O desenvolvimento sustentável também preocupa os empresários. Conciliar a geração de empregos e de dividendos econômicos com a preservação da fauna, da flora e do Meio Ambiente é um desafio que vem se tornando prioridade para as empresas, que são obrigadas por lei a evitar e compensar o impacto ambiental gerado por suas atividades. A classe empresarial de São José e região também está atenta ao tema e participou da palestra promovida pela Aemflo e CDL-SJ sobre Licenciamento Ambiental.
A palestra foi ministrada pelo engenheiro agrônomo Daniel Antônio Martins e pelo biólogo e bacharel em Direito Sérgio Stähelin, que apresentaram detalhes sobre as leis e processos relacionados a licenciamento ambiental, assim como as penalidades que as empresas podem sofrer em caso de descumprimento da legislação.
Um bom exemplo de como é complexo o desafio das empresas para não impactar negativamente o Meio Ambiente é o do projeto do estaleiro da empresa OSX, que quer se instalar em Biguaçu. O estaleiro está em fase de obtenção das licenças ambientais pela FATMA, órgão licenciador do Estado. Para conseguir todas as autorizações necessárias à sua instalação e operação (Licença Ambiental Prévia, Licença Ambiental de Instalação e Licença Ambiental de Operação), a empresa precisou contratar uma instituição para elaborar um Estudo de Impacto Ambiental e um Relatório de Impactos sobre o Meio Ambiente, os quais fazem um diagnóstico das condições ambientais da área e uma análise das conseqüências positivas e negativas da instalação do empreendimento. Com base nesses documentos, técnicos da FATMA irão analisar os impactos e propor medidas que a empresa pode tomar para atenuar ou eliminar os efeitos negativos do empreendimento no meio ambiente. Só assim, os empreendedores poderão obter autorização para atuar na cidade.
“Queremos esclarecer os empresários sobre as questões que envolvem seus negócios e o Meio Ambiente, para que eles não sejam pegos de surpresa. Grandes mudanças estão surgindo nessa área, e empresários que estão acostumados a trabalhar de uma maneira vão precisar se habituar a outro modo de trabalho”, conta a analista de Meio Ambiente da Aemflo e CDL-SJ, Maria Helena Balthazar.
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