Comunidade da Colônia Santana sofre com problemas de infraestrutura Moradores dizem conviver há anos com as mesmas situações ruas em condições precárias e pontes improvisadas com pedaços de madeira. É nessa situação que alguns moradores do bairro Colônia Santana estão vivendo. Em períodos de chuva algumas ruas não pavimentadas ficam sem a menor condição de tráfego. Acidentes já aconteceram nas pontes e a comunidade reclama do descaso do poder público.
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Ruas em mau estado
Após receber a denúncia de um dos moradores, nossa reportagem foi até o local para ouvir a comunidade e viu de perto o problema. A revolta das pessoas é grande. Em ruas como a Adelino Joaquim dos Santos, popularmente conhecida como “Rua do Cemitério”, e a João Adelino Ventura, o problema é o mesmo, as más condições das estradas. As ruas, de barro e esburacadas, são um incômodo para quem trafega com veículos, a pé, e principalmente, para quem mora por ali. Quando o tempo está seco, o problema é “apenas” a poeira, mas quando chove tudo fica ainda pior. A lama dificulta demais o deslocamento dos moradores, como por exemplo, o casal de idosos Dona Doraci (67 anos) e Seu Paulo (72), que vivem na Rua João Adelino Ventura: “Quando chove isso aqui fica horrível! Os carros não conseguem passar, atola tudo, além de vários acidentes que acontecem. Uma vez eu fui operada e na hora de ir pra casa nosso carro não conseguia passar, de tão ruim que estava a estrada. O meu marido foi reclamar para um vereador pra ver se ele podia fazer alguma coisa pra nos ajudar e sabe o que ele me disse? Disse pra eu ficar dentro de casa e não sair. Não sair, como? Se eu fui operada, tinha consulta médica. Isso não é resposta que se dê pra gente”. Dona Doraci também se queixou do Poder Executivo: “Já reclamamos para a Prefeitura um monte de vezes e é sempre a mesma coisa, eles fazem de conta que não ouvem. Se dependesse deles a gente ficava isolado aqui”.
Em outra rua a lama que escorre desce barranco abaixo e invade alguns terrenos que estão em nível inferior ao da estrada. No mesmo barranco, árvores e postes também correm risco de cair. Outro morador da região, Rogério da Silva, também se queixou do descaso: “Fomos até a Secretaria de Infraestrutura para reclamar dos problemas várias vezes, mas eles nunca fazem nada pela gente. Em uma dessas conversas, nos disseram que os impostos que o pessoal daqui pagam não compram uma caçamba de material. Isso é um absurdo! uma total falta de respeito com gente”.
A situação das pontes
A situação de duas pontes também preocupa a comunidade. Numa delas há uma placa informando sobre a obra de uma ponte de concreto armado que já deveria estar pronta (o prazo para a entrega das obras é de 120 dias e a data de início é de 17/09/2014). Porém a ponte está inacabada e os carros trafegam sobre pedaços de madeira quebrados. Em outra ponte, localizada na Rua João Adelino Ventura, a situação é semelhante. Segundo os moradores já ocorreram vários acidentes com veículos que tentam passar pelo local. Os moradores afirmam que eles mesmos improvisam com mais pedaços de madeira para que o tráfego seja possível.
A resposta da Prefeitura
Nossa reportagem entrou em contato com o secretário de Infraestrutura e vice-prefeito, José Natal Pereira. Sobre a situação das ruas ele explicou: “Isso não é verdade! Vamos esclarecer. A estrada geral da Colônia Santana, por exemplo, que liga a Colônia Santana a Santo Amaro e a São Pedro de Alcântara não está em péssimo estado. Se está trafegando nela normalmente. Eu a arrumei na semana passada, antes da chuva, mas lamentavelmente logo depois choveu muito durante vários dias. Os problemas estão ocorrendo em algumas saídas para outras propriedades, e nós não conseguimos resolver porque o tempo chuvoso não estava permitindo”. Natal também afirmou que a Secretaria de Infraestrutura está trabalhando para melhorar a situação, c0m um projeto cujo investimento no bairro Colônia Santana era de R$ 6 milhões. Porém informou: “Este é um financiamento que o Município fez junto à Caixa Econômica Federal, mas ocorreram alguns problemas de readequação no projeto, porque é obrigado existir passeios de, no mínimo, 1,5 metro nas vias públicas, e em 90% daquelas servidões da Colônia Santana, que são as que mais incomodam, não havia espaço pra fazer passeio. Se o fizéssemos, a rua ficaria com menos de três metros. A Caixa Econômica suprimiu e nós tivemos que readequar o projeto. Tivemos que tirar (do projeto) essas que são as que mais incomodam, em terrenos muito íngremes, e vamos calçar aquelas que são planas”. Natal afirmou que a Rua Adelino Joaquim dos Santos será pavimentada com lajotas desde a subida do morro até após o cemitério, em até 150 metros, assim como outros trechos também. Já para a Rua João Adelino Ventura, Natal disse que não há previsão de pavimentação.
Quanto à ponte da Rua Cecília Pial, o secretário informou que a colocação das vigas e do assoalho será feita até o dia 20. Já a ponte da Rua João Adelino Ventura será refeita nos próximos dias. Natal acrescentou que no projeto de obras no bairro também está inclusa a construção de diversos muros de contenção.
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