São José, Santa Catarina, Brasil
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Edição Março | 2014
Ano XX - N° 214
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Brasil: paradoxos e contradições – para ler e pensar!
Fica difícil tentar explicar o inexplicável, senão vejamos:
1. O desarmamento da população brasileira pode ser considerado um avanço ou um retrocesso. Para a maioria da população de bem, se fosse feito o desarmamento dos bandidos, e não, da população, seria um avanço; se for o desarmamento do cidadão, com toda essa bandidagem que anda por aí, falar em retrocesso é dizer muito pouco. Para a opinião pública em geral, deve ser considerado um retrocesso, tendo em vista que a Segurança Pública não atende às necessidades da população, principalmente, a mais sujeita a riscos constantes (áreas periféricas, longínquas, morros, favelas, rurais...). O cidadão de bem tem que disponibilizar meios à sua própria defesa, do seu patrimônio, dos seus familiares. Registre-se que o governo fez um plebiscito a esse respeito, e ignorou olimpicamente a vontade da maioria expressada nas urnas. A lei do desarmamento em seu artigo sétimo, assim dispõe: “A autorização para portar arma de fogo terá eficácia temporal limitada, nos termos de atos regulamentares e dependerá de o requerente comprovar idoneidade, comportamento social produtivo, efetiva necessidade, capacidade técnica e aptidão psicológica para o manuseio de arma de fogo.” Se tais exigências fossem estabelecidas para os bandidos, certamente os assassinados não teriam uma estatística tão alarmante. O paradoxo continua.

2. Educação e Qualidade de Vida: Visão esquerdista versus visão capitalista. Para os esquerdistas brasileiros, o Brasil melhorou em quantidade e tropeçou em qualidade. O IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) de 5.565 municípios brasileiros, divulgado pelo IPEA, subiu 47,5% nos últimos 20 anos. Em 1991, o índice de municípios com IDH “muito baixo” era de 85,8%. Hoje, seria de apenas 0,6%. Segundo Frei Beto, em 1991, “nenhum município mereceu a classificação de “muito alto”. Em 2000, apenas São Caetano do Sul, no ABC paulista. Agora, 44 municípios brasileiros têm IDH “muito alto”, entre os quais Belo Horizonte, que ocupa a 20ª posição.” O governo costuma afirmar que o País melhorou na longevidade, no crescimento da renda da população e na Educação. Segundo o IBGE, em 20 anos, a vida média do brasileiro passou de 64,7 anos para 73,9. Será verdade que a renda cresceu 14,2%? E houve um ganho de R$ 346,31? Frei Beto, ainda afirma, “Mas é bom não esquecer que, se há dez galinhas e dez pessoas, não significa que há uma galinha para cada pessoa. Uma delas pode ser dona de 9. Nossa distribuição de renda ainda é das piores do mundo. Basta lembrar que o Brasil é a quarta maior fortuna em paraísos fiscais! Bilionários brasileiros vivem se queixando dos impostos. Da boca para fora. Pesquisa aponta o Brasil como a quarta fortuna mundial em paraísos fiscais: US$ 520 bilhões (mais de R$ 1 trilhão ou quase 1/3 do PIB brasileiro, que foi de R$ 3,6 trilhões em 2010). Tudo dinheiro sonegado.” Torna-se difícil de explicar que a Educação é o grande entrave da qualidade Brasil. Por que o governo não adota a política educacional dos países desenvolvidos, em vez de ficar criticando a política por ele adotada ou implementada, de cotas, de Prouni e de outras benesses vergonhosas? Não concordo que menos da metade de nossos jovens de 18 a 20 anos termina o Ensino Médio, ou seja, 41% dos alunos. Ainda segundo Frei Beto, “Há 20 anos, apenas 13% dos alunos não se diplomavam no ensino médio. Nisso o Brasil anda a passo de caranguejo, para trás. Se 59% dos jovens não possuem ensino médio completo, fica difícil para o nosso País suprir seu atual déficit de profissionais qualificados, como médicos e engenheiros.” Discordo quando alguém afirma que “O Brasil avançou na universalização do acesso à Educação, tendo em vista que, torna-se necessário resgatar a qualidade de nossas escolas públicas, hoje sucateadas por esse governo incompetente, corrupto e perdulário. Na visão petista, “O Distrito Federal possui o melhor IDH entre as unidades de nossa federação. Minas ocupa o 9º lugar. Entre as capitais, Belo Horizonte fica em 5º lugar, atrás de Florianópolis, Vitória, Brasília e Curitiba. Alagoas e sua capital, Maceió, amargam o mais baixo IDH brasileiro.” Voltando ao Frei Beto, ele costuma afirmar que “Convém salientar que 99% dos municípios com IDH em Educação “alto” ou “muito alto” ficaram abaixo das notas consideradas satisfatórias em Língua Portuguesa e Matemática na Prova Brasil de 2011.” Todavia, não posso concordar com algumas afirmações absurdas, quando dizem que os problemas de nosso Ensino Médio são a falta de qualidade (sem tempo integral, informática, laboratórios, e com professores mal remunerados e sem formação contínua) e o abismo entre o que se ensina e a realidade em que vivem os nossos jovens (falta de pedagogia e adequação às novas tecnologias). Por que o governo não implanta um sistema de Ensino de qualidade, pois tem todas as ferramentas e equipamentos, inclusive recursos financeiros para levar adiante esse projeto de salvação nacional. O Brasil não pode continuar sendo classificado pelo Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos) na 53ª posição entre 65 países, atrás do México, Uruguai e Chile. O governo deveria criar vergonha na cara, quando afirma que são raros os alunos de nossas universidades que conseguem escrever uma simples carta sem graves erros de concordância. Em minha opinião não falta à maioria o hábito de frequentar a boa literatura, porque o analfabeto funcional normalmente vive pensando em futebol, carnaval e cerveja. É preciso ouvir a voz da razão. Não adianta ouvir as vozes das ruas quando não se tem nada para dizer em contrapartida. Na visão capitalista, a relação Educação e Trabalho, prega que a “escola deve ser vista como formadora de mão de obra para o mercado de trabalho e como possibilidade de ascensão social, o que é reforçado pela visão produtivista de Educação, para a qual esta instituição é tida como um modo privilegiado de melhoria do “capital humano” (FRIGOTTO, 1994), reforçando a lógica de expropriação do capitalismo. A pessoa que tem maior escolaridade poderá obter um emprego melhor e ter uma renda mensal maior, podendo dessa forma, melhorar a sua condição econômica. Esse discurso tem sido comum entre pais, professores e na mídia, incentivando os alunos a estudar cada vez mais, visando uma vida melhor do ponto de vista financeiro.

3. Alguns paradoxos para o consumo interno: 3.1. Por que uma rede de supermercado de São José-SC faz uma campanha de recolher “centavos” apenas para uma entidade pertencente a Igreja Católica Apostólica Romana, quando deveria recolher esses recursos financeiros de seus fregueses incautos e distribuir entre todas as entidades beneficentes do município? 3.2. Por que o PSDB de São José não costuma convocar seus filiados para participarem das reuniões partidárias, em vez de continuar se reunindo secretamente, como se um grupelho fosse dono dessa agremiação partidária que pretende disputar a Presidência da República? 3.3. Por que um governo eleito pela população catarinense que disse não à política implementada pelo governo federal, agora fala em aliança com o partido dos trabalhadores para enfrentar a reeleição, ignorando que foi eleito com os votos de eleitores de oposição? Está na hora dos caciques políticos criarem vergonha na cara e respeitar a vontade dos eleitores que o elegeram. 3.4. Por que não se fala mais nos problemas do trânsito da Grande Florianópolis, tudo foi resolvido? Por que os índios do Morro dos Cavalos são mais importantes do que o túnel que iria passar sob suas casas? 3.5. Por que a alça de contorno da BR-101 não é iniciada, para acabar com o tráfego pesado em São José-SC? 3.6. Por que os presos em regime fechado continuam organizados e a polícia não? 3.7. Por que os ministros do STF indicados pelo governo atual estão fazendo a defesa dos “mensaleiros”, mesmo sem procuração dos beneficiários? 3.8. Por que os políticos catarinenses nada reivindicam para o Estado de Santa Catarina? Por que as mulheres que têm filhos indesejados querem que os prefeitos cuidem de seus rebentos, criando creches inoperantes?

Colaboração: Jonas Manoel Machado – Advogado – OAB/SC 5256 – E-mail: drjonas5256@gmail.com

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