São José, Santa Catarina, Brasil
14 de maio de 2024 | 09:29
Edição Julho | 2021
Ano - N° 302
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O PARADOXO DA PANDEMIA
O Senhor Slavoj Žižek, professor do Instituto de Sociologia e Filosofia da Universidade de Ljubljana (Eslovênia). Autor, entre outros livros, de “O ano em que sonhamos perigosamente (Boitempo)”, em artigo denominado “O paradoxo da pandemia”, assim se expressou:
“O cansaço gerado pela pandemia agora se estende à teoria: no começo deste ano, eu me cansei de escrever sobre o assunto – a mesma situação não cessava de se eternizar e, no final, não aguentávamos mais estabelecer pela enésima vez as mesmas constatações. Existe um paradoxo aqui: no momento em que a submissão a hábitos e costumes repetitivos é acusada de tornar a vida entediante, o que nos afunda no cansaço típico destes tempos é, justamente, a ausência de tais hábitos e costumes. Estamos cansados de viver em um estado de exceção permanente, de esperar por novas diretivas estatais – incapazes, como somos, de encontrar momentos de descanso em nossas vidas cotidianas.”
No mesmo artigo, o referido professor dedicou em um parágrafo, onde discorreu sobre o famigerado isolamento social imposto à população mundial, por conta da pandemia da Covid-19, dizendo:
“Como o cansaço depressivo é causado por nossa autoexposição permanente, exigida pelo capitalismo tardio, nós poderíamos ter imaginado que confinar-se rimaria com aliviar-se, que o isolamento social permitiria um escape para a pressão causada pela demanda por resultados. Ora, o efeito do confinamento foi praticamente o contrário: nossas relações profissionais e sociais foram, em grande medida, transferidas para o Zoom e para outras redes sociais, onde continuamos a brincar de autoexposição com um zelo ainda maior, prestando muita atenção à figura que apresentamos – enquanto o espaço reservado para a socialização, este espaço que permitia algum repouso, uma saída para o imperativo da exibição, foi, em grande parte, eliminado. De uma maneira paradoxal, a lógica da contínua encenação de si mesmo foi reforçada pelo confinamento e pelo home office: nos esforçamos para “brilhar” no Zoom, e acabamos esgotados, sozinhos, em casa…”
(Fonte: HYPERLINK "https://racismoambiental.net.br/2021/05/16/o-paradoxo-da-pandemia-por-slavoj-zizek/"https://racismoambiental.net.br/2021/05/16/o-paradoxo-da-pandemia-por-slavoj-zizek/)

O Paradoxo da pandemia da Covid-19 no Brasil

Algumas constatações causadas pela pandemia da Covida-19 no Brasil:

1. Segundo a Wikipédida, em 01 de julho de 2021, confirmaram-se 18.557.141 casos, segundo o Ministério da Saúde, causando 518.066 mortes. O número de pessoas recuperadas da doença é de 16.858.632. A transmissão comunitária foi confirmada para todo o território nacional.

2. Atualmente, o desenvolvimento das vacinas se concentra em quatro diferentes tecnologias:

2.1- Vacinas de vírus inativados (ou “mortos”) ou atenuados (“enfraquecidos”): métodos tradicionais, que utilizam o próprio vírus para estimular o corpo a produzir a resposta imunológica.

2.2 - Vacinas de Vetor Viral: utilizam outro vírus, que é geneticamente modificado para produzir proteínas virais no corpo e provocar uma resposta imunológica, sem causar a doença.

2.3 - Vacinas baseadas em proteínas: utilizam uma proteína do vírus ou uma parte dela, ou ainda proteínas que imitam algo da estrutura do vírus como seu revestimento externo, para assim provocar uma resposta imunológica no corpo.

2.4 - Vacinas de RNA e DNA: são vacinas que possuem RNA ou DNA geneticamente modificado do vírus para gerar uma proteína. Esta, ao entrar em contato com o organismo, é capaz de produzir resposta imunológica de forma segura.

3. No Brasil foram autorizados para uso emergencial, lotes das vacinas Coronavac (vírus inativado) e Oxford/Astrazeneca (Vetor viral).

4. O ingrediente farmacêutico ativo (IFA) é fundamental na formulação de um fármaco, porque está nele a substância capaz de produzir o efeito desejado. Nas vacinas, é o IFA que tem a informação que faz com que o organismo comece a preparar suas defesas contra um microrganismo invasor. No caso das vacinas contra a Covid-19, o país já aplica duas substâncias: a CoronaVac, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac e pelo Instituto Butantan, e a Covishield, da farmacêutica anglo-sueca AstraZeneca, com a universidade inglesa de Oxford e a Fiocruz (Fonte: HYPERLINK "https://agenciabrasil.ebc.com.br/radioagencia-nacional/saude/audio/2021-02/brasil-importa-90-do-ifa-para-vacinas-e-remedios-da-china-e-india"https://agenciabrasil.ebc.com.br/radioagencia-nacional/saude/audio/2021-02/brasil-importa-90-do-ifa-para-vacinas-e-remedios-da-china-e-india).

5. A Associação Médica Brasileira, por intermédio do Comitê Extraordinário de Monitoramento Covid-19 (CEM COVID_AMB) – Recomenda:
“Aos médicos, reafirmamos que o uso de corticóides e anticoagulantes devem ser reservados exclusivamente para pacientes hospitalizados e que precisem de oxigênio suplementar, não devendo ser prescritos na COVID leve, conforme diversas diretrizes científicas nacionais e internacionais. Aos pacientes com suspeita ou com COVID confirmada, alertamos que não se automediquem, em especial não utilizem corticóides (dexametasona, predinisona e outros); estes fármacos utilizados fora do período correto, especialmente no início dos sintomas, podem piorar a evolução da doença. Procure atendimento médico em uma Unidade Básica de Saúde dando preferência, se possível, à telemedicina, se apresentar sintomas leves, como dor de garganta, tosse, dor no corpo, náuseas, perda de apetite, perda do olfato ou paladar. Porém, se apresentar manifestações clínicas que podem representar Covid grave, destacando falta de ar, respiração rápida (mais que 30 movimentos respiratórios por minuto), saturação de oxigênio menor que 94% ou febre persistente por três dias ou mais, procure uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) ou Serviço de Emergência.”

6. A CPI da Pandemia – A CPI da Covid investiga ações e omissões do governo Bolsonaro e a destinação de verbas da União para Estados e municípios na pandemia. A CPI foi proposta pela oposição, mas o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, vinha resistindo na ideia de instaurar uma comissão. No entanto, o ministro do STF, Luís Roberto Barroso, atendeu a pedido dos senadores Alessandro Vieira e Jorge Kajuru e determinou, em abril do corrente ano, que o Senado instaurasse a CPI. A CPI pode convocar autoridades para prestar depoimentos. Quebrar sigilo telefônico e bancário de alvos da investigação, indiciar culpados e encaminhar pedido de abertura de inquérito para o Ministério Público. O presidente da CPI é o senador Omar Aziz, o vice-presidente é o senador Randolfe Rodrigues e a relatoria é do senador Ranan Calheiros – a comissão é formada por 11 titulares e sete suplentes: Senadores Titulares: três próximos à oposição, mas que preferem ser chamados de independentes: Renan Calheiros (MDB-AL), Otto Alencar (PSD-BA) e Tasso Jereissati (PSDB-CE); dois oposicionistas: Humberto Costa (PT-PE) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP); dois governistas: Ciro Nogueira (PP-PI) e Jorginho Mello (PL-SC); dois próximos ao governo, mas que preferem ser chamados de independentes: Eduardo Girão (Pode-CE) e Marcos Rogério (DEM-RO); dois independentes: Eduardo Braga (MDB-AM) e Osmar Aziz (PSD-AM). O Relator da CPI já foi chamado de “vagabundo” por outro Senador em Sessão Plenária. O Presidente da República já discursou dizendo que a CPI da Pandemia é composta por sete bandidos. LÁZARO foi o amigo de Jesus que foi ressuscitado. Este Lázaro não é o que levou 38 disparos de armas de fogo, no sertão de Goiás, que morreu e não ressuscitou.

7. A SÍNDROME DE LÁZARO: Para entender a Covid-19, devemos estudar o fenômeno de autorresuscitação, conhecido como ressuscitação cardiopulmonar fracassada, ou seja, é o retorno espontâneo da circulação após tentativas frustradas de reanimação. A sua ocorrência foi observada na literatura médica pelo menos 38 vezes desde 1982, ou uma vez por ano. Também chamado de fenômeno Lázaro, vindo o nome da história bíblica de Lázaro, que foi ressuscitado por Jesus. Ocorrências da síndrome são raras e as causas não são bem compreendidas. Uma teoria para o fenômeno é o acumular da pressão no peito, como resultado da ressuscitação cardiopulmonar. O relaxamento da pressão após ter terminado os esforços de reanimação permitem que o coração se expanda, gerando impulsos elétricos do coração e reiniciando o batimento cardíaco. Outros fatores possíveis são hipercaliemia ou altas doses de adrenalina. A validação do conhecimento se mostra fundamental para criar soluções eficazes frente aos novos desafios que se apresentam, e com compromisso ético. Além de uma pandemia sanitária, vivemos também uma crise informacional e a anticiência é uma das facetas desta disputa.
Colaboração: Jonas Manoel Machado - Advogado - OAB/SC 5256 - E-mail: HYPERLINK "mailto:drjonas5256@gmail.com"drjonas5256@gmail.com.

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