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Edição Maio | 2018
Ano - N° 265
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Coluna da FIB
Alimentos sem glúten e sem lactose: um mercado que cresce 50% ao ano

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Paulo de Tarso Guilhon*

Exemplos de pessoas que se descobriram celíacas, ou intolerantes ao glúten e à lactose são cada vez mais comuns entre nós. Para essas pessoas, evitar alimentos com glúten e lactose deu maior qualidade de vida e normalizou problemas de saúde que carregavam há bastante tempo. Os benefícios podem ser computados pela ausência de doenças que antes se manifestavam, sistematicamente, pela maior disposição, pela energia, pela vontade em fazer e pelos efetivos resultados alcançados em termos profissionais que incluem a redução do absenteísmo e o aumento da produtividade empresarial.
O consumo de alimentos isentos de glúten e lactose vem se tornando crescente entre, não só os que se descobrem celíacos, caso do glúten, bem como aos intolerantes a esses componentes e, até mesmo, para quem busca uma alimentação diferenciada. No ritmo de vida atual, as pessoas que podem consumir glúten e lactose acabam consumindo o mesmo tipo de alimento daqueles que não podem, por recomendação médica, ingerir glúten e lactose. Por uma questão prática.
Contudo, há uma preocupação por parte dos consumidores. Trata-se da reduzida oferta de produtos sem glúten e lactose. Preocupação para consumidores, oportunidade para empreendedores. É um mercado que está se tornando uma tendência crescente e irreversível.
A questão da oferta reduzida é ainda mais complexa se imaginarmos que a procura por alimentos sem glúten e sem lactose já não se limita a consumidores com intolerância. Dietas a base de alimentos sem glúten e lactose têm sido absorvidas até mesmo por tolerantes que incorporaram ao senso comum esses produtos como alimentos saudáveis e apropriados para quem deseja ter uma melhor qualidade de vida.
Há que se ter em mente que se trata de uma oportunidade para ampliar a capacidade de oferta da indústria por meio do nicho de mercado que é o de pessoas consumidoras de produtos alimentícios desprovidos de glúten e lactose. É acréscimo, e não, redução. Ou seja, a produção industrial de produtos sem glúten e lactose é mais um canal para se gerar lucro, emprego e renda que se soma à produção dos produtos com glúten e lactose.
É uma questão de visão estratégica. Trata-se de uma tendência e não uma onda. Segundo a Associação de Supermercados de Brasília, “o consumo de produtos sem glúten e sem lactose está em forte alta e alguns fabricantes têm registrado aumento de até 50% em suas linhas. Entre os supermercados, o mix e o espaço destinado a eles vêm sendo ampliados continuamente. O motivo é que, hoje, esses alimentos e bebidas não são consumidos apenas por quem tem intolerância, mas também por pessoas que procuram uma alimentação mais saudável ou que estão de regime”.
O preço superior em 30% a 40% dos produtos com glúten e lactose se, por um lado, é reflexo da falta de uma boa oferta, por outro é um estímulo à produção desse tipo de alimento. Indústrias estrangeiras estão ocupando o espaço deixado pela indústria nacional. O exemplo mais evidente é da italiana Schär, fundada há 35 anos e há cinco no Brasil. Número crescente de consumidores e margem líquida superior a dos produtos tradicionais é outro incentivo para o aumento de ofertantes nacionais.
Massas, biscoitos, pães, leite, achocolatados, brownies, snacks, queijos, iogurtes, doces e salgados em geral. Enfim há inúmeros exemplos de produtos sem glúten e sem lactose cuja fabricação ainda é restrita, incerta e precária. Ou seja, há oportunidade para empreendedores industriais de qualquer porte.
A Mintel, empresa de consultoria que estuda o mercado de alimentação, no estudo BRASIL 17 – Tendências de Consumo 2017 – informa que 30% dos adultos brasileiros gostariam de ver disponível uma maior gama de produtos saudáveis, não apenas ‘light’ ou ‘orgânicos’, mas também ‘sem glúten’, ‘sem lactose’, com colágeno. “Em 2017, nós veremos essa tendência se tornar mais relevante e crescer em outros setores como beleza, higiene pessoal e produtos de limpeza”, diz o estudo. De acordo com o que tenho percebido pela mídia e nos contatos com setores específicos, não somente nos supermercados, tudo leva a crer que a previsão da Mintel para o ano passado ocorreu.
(*) Doutor em Engenharia de Produção – pguilhon@hotmail.com

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