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Edição Dezembro | 2015
Ano XXI - N° 235
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Como será 2016?

Ao findar 2015, a preocupação é como será o ano que vem. Política e economia são irmãs siamesas. Para deixar fluir a economia, tem que cortar o lado político que faz mal ao país. Enquanto o Brasil for comandado por um bando de gente que só pensa no seu próprio bem, enquanto andarmos sob o cabresto político de corruptos safados, o Brasil vai patinar.
A responsabilidade da situação de penúria que passamos não pode ser creditada somente aos maus políticos, gente que usa o dinheiro do povo em benefício próprio, gente que nos rouba e não está nem aí para nós. A responsabilidade maior pelo que acontece hoje no Brasil é nossa, de nós que somos povo e escolhemos nossos representantes sem cuidado.
Tudo indica que 2016 será um ano duro, com economia despencando ladeira abaixo, demissões e a incerteza do cenário político que machuca a economia, segura investimentos e faz ruir a confiança do empresário e das famílias.
Vai levar alguns anos até o Brasil se recuperar do estrago causado por 13 anos de governo populista. O pior é pensar que não há esperança política no horizonte. O povo já se convenceu de que uma quadrilha composta por maus políticos de vários partidos e empresários inescrupulosos se apossaram dos sonhos e da esperança do povo brasileiro. A justiça também.
Se todos que participaram da bandalheira forem presos e punidos, exemplarmente, restará o sentimento de que o Brasil está mudando, de que podemos ter esperança, desde que, seja quem for o governante do Brasil, projete o que seremos no longo prazo. Sim, porque no curto prazo, não há santo que dê jeito. Vamos ter que penar um bom bocado até sair do buraco em que o Governo populista nos meteu.
Como ressaltado na Carta do Conselho de Economia da FIESC, o Brasil não deve ser olhado com visão de curto prazo, mas como um país que, ao perscrutar o passado, percebe as razões do presente estágio da economia para projetar novos cenários para o longo prazo.
O país escorrega em seus próprios erros. Falar da infraestrutura acanhada, vencida, seja em Santa Catarina, ou em qualquer outra parte do Brasil, é lugar comum. Incomum é perceber uma orientação para queimar as etapas que ficaram para trás e são responsáveis pelo nosso atraso.
Temos sido prejudicados pela falta de uma melhor orientação modal que privilegie as ferrovias e hidrovias para o escoamento mais eficiente e barato de nossas riquezas. Os planos de mudança no transporte de nossa produção não saem do papel.
É imprescindível mirar na infraestrutura. Muito mais do que abrir buracos e tapá-los, é fundamental reconstruir caminhos para o presente e assegurar o futuro sustentável. Não se faz isso sem efetuar as concessões necessárias.
O Governo mostra-se incompetente, desarticulado e insensível ao caos de nossas estradas. O Brasil precisa desatar os nós da incompetência e fazer circular a riqueza de modo mais barato e eficaz.
Mas, não é só infraestrutura precária o nosso problema. Há muitas mazelas. Por isso o país precisa passar por uma série de reformas.
A primeira das reformas necessárias é de ordem cultural. O Brasil necessita de congressistas com espírito público. Políticos que percebam que o país e o destino dos brasileiros são muito mais importantes que disputas político-partidárias. Nosso futuro se sobrepõe à ganância dos corruptos.
O desenvolvimento econômico sustentável depende da produtividade e da inovação que, por sua vez, dependem de trabalhadores qualificados para os desafios inerentes ao mundo digital em que vivemos. O Brasil oferece educação pública para todos, mas se ressente de uma educação de qualidade para todos.
É preciso ter claro em mente que não se avança em direção às reformas estruturais sem que haja sensibilização popular. É que o político pressionado faz o que o povo quer.
Só uma redução no tamanho do Estado pode se contrapor a uma taxa de juros alta. Só a consciência de que o Estado tem que ser menor pode inibir juros altos. Diminuir o Estado é um ato político que vai contra a ideologia dominante. Mas, é a contraposição à política de juros altos.
A recuperação fiscal deve obedecer ao controle dos gastos do Governo e ao aumento da arrecadação, que só se dará pelo estímulo à iniciativa empresarial. O Governo tem que garantir à iniciativa privada o papel que é dela e devolver à sociedade os serviços públicos essenciais, obrigação que é sua.
Ser empresário no Brasil é um ato de coragem. Coragem para vencer os obstáculos do mercado, mas principalmente, coragem para conviver em um ambiente de negócios que, a todo o momento, pode ser mudado, ao sabor dos interesses do Governo que, em lugar de cumprir seu papel, teima em conquistar fatias cada vez maiores do suor de nossas empresas as verdadeiras construtoras do desenvolvimento do país.
As reformas estruturais são imprescindíveis para desatar as amarras do atraso brasileiro. Fundamental que aconteçam. Do contrário, ao findar 2016, estaremos falando das mesmas insuficiências de agora, potencializadas pelo tempo decorrido sem mudança efetiva.
A crise não é maior do que nosso desejo de progredir.
Desejo a todos um natal venturoso e um ano novo auspicioso.
(*) Doutor em Engenharia de Produção – pguilhon@hotmail.com

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