São José, Santa Catarina, Brasil
12 de maio de 2024 | 09:57
Edição Dezembro | 2011
Ano XVII - N° 187
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O passado e o presente de São José
Segundo os nossos historiadores, que não conviveram em um passado tão distante, o Município de São José foi fundado em meados do século XVIII (1750), por 182 casais portugueses, oriundos do arquipélago dos Açores (gentílico: açorianos), que aqui chegaram com a missão de plantar a semente da colonização portuguesa em uma terra já habitada pelos nativos locais, ou seja, pelos indígenas, conforme pode ser facilmente comprovado pelos estudos arqueológicos levados a efeito.
Os açorianos construíram suas rústicas moradas e um modesto cruzeiro, diante do qual o padre José Antônio da Silveira costumava celebrar suas missas até ser erguida a pequena capela, elevada em 1755, à categoria de igreja paroquial. No local, vê-se hoje a Igreja Matriz, tendo ainda São José como orago.
Os historiadores costumam afirmar o óbvio, quando dizem que, com o aumento do número de habitantes, a povoação prosperou, desenvolvendo-se a lavoura e o comércio, ou seja, as mais primitivas atividades do homem branco, incorporando também as atividades da caça e da pesca, ambas predatórias. As atividades agrícolas constituíram como em toda a Província, fator primordial de sua economia, principalmente as culturas de algodão e linho, para cujo aproveitamento foram montados no “Roçado” (bairro) pequenos e rudimentares teares. Registre-se que a verdadeira indústria têxtil catarinense se desenvolveu no vale do Rio Itajaí (Blumenau, Brusque, etc.), com a ressalva de que naquela região catarinense não se plantou sequer um pé de algodão, cuja matéria-prima foi e continua sendo importada da Região Nordeste do Brasil.
Reconhecendo o Governo a importância que assumia o povoado de São José da Terra Firme, criou a freguesia em 1756. Cabe aqui destacar que, em 1777, Portugal e Espanha ratificaram o Tratado de Santo Ildefonso, que seguiu, em linhas gerais, os limites estabelecidos pelo Tratado de Madri, embora com prejuízo para Portugal no extremo Sul do Brasil. Depois de firmado o tratado de limites entre portugueses e espanhóis no Sul do Brasil, surgiu em São José a notícia da Guerra das Reduções ou das Sete Missões. Os nossos ilustres historiadores costumam afirmar que as forças brasileiras comandadas por Gomes Freire de Andrade, incorporaram-se numerosos catarinenses, principalmente do Desterro (hoje Florianópolis), sendo os claros que deixaram preenchidos por milicianos convocados no povoado josefense.
Figurou São José em vários episódios da nossa história, tais como a Guerra dos Farrapos, a do Paraguai e a Campanha Abolicionista, que vinha sendo agitada de Norte a Sul. Em 1887, um grupo de munícipes fundou o Clube Abolicionista, cuja diretoria se compôs dos senhores Antônio Elesbão Pires, João Carlos de Souza Medeiros, Jalmeno Lopes, Firminio Pereira Bento, João Lourenço de Souza Medeiros e Francisco Pereira. Os escravos – até então vivendo em indisciplina e freqüentes fugas motivadas pelos maus tratos dos senhores – eram atraídos à sede do Clube e recebiam sua carta de alforria. Era o princípio da derrocada escravagista na Província.
Convencionou-se denominar o cidadão domiciliado ou residente em nosso município, gentilicamente de josefense.
Quanto a formação administrativa muitas informações foram registradas nas obras literárias que foram editadas com o passar dos anos. Tudo começou com o surgimento da Freguesia, que foi batizada com a denominação de São José (alguns afirmam ser São José da Terra Firme), por Provisão de 26-10-1751. Posteriormente o território de então foi elevado à categoria de vila com a denominação de São José, pela Resolução do Conselho do Governo de 01-03-1833. Instalado em 04-05-1833. Elevado à condição de cidade, pela Lei Provincial nº 415, de 03-05-1856. Pela Lei Provincial nº 194, de 13-04-1844, é criado o distrito de São Pedro de Alcântara e anexado ao município de São José. Pelo Decreto nº 40, de 10-01-1891, é criado o distrito de Angelina e anexado ao município de São José. Pela Lei Municipal de 16-10-1899, é criado o distrito de Estreito e anexado ao município de São José. Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído de 4 distritos: São José, São Pedro de Alcântara, Angelina e Estreito. Pela Lei Municipal nº 253, de 06-05-1922, é criado o distrito de Garcia desmembrado do distrito de Estreito e anexado ao município de São José. Pelo Decreto Estadual nº 27, de 20-12-1930, o distrito de Estreito passou a denominar-se João Pessoa. Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído de 5 distritos: São José, Angelina, Garcia, João Pessoa e São Pedro de Alcântara. Pelo Decreto-lei Estadual nº 941, de 31-12-1943, adquiria o distrito de Rancho Queimado, do município de Palhoça. Sob o mesmo decreto estadual é extinto o distrito de João Pessoa, sendo seu território anexado ao município de Florianópolis. Em divisão territorial datada de 1-07-1950, o município é constituído de 5 distritos: São José, Angelina, Garcia, Rancho Queimado e São Pedro de Alcântara. Pela Lei Municipal nº 32, de 26-12-1958, é criado o distrito de Barreiros e anexado ao município de São José. Em divisão territorial datada de 1-07-1960, o município é constituído de 6 distritos: São José, Angelina, Barreiros, Garcia, Rancho Queimado e São Pedro de Alcântara. Pela Lei Estadual nº 781, de 07-12-1961, desmembra do município de São José os distritos de Angelina e Garcia. Para formar o novo município de Angelina. Pela Lei Estadual nº 850, de 08-11-1962, desmembra do município de São José o distrito de Rancho Queimado. Elevado à categoria de município. Em divisão territorial datada de 31-12-1963, o município é constituído de 3 distritos: São José, Barreiros e São Pedro de Alcântara. Pela Lei Estadual nº 6.023, de 15-12-1981, é criado o distrito de Campinas e anexado ao município de São José. Em divisão territorial datada de 18-08-1988, o município é constituído de 4 distritos: São José, Barreiros, Campinas e São Pedro de Alcântara. Pela Lei Estadual nº 9.943, de 20-10-1995, desmembra do município de São José o distrito de São Pedro de Alcântara. Elevado à categoria de município. Em divisão territorial datada de 15-07-1997, o município fica constituído de 3 distritos: São José, Barreiros e Campinas. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.
Em resumo, a passado histórico do nosso município retroagiu até o ano de 1.750, quando chegaram à Capitania do Desterro 182 casais açorianos, que mais tarde fundariam São José da Terra Firme, hoje simplesmente "São José", a quarta cidade mais antiga de Santa Catarina (também a quarta maior população, atrás, apenas, de Joinville, Florianópolis e Blumenau). Em 1755, já existia uma pequena capela e um vigário, José Antônio da Silveira. Hoje, no local encontra-se a Igreja Matriz do município. O título de freguesia chegou seis anos após a fundação do povoado, em 1756. Para estudar o potencial dessa freguesia, cujos limites iam até Lages, o vice-rei Luiz de Vasconcelos e Sousa ordenou em 1787 que o Governador da Província na época, José Pereira Pinto, convocasse o alferes Antônio José da Costa. Começava, então, o reconhecimento da terra. Em 1797 já havia uma população de 2.079 pessoas, incluindo os escravos. Foi em 1833 que São José passou de freguesia a vila, evento este recebido com muita festa. Em 4 de maio São José tornou-se, enfim, município. Feliciano Nunes Pires foi nomeado presidente da Província. Além de Desterro e de Santo Amaro da Imperatriz. Registre-se que São José também recebeu a visita imperial de D. Pedro II e Dona Teresa Cristina em 1845.
O maestro José Inácio Acácio Santana, autor da letra e música do HINO DE SÃO JOSÉ (Lei nº 863, de 27 de janeiro de 1973), conseguiu traduzir para a geração presente, o passado de São José, brindando-nos com: “Aqui outrora chegou o imigrante, que além dos mares deixou Portugal, e através do trabalho constante, edificou nossa terra natal. Os sacrifícios dos antepassados foram sementes do fruto eficaz, e os Josefenses, no amor irmanados, aqui trabalham em tempo de paz. Em São José, interior e cidade, conviveram sempre em perfeita união, porque os laços da fraternidade, abraçam todos na integração. O mestre, o aluno e os trabalhadores, industrial, militar e civil, comerciantes e agricultores, se dão as mãos e constroem o Brasil. Estribilho: A sua história é um exemplo de fé. Na inteligência de um povo febril. Pelo trabalho eficaz, São José também ajuda a construir nosso Brasil, nosso Brasil, nosso Brasil.”
Frase para pensar: "A causa que defendemos, não é só nossa, ela é igualmente a causa de todo o Brasil. Uma República Federal baseada em sólidos princípios de justiça e recíprocas conveniências uniria hoje todas as Províncias irmãs, tornando mais forte e respeitada a Nação Brasileira." Bento Gonçalves -
Colaboração: Jonas Manoel Machado – Advogado (Secretário Geral Adjunto da OAB São José) – E-mail: drjonas5256@gmail.com

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