São José, Santa Catarina, Brasil
09 de maio de 2024 | 17:38
Edição Março | 2010
Ano XVI - N° 166
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São José completa 260 anos
O desenvolvimento da cidade trouxe mais qualidade de vida, mas também problemas urbanos que afligem os moradores

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São José completa, no dia 19 de março, 260 anos. Foi nessa data, em 1750, que a chegada de 182 casais vindos do Arquipélago dos Açores marcou a fundação da povoação de São José da Terra Firme. Com uma pequena capela erguida onde hoje fica a Igreja Matriz, os colonizadores portugueses dedicaram-se à lavoura e ao comércio, cumprindo a missão que lhes fora destinada: povoar e desenvolver a região.
Alguns acontecimentos relevantes marcaram a história do município, como a elevação à categoria de Freguesia, em 1756, que demonstra o crescimento do povoado. Em 1777, com a invasão da Ilha de Santa Catarina e do continente próximo pelos espanhóis, que dominaram a região por 18 meses, muitos moradores de São José da Terra Firme abandonaram suas casas para se esconderem no sertão, tamanho foi o pânico gerado pelos invasores. Mas a exploração do interior do território da Freguesia, que se estendia até Lages, só começou mesmo por volta de 1787, quando o alferes Antônio José da Costa comandou uma expedição até a serra, abrindo uma picada.
As tentativas de colonizar o interior foram muitas, mas os descendentes de açorianos estabelecidos no litoral temiam o perigo representado pelos animais selvagens e pelos indígenas, além de estarem acostumados com a vida perto do mar. Essa colonização só seria efetiva a partir de 1828, com a chegada dos primeiros imigrantes alemães a Santa Catarina. Esses imigrantes fundaram a primeira colônia alemã do Estado, em 1829: São Pedro de Alcântara.
A descoberta de águas termais próximo ao Rio Cubatão, em 1815, também aguçou o interesse pelo interior da região, gerando conflitos com os indígenas locais, que, em uma noite, cercaram e dizimaram as obras de escavação no local. Apesar do massacre, em 1818 o rei Dom João VI aprovou o projeto de criação do Hospital das Caldas do Cubatão, que, mais tarde, viria a se chamar Caldas da Imperatriz.
Com o crescimento da cidade, começaram a surgir os primeiros órgãos públicos: a Delegacia de Polícia, criada em 1830; a Câmara Municipal, instalada em 1833; e a Comarca Municipal, instalada no mesmo ano, quando a Freguesia foi elevada à categoria de Vila. Nessa época, a população de São José da Terra Firme era de 8.313 pessoas. No ano seguinte eram realizadas as primeiras eleições municipais, na Igreja Matriz da Vila. A primeira escola pública surgiu em 1838, ensinando leitura e escrita, aritmética, doutrina cristã e prendas domésticas.
A visita do casal imperial Dom Pedro II e Dona Teresa Cristina, em outubro de 1845, gerou grande comoção na Vila. Querendo conhecer as águas termais de Caldas do Cubatão, os imperadores desembarcaram em São José, onde foram recebidos com muita pompa pela comunidade local.
Duas irmandades religiosas marcaram a história da cidade: a Irmandade do Senhor dos Passos, criada em 1855, existe até hoje. A primeira procissão foi realizada em março de 1857. A Irmandade do Rosário, criada em 1853 e extinta em 1950, era formada por negros livres e escravos. A cultura dos afrodescendentes está presente na trajetória de São José. Em meados do século XIX, os negros dançavam a dança dos Cacumbis, em que um casal real era aclamado pela corte e pelos súditos, exibindo-se nas ruas com roupas espalhafatosas. Os reis eram coroados, e a bandeira, benzida, e havia muita festa até o toque de recolher, à meia noite.
Outra contribuição importante para a cultura local foi a construção do Teatro Adolpho Melo, então, Theatro de São José, iniciada em 1854. A partir de sua conclusão, muitas peças e espetáculos foram lá apresentados.
Um fenômeno meteorológico único está marcado nas páginas da história de São José: em 21 de julho de 1856, o morro do Cambirela amanheceu coberto de neve.
Em 1893, a cidade aderiu à revolução contra o governo do marechal Floriano Peixoto na República. Os conflitos políticos chegaram a cercos armados, com militantes do partido Federalista, deposto do poder no município, fortificando-se na Igreja Matriz, no sobrado ao lado da igreja, no Morro do Bom Fim e na Ponte do Maruim.
O primeiro jornal impresso de São José, “O Astro”, surgiu no início de 1913, com publicação semanal. Ele funcionou até as vésperas da Primeira Guerra Mundial, em 1914. O jornal cobriu a inauguração do Trapiche Municipal, no lugar do antigo, que estava em ruínas, em março de 1913. “O Astro” também registrou os clamores da população pela luz elétrica e a instalação da rede no município, ainda em 1913. No mesmo ano foi fundado o Clube Recreativo 1º de Junho, que ainda existe.

Desenvolvimento Econômico muda perfil da cidade
Ao longo do século XX, São José se expandiu e desenvolveu, aumentando a população e adquirindo uma nova faceta urbana. No final do século, o forte desenvolvimento econômico começou a mudar o perfil da cidade. O município passou a atrair empresas e profissionais, gerando mais opções de emprego, lazer e entretenimento. O desenvolvimento da indústria, do comércio e do setor de serviços e diversos investimentos feitos pelo poder público ajudaram a constituir o perfil atual da cidade, com uma população formada, em grande parte, por pessoas que vieram de outras cidades e estados buscar oportunidades.
Apesar das melhorias na qualidade de vida da população, o crescimento veio acompanhado de problemas urbanos, como a falta de estrutura para atender a todos, o tráfico de drogas e a violência. Em meio a uma situação complexa, com benefícios e aflições, os moradores buscam caminhos que possam tornar sua cidade um lugar cada vez melhor para se viver. Quer saber o que os josefenses gostariam de dar de presente à cidade, no seu aniversário?

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