São José, Santa Catarina, Brasil
13 de maio de 2024 | 07:54
Edição Dezembro | 2021
Ano - N° 307
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UM DIAGNÓSTICO NIETZSCHEANO
“O que eu narro é a história dos próximos dois séculos […] descrevo aquilo que vem: a ascensão do niilismo. Posso descrevê-lo porque aqui se passa algo necessário – os sinais disso estão por toda parte; faltam apenas os olhos para tais sinais. Aqui, não louvo, nem censuro, que ela venha; creio numa das maiores crises, num instante da mais profunda autorreflexão do homem” – Nietzsche, Fragmentos Póstumos 1887

Como negar a vida? Ou melhor, como fazer da negação uma forma de vida?

O niilismo é nossa lenta caminhada em direção ao abismo. O niilista é o acusador: dos outros, de si, da existência, de tudo. Enquanto o sacerdote, o utópico, o sonhador, o crente, o fascista, o iludido, são aqueles que criam ficções para justificar suas acusações a este mundo e assim tornar a vida mais (in)suportável. Pobres negadores, eles preferem querer o nada à nada querer! Ou seja, o niilista quer viver, mas só pode fazê-lo de modo doentio, impotente, estendendo uma grande cortina negra sobre a realidade para não encará-la.

“O que significa Niilismo? Que os valores supremos se desvalorizam” – Nietzsche, Fragmentos Póstumos 1887

Nietzsche mergulhou na doença europeia para entender o niilismo até sua medula. Platão, Kant, Schopenhauer e outros conseguiram ir longe, mas apenas o filósofo do martelo retornou com saúde, mais forte, e capaz de criar valores dentro deste Plano de Imanência. Esta é a questão! Transvalorar o niilismo, se utilizar dele como meio para tornar-se mais potente! É preciso filosofar à sombra do niilismo, sem se afogar em suas águas traiçoeiras, só podemos superar o niilismo dentro dele. Se o filósofo alemão diagnosticou seu tempo, foi Deleuze quem posteriormente lendo sua obra sistematizou suas proposições em quatro formas de niilismo:

NIILISMO NEGATIVO:

- Aqui, nega-se o mundo em nome de outros valores. Mas o niilista engana a si próprio, ele nunca diz negar o mundo, pelo contrário, ele se diz afirmando Deus, uma utopia, o que quer que seja. Divisão de dois mundos, um debaixo: sensível, mutável, corporal, imperfeito, temporal; outro suprassensível: imutável, ordenado, perfeito, atemporal. O niilista negativo cria outros mundos para poder suportar este. Este mundo é ruim, portanto, o niilista deve provavelmente ser o escolhido de Deus (um deus dos fracos, oprimidos, que sofrem), esta é a figura do ressentimento;

NIILISMO REATIVO:

- O homem iluminista e racional não nega o niilismo negativo, ele dá um passo adiante: a morte de Deus. Ah, somos todos ateus! Sim, matamos Deus e ele mereceu, mas agora o homem é sagrado. Viva os direitos do homem! De que adianta? O além agora é o futuro, “no dia da revolução todos serão redimidos“. Trabalhe por um mundo melhor, sirva à sociedade, faça o bem para os seus filhos. A ciência dará todas as respostas. Enfim, ainda somos religiosos, o homem matou a verdade fora deste mundo, mas ainda acredita numa verdade metafísica neste mundo, um mundo melhor por vir.

NIILISMO PASSIVO:

- Aos poucos, a Vontade de Potência se esgota no niilismo, ela vaza, escoa, procura afirmar-se em outros lugares. O homem cada vez mais doente tem cada vez menos capacidade de afirmar-se. O niilismo passivo é o dos últimos dos homens (Zaratustra, parte IV). “Onde está o mar para que eu possa me afogar?“, mas o mar secou! Estamos chegando perto do fim… a chama se apaga, surge a escuridão sem fim. Mortos-vivos, não encontram vida dentro de si (mesmo ela estando lá), mas ainda se movem… perdidos… entorpecidos…

NIILISMO ATIVO:

- Por fim, a última forma de niilismo nega a si mesma e se torna ativa! Há um rompimento, uma enorme mudança na capacidade de valorar. Se destruir ativamente, eis o objetivo! Destruir o niilismo dentro de si! Como podemos acelerar a roda do devir? Negando as forças de negação. O que vem depois do homem moderno? O que está além do homem? Para isso é necessário criar novos valores! - Não sou o autor dessas reflexões acima, pois as encontrei no seguinte endereço virtual/Internet: HYPERLINK "https://razaoinadequada.com/filosofos/nietzsche/4-formas-de-niilismo/"https://razaoinadequada.com/filosofos/nietzsche/4-formas-de-niilismo/

VOLTANDO A VIDINHA ESTÚPIDA DE JOSEFENSE

Como terráqueo mortal e material, que não despreza o legado de Nietzsche, seguem alguns fragmentos da Teoria Criacionista versus Teoria Evolucionista, transcrevendo o diálogo de dois personagens do nosso cotidiano:

O PADRE E O ATEU

Diálogo entre um Padre católico e um Advogado ateu.

Padre: O Senhor acredita em Deus?
Advogado: Quando tive um enfarto na escadaria do fórum, lembro-me apenas de ter visto um céu azul em dia ensolarado, sem nenhuma visão divina. Como o Senhor sempre está acompanhado por Deus, acredito que jamais se sente sozinho em sua vida terrena. Por isso, tenho inveja do Senhor, diante de sua fé inabalável, tendo Deus para ajudá-lo nos momentos difíceis.
Padre: O Senhor tem razão, Deus está sempre do meu lado. Repito: O Senhor acredita em Deus?
Advogado: Diante da cirurgia cardíaca a que fui submetido após o enfarto, com o passar do tempo, temos que acreditar em alguma coisa.
Padre: Estou lhe convidando para ir à igreja aos domingos, para a missa do período matutino.
Advogado: Agradeço o convite, mas, nos domingos costumo dormir até ao meio-dia.
Padre: O Senhor sabe que irá para o inferno?
Advogado: O Senhor tem razão, por isso estou preparando a minha suíte.

Na verdade, somos velas acesas enquanto vivos. Depois da morte, quem tiver parentes vivos, terá algumas velas acesas anualmente, por ocasião do dia dos finados. Tem gente que se lembra de Deus, quando percebe que o avião está prestes a cair. Outros dizem que não têm atritos com Deus, mas com os idealizadores das igrejas organizadas. O ser físico pode ter defeitos insanáveis, porém o seu espírito imaterial não deveria ser contaminado pelos atos da vida terrena. Uma alma responde pelos crimes praticados pelo corpo, enquanto este estava vivo? O que vale é o que fica de lembrança aos nossos sucessores. Quem não teve história de vida, certamente não deixará um legado. Dizem que perdoar é uma via de escape, mas eu quero que meus inimigos se explodam. Tem muita conversa fiada para boi dormir. A Covid-19 irá deixar um legado de incertezas jamais visto. As vacinas serão ceifadas pelas variantes mais virulentas. O Zé Povinho será triturado sem dó e nem piedade. Quando acabar o ciclo da cadeia alimentar, em vez dos irracionais serem devorados, os humanos ditos racionais, não terão escolha, serão devorados entre si. The end.
FELIZ NATAL E UM 2022 MAIS PROMISSOR, SEM COVID-19!
Colaboração: Jonas Manoel Machado - Advogado - OAB/SC 5256 - E-mail: HYPERLINK "mailto:drjonas5256@gmail.com"drjonas5256@gmail.com.

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