São José, Santa Catarina, Brasil
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Edição Outubro | 2012
Ano XVIII - N° 197
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Contraponto
O Jornal “Oi São José” sempre primou pela excelência das informações e pelo respeito a todas as manifestações de seus leitores e entrevistados. Por essa razão, o Jornal tem acompanhado e publicado matérias a respeito da perturbação do sossego no bairro Kobrasol, que tem tirado o sono de muitos moradores. Mas, nesse mês de outubro, o “Oi São José” recebeu a carta de uma leitora fazendo um contraponto interessante sobre o assunto. Portanto, respeitando a pluralidade de ideias e pensamentos, o Jornal resolveu publicar, na íntegra, a carta da leitora Luiza Pelegrini, artista plástica, matemática e futura turismóloga (formanda 2013). Confira a carta a seguir.

“Senhores!

Em primeiro lugar, gostaria de parabenizar a equipe do jornal pela qualidade deste, em todos os seus aspectos. Vejo que há uma variedade imensa de reportagens e todas elas são de extremo interesse das pessoas a que se destina este poderoso instrumento de formação de opinião pública. Porém, fico bastante triste e avexada com o conteúdo de algumas delas, que não estão sujeitas à vontade dos editores de tal jornal, mas sim, pela preocupação dos cidadãos da comunidade. E um desses assuntos, que vem chamando a minha atenção, seria o tal “sossego” perdido aludido pelos moradores e ventilado com frequência nas reuniões da Associação de Moradores do Kobrasol (reportagem de 26.09.2012, página 13).
E quanto a isso faço ponderações:

1 – O progresso e desenvolvimento são inexoráveis, não tem jeito, todos somos sujeitos a eles e nada pode barrá-los. E, com este, vem o barulho. Porque a cada dia nasce mais gente, estamos superpopulosos e todos temos as nossas necessidades, também de lazer;
2 – Os bairros Kobrasol e Campinas já foram apenas o “dormitório” de Florianópolis e parece que as pessoas querem colocá-lo de volta a essa condição, tudo quietinho, somente gente dormindo. E qual será a oportunidade de arrecadação daqui deste jeito? E o futuro dos nossos filhos, como fica? Como ficam as opções de trabalho para nossos filhos/netos deste jeito?
3 - O barulho tem que ser medido em decibéis, tem um limite deles e parece que é bem amplo, bem mais que o silêncio que as pessoas estão querendo por aqui;
4 – Tive esta experiência: enquanto havia uma casa noturna ao meu redor, o que acontecia na madrugada era alguns “bebuns” alegres demais. Hoje, depois que a tal casa fechou, o que ocorre na mesma madrugada (agora silenciosa) são roubos, assaltos, abusos, tráfico, no mesmo local outrora ocupado por gente feliz e barulhenta...
5 – É o fim da picada os moradores abaixo assinarem o fechamento das casas noturnas devido ao barulho! Os empresários não são responsáveis pelo barulho dos seus clientes fora dos seus limites, como bem insinuou a Sra. secretária Ane Warmling naquela reportagem. Se ouvir brigas, chame a polícia! Se ela não atender de acordo, faça um abaixo-assinado, sim, pela segurança, né?!? Temos de escolar o
barulhento noturno e não fechar as casas noturnas, que é isso? Vamos punir o
culpado, e não, o inocente trabalhador!
6 – Nas madrugadas do nosso bairro tem coisas acontecendo muito mais graves que alguns barulhinhos e briguinhas... Vamos acordar, gente! Estamos dormindo de noite e de dia!
7 – Florianópolis é uma das capitais mais caras deste País e com a renda per capita bem baixa, até mais baixa do que algumas cidades nordestinas... E parece que o povo quer que tenha menos renda ainda, menos emprego, menos futuro em favor do sossego noturno... Que é isso, meu povo? Não é por aí!
8 – Para dormir sossegado num centro urbano movimentado tem as dicas: tampão de ouvido, forração de paredes com antirruído, pintar paredes com tinta anti ruído e/ou mudar-se para o meio do mato...! Mas não acabar com o progresso, com as empresas noturnas e deixar tudo à mercê de bandidos e traficantes, né?!? Esta é uma realidade que os defensores do “sossego” não viram ainda, suponho! Porque o que costuma atuar no “silêncio” das madrugadas, não é nada bom por aqui, muito pior que “bebuns” e pessoal barulhento, viu? Ora, acorda, meu povo!
9 – O nosso turismo também é muito vazio, ficamos deslumbrados e convencidos da nossa importância com a visita dos pobretões dos países limítrofes... Enquanto o nordeste se esbalda recebendo turismo requintado, de todos os países do mundo... Bom pensar o porquê isso é assim por aqui! Você acha que vou passar férias num local onde não tem vida noturna? Que é isso, meu povo, vamos acordar!!! Turismo é divisa e renda e, num local como o nosso, onde não há fábricas de quase nada, isso seria a salvação da nossa economia fraca! Vamos cair na realidade! Pense nisto!
10 – O seu direito ao sossego noturno está diretamente ligado ao seu direito de segurança, e não, ao fechamento de nenhuma casa noturna. Portanto, caia sobre este tema – segurança! Esta seria a bandeira mais justa, possível e construtiva – e inteligente – de que perturbar o ganha-pão do povo noturno e tentar barrar o progresso, coisa impossível! Barulho e progresso são primos... E silencio desértico é irmão gêmeo de assaltos, roubos, tráfico, drogas, etc. Pense nisto!
Att. Luiza S. Pelegrini - - artista plástica, matemática e futura turismóloga (formanda 2013).”

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