São José, Santa Catarina, Brasil
11 de maio de 2024 | 03:00
Edição Setembro | 2012
Ano XVIII - N° 196
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Estamos vivendo um impasse
Nos livros de autoajuda, nos blogs e nos mais variados comentários disponíveis no mundo globalizado da Internet, percebe-se que temos que aprender a viver do modo como os orientais dizem ser o mais correto: no momento presente. Vive-se o caos coletivo, seja por razões ambientais ou sociais. A maioria pensa ou concorda que estamos vivendo a síndrome do futuro incerto. Parece cada vez mais difícil planejar qualquer coisa. Até mesmo o clima se tornou imprevisível: faz frio no verão, chove forte no inverno e os veículos automotores se multiplicam feito ervas daninha. Sem falar do ritmo acelerado dos acontecimentos: quando pensamos estar vivendo o início de qualquer evento, já há indícios de uma nova transformação. Para não se entrar em crise existencial permanente, temos que aprender a fazer planejamentos mais flexíveis e a encontrar soluções mais imediatas. Não se trata de desistir de nossos sonhos e projetos, mas sim, de buscar estratégias realistas que se adaptem melhor à dinâmica da imprevisibilidade tão marcante a cada dia. As filosofias orientais nos ensinam a viver no presente e não apenas em função dele. Reconhecer esta diferença é crucial!
Para quem já viveu mais de sessenta anos no anonimato, que agora está vendo o mundo sendo desconstruído, sente-se um ser qualquer, como se fosse filtrado de novo. O episódio de onze de setembro de dois mil e um teve consequências, a exemplo dos votos dados aos eternos e famigerados “mensaleiros”, que agora estão enrolados com o STF, embora continuem se multiplicando a cada dois anos, porque o povo brasileiro insiste em continuar votando nesses supostos líderes políticos. As promessas de campanhas eleitorais representam o impasse instalado no Brasil, porque a sociedade civil organizada, mesmo com a entrada em vigor da “LEI DA FICHA LIMPA”, está sendo desconstruída gradativamente, a ponto de levar o ator Carlos Vereza a afirmar com ênfase de alma a um apresentador de programa de televisão: “daqui há trinta anos, quando não existir mais petróleo e água, nós dois estaremos nos matando para ter um copo de água”.
A desconstrução não começou com a queda do muro de Berlim, porque a tirania e a ditadura continuam exterminando um grande universo de pessoas incautas e supostamente inocentes, ou que fingem viver, outorgando poderes, por intermédio do voto, que tem ou não preço, mas inevitáveis consequências inesperadas, porém previsíveis.
Ainda não se tem uma solução viável para a mobilidade urbana, mas a culpa é do governo, que teve a insanidade de isentar o IPI e dar outros benefícios fiscais sobre a venda de veículos automotores e de outros produtos de consumo. Hoje, os veículos automotores estão ocupando o espaço físico que antes pertencia ao ser humano, que diz ser o único racional, porém se identifica como o mais predador dentre todas as espécies da fauna terrestre.
Nada detém o conhecimento, mas parece que a pior fase da vida sobre o Planeta Terra já começou de Norte a Sul e de Leste a Oeste. Fazer greve no serviço público de vez em quando, amparado exclusivamente na estabilidade de ocupante de cargo público de provimento efetivo, que nada representa ou ensina, pois este movimento grevista jamais defendeu a meritocracia dentre os desiguais. Não se pode eliminar os talentos individuais, em defesa de uma isonomia remuneratória para todos os medíocres do serviço público. As cláusulas pétreas não foram aprovadas para garantia de sobrevivência dos direitos individuais e coletivos essenciais a uma sociedade politicamente organizada, haja vista que a evolução humana vem quebrando dogmas antes intocáveis. Até Neimar deixou de ser unanimidade nacional, diante de sua limitação individual. A alternância no poder seria a opção que se tem para escolher os líderes menos nocivos. Não vamos continuar no mesmo erro, quando já temos a resposta certa.
Napoleão queria conquistar o mundo e perdeu para o clima frio da Rússia. Hitler fez o que fez porque foi idolatrado, mas sucumbiu perante os aliados, que foram forçados a defender seus feudos. A primavera árabe está varrendo do cenário político a tirania de uma minoria privilegiada e acastelada no poder.
Cabe questionar a suspensão das sacolas plásticas nos supermercados, partindo do princípio de que a lei entre em vigor e a população vai utilizar o saco de lixo convencional, sabendo-se que o mesmo não é biodegradável e polui o meio ambiente do mesmo modo que as sacolas plásticas se descartado de forma inadequada. Nos terrenos baldios é comum a presença de muitos lixos descartados, tais como: sofás, carcaça de pneus, lixos doméstico, etc. Nas praias e rios é comum o descarte de garrafas PETs, embalagem de bolachas e outros materiais que evidenciam que o problema não são as sacolas, e sim, a falta de informação ou conscientização da população sobre o descarte de qualquer tipo de material de forma inadequada, atestando a necessidade de educação ambiental para a população.
Muitos célebres pensamentos já afirmaram que, “Inacessível às mentes humanas, mesmo às mais sinceras, a verdade muitas vezes aparece traduzida de meia verdade. Meias verdades são quase mentiras que confortam a mente naturalmente ansiosa e desesperada dos buscadores. Nas situações mais diversas da vida, estamos todos trabalhando em busca de grandes verdades, no entanto, há aqueles no mundo que, por uma natureza mais questionadora e mais alinhada com a sinceridade e a honestidade, entendem que há valor no entendimento do mundo e de si mesmo. E esse valor inestimável, incomensurável e intangível é o que leva, de fato, os buscadores, ao encontro da verdade em momentos inesperados.”
Diz-nos um provérbio “repita uma mentira incontáveis vezes e as pessoas irão tomá-la como verdade”. No fim, é sempre a mesma coisa. Os ciclos terminam e reiniciam iguais. A Terra, nossa “temporária morada”, sempre agirá da mesma forma. E, querendo ou não, sempre haverá pessoas ‘donas do mundo’. Dar empregos no serviço público aos cabos eleitorais, transmitir futebol e carnaval na TV aberta para a massa, ainda é a forma mais eficaz de ludibriar. Isso faz distrair o povo do que realmente é a verdade. O pior de tudo isso é continuar votando em falsos líderes políticos. A primavera brasileira pode ser uma realidade, mas tudo depende dos resultados das urnas. Você como cidadão e eleitor continua sendo o protagonista desse impasse.

Colaboração: Jonas Manoel Machado – Advogado (OAB/SC – 5256). E-mail: drjonas5256@gmail.com

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