ficou incrédula sobre os poderes constituídos da República Federativa do Brasil, especialmente quais os poderes do Presidente da República, como Chefe de Estado e como Chefe de Governo. Todos entendiam que o Presidente da República era a autoridade máxima da Nação, pois foi eleito para representar todos os brasileiros de bem. Quando se fala em representar “os brasileiros de bem”, significa dizer que os “foras da lei” têm seus direitos limitados pela legislação, doutrina e jurisprudência aplicável a cada caso concreto. Antigamente as mulheres não tinham direito ao voto, mas nos dias de hoje, os direitos são iguais, conforme estabelece o “caput” do artigo quinto da CF/88. Todavia, quando escancararam o direito ao voto até para presidiários, os valores defendidos por determinados seguimentos sociais deixaram a desejar, porque determinadas facções passaram a defender interesses escusos que não cabem aqui serem relatados. Encerrando essa polêmica, cabe acrescentar que, “Chegou a hora de o Brasil discutir a segurança do voto eletrônico, sob pena de deixarmos para nossos filhos um arremedo de democracia onde o eleitor jamais saberá em quem votou e a oposição jamais terá condições de conferir votos” (http://www.brunazo.eng.br/voto-e/textos/maneschy2.htm).
FELIZ NATAL E UM ANO DE 2023 CHEIO DE INCERTEZAS NÃO DESEJADAS PELA MAIORIA DO BEM!
Colaboração: Jonas Manoel Machado - Advogado - OAB/SC 5256 - E-mail: HYPERLINK "mailto:drjonas5256@gmail.com"drjonas5256@gmail.com.
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