São José, Santa Catarina, Brasil
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Edição Janeiro | 2016
Ano - N° 236
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Por que será que no Brasil a gente tem que provar primeiro que é um bom cidadão para depois ser inocentado, em lugar de ser considerado um bom cidadão para depois ser culpado se cometer algum deslize? Por que será que um empresário tem que se submeter às regras do absurdo para continuar a trabalhar? Por que será que se criam tantos impedimentos, tanta burocracia para quem só quer trabalhar em paz, gerando emprego e renda para as pessoas? Por que será que somos tão submissos ao que está errado? Por que será que o Governo é tão grande? Por que será que não percebemos que quanto maior for o Governo, menor é o cidadão e maior a corrupção? Por que será que as coisas não mudam para melhor no Brasil?
Maioria em todo o mundo, as micro e pequenas empresas empregam o maior contingente de trabalhadores e contribuem decisivamente para o desenvolvimento local. Contudo, amargam vários problemas que limitam a expansão sustentável. Um desses problemas chama-se burocracia.
Em Paulo Lopes, a empresária francesa Elisabeth Schober faz queijos com a experiência e rigor sanitário de quem exerceu essa atividade na França durante 30 anos. Alimenta toda uma cadeia produtiva no pequeno município de sete mil habitantes. Cobra dos produtores de leite um produto de qualidade e paga muito bem pela exigência.
A empresa de Elisabeth, Queijo com Sotaque, tem uma boa estrutura e o expertise de fazer bem 18 tipos de queijo franceses disputados por uma clientela de todo o Brasil. Para os que compram o produto nos diversos pontos da Grande Florianópolis e levam para seus estados não há problema algum.
Ocorre que, para vender para outros estados, Elisabeth tem que ter a autorização estadual. Para tanto, depende da fiscalização da CIDASC, que não possui funcionários suficientes para efetuar a fiscalização, o que obriga Elisabeth a contratar do próprio bolso um veterinário. Porém, as autoridades em Brasília não aceitam que o queijo fabricado em Paulo Lopes seja vendido para outros estados porque a fiscalização é terceirizada.
Ou seja, uma atividade que poderia gerar muito mais riqueza para o município acaba limitada pela burocracia de Brasília, que gerou uma normativa em abril de 2015 (N. 16) baseada em dois estabelecimentos modelo: um em Minas Gerais e outro em Santa Catarina, o Queijo com Sotaque. Contudo, como a fiscalização da fabricação é terceirizada, Elisabeth não consegue a autorização para vender em todo o Brasil.
A potencialização dos negócios da pequena empresa poderia gerar riqueza maior para a pequena Paulo Lopes desde que houvesse um apoio estrutural em Brasília.
Parcerias entre instituições e prefeituras são bem vindas e possíveis. A riqueza de um município se constrói com apoio às iniciativas empreendedoras. Fundamental, aprofundar o relacionamento entre agentes do desenvolvimento e as empresas de menor dimensão para que se possa construir o desenvolvimento dos pequenos negócios de forma sustentável. Há vários exemplos.
Na década de oitenta, Gramado era conhecida por ser um pequeno polo calçadista. Pedro Bertolucci, ex-prefeito, nos seus dois primeiros mandatos, projetou o que é hoje: referência no turismo, recebe cinco milhões de turistas por ano. Quase 150 vezes mais que sua população, hoje de 34 mil habitantes.
Quando será que vamos despertar e varrer do nosso mapa os atrasos em forma de burocracia, corrupção e submissão? Acorda Brasil!

(*) Doutor em Engenharia de Produção – pguilhon@hotmail.com

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