São José, Santa Catarina, Brasil
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Edição Novembro | 2017
Ano - N° 259
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PONTES DE FLORIANÓPOLIS SEM MANUTENÇÃO E SEM SOLUÇÃO
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O Brasil é useiro e vezeiro em não dar manutenção aos seus equipamentos públicos. As pontes brasileiras estão próximas de enormes tragédias. Foram, em sua maioria, concebidas na década de 1970, no governo militar, e contam, em média, com 40 anos de existência física. A maioria das pontes está sucateada, fruto da omissão das autoridades públicas que não se importam com suas manutenções, contribuindo assim para o sucateamento e a depreciação que caminham em ritmo acelerado.

PONTE HERCÍLIO LUZ
Em 1926 foi inaugurada uma das maiores pontes pênseis do mundo – a Hercílio Luz. Levou quatro anos para ser construída, tem 819 metros de extensão. Foi concebida para suportar uma ferrovia que nunca aconteceu. Seu piso inicial era de madeira, depois, com a chegada do automóvel, recebeu piso de asfalto. Em 1982 foram detectados problemas na sua estrutura e a ponte foi fechada; medida que continua até hoje (novembro de 2017). Ninguém entende porque tanto tempo para a sua restauração e reabertura. Já foram gastos recursos que dariam para construir mais duas pontes de travessia ilha-continente. Mesmo recuperada, a Ponte Hercílio Luz passará a ser um museu, sem nenhuma utilidade para desafogar o trânsito caótico de Florianópolis e Região.

PONTES COLOMBO SALLES E PEDRO IVO DE CAMPOS
Os moradores da Grande Florianópolis têm que estar atentos ao que se passa com as duas pontes, a Colombo Salles e a Pedro Ivo Campos.

Devido a um impasse na licitação, as obras de manutenção das pontes Pedro Ivo Campos e Colombo Salles ainda não começaram, e nem existe previsão para o início dos reparos que se fazem necessários.
A recente decisão do Tribunal de Contas do Estado, que determinou a suspensão do edital para contratação da empresa responsável pela supervisão das obras de recuperação das pontes Colombo Salles (1975) e Pedro Ivo (1990), é só mais um capítulo da interminável de uma novela que merece ser encaminhada à Rede Globo para ser divulgada no “Globo Repórter”, já que até mesmo decisões judiciais são desconsideradas sob os mais variados argumentos. O fato é que as duas ligações entre a Ilha e o continente se deterioram a olhos vistos sem que a efetiva manutenção seja levada a efeito. A situação se mostra preocupante, porém somente o Governo do Estado não enxerga a corrosão existente nas estruturas físicas de ambas as pontes.

Para qualquer leigo algo de estranho está acontecendo diante dessa flagrante oxidação. Há buracos na estrutura de ferro.
A ponte Colombo Salles, quatro pistas, sentido Continente, foi inaugurada em 1975, possui 1.227 metros, 42 anos de uso. A Pedro Ivo, com suas quatro pistas sentido ILHA, é uma ponte com estrutura de ferro e concreto com aproximadamente 1.200 metros de extensão. Foi concluída em fins de 1990, portanto, está com 27 anos de uso.

Para qualquer lado que o usuário olhar vai se deparar com ferrugem acentuada. Se nada for feito em breve as pontes poderão estar comprometidas e os usuários poderão fazer parte da maior tragédia anunciada no Estado de Santa Catarina. A tragédia da Chapecoense se deu por falta de combustível no avião e a tragédia anunciada das nossas pontes está na negligência e omissão das nossas autoridades públicas. As companhias seguradoras deveriam se preocupar com esse risco que correm os segurados de veículos automotores, porque o desabamento de uma das pontes causaria prejuízos inimagináveis.
Basta caminhar sob as referidas pontes para se ter a visão ou a impressão de que tudo está enferrujado, que não há manutenção adequada há anos. Cabe ao MPSC, TCE-SC, Defesa Civil, MPF, TCU, Poder Judiciário e os demais órgãos de controle da administração pública, tomar as medidas cabíveis e urgentes, inclusive exigir o cumprimento das decisões judiciais que determinaram a recuperação desses equipamentos públicos que estão sendo usados, porque a população indefesa não tem outro meio de circulação ou de travessia Ilha-continente. Até os usuários do transporte aéreo quando chegam a Florianópolis passam a ser usuários das referidas pontes.
Pergunta-se: um servidor público que mora no continente pode se recursar em transitar sobre as pontes para ir trabalhar em Florianópolis?
Colaboração: Jonas Manoel Machado – Advogado – OAB/SC 5256 – drjonas5256@gmail.com

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