São José, Santa Catarina, Brasil
13 de maio de 2024 | 10:23
Edição Dezembro | 2009
Ano XVI - N° 163
Receba nossa newsletter
e-mail
Pesquisar
       
Home
Links úteis
Fale com o Oi
Edições do Oi


Editorial
Parecer
Da Redação
Cidade
Especial
Geral
Educação & Cultura
Tradição
Esportes
Saúde
Social
Colunistas



Veja também:
O que é Osteopatia?
São José ganhará Unidade de Pronto Atendimento
HEMOSC mobiliza josefenses

Saúde
 
Casos de AIDS aumentam em São José
Secretária de Saúde aponta relaxamento na prevenção como causa.
Santa Catarina é o terceiro Estado do Brasil em número de casos de AIDS notificados, proporcionalmente à população. De cada 100 mil habitantes, 29,6 têm o vírus HIV. A proporção só é menor do que a do Rio Grande do Sul (41,2) e de Roraima (31,7), e a taxa cresceu entre 2007 e 2008. Outro dado alarmante é o número de casos da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida: Santa Catarina tem 26.057 casos notificados, de acordo com o Ministério da Saúde, que detém as informações mais precisas sobre o tema.
A Região Sul do Brasil tem a maior taxa de incidência da doença e é a segunda em número de casos. Isso faz com que inúmeras cidades do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina estejam no ranking dos 100 municípios com mais de 50 mil habitantes com maior taxa de incidência de AIDS no País. Camboriú, no litoral norte, é a segunda cidade brasileira nessa faixa populacional com maior incidência – são 91,3 casos da doença a cada 100 mil habitantes. Em seguida vêm Itajaí, em 4º lugar, Balneário Camboriú, em 9º lugar, e Florianópolis, em 12º lugar, com uma taxa de 57,4. São José ocupa a 21ª posição, com 44,3 casos de AIDS a cada 100 mil habitantes. Das capitais brasileiras, Florianópolis é a segunda com maior proporção de casos, atrás apenas de Porto Alegre (111,5 casos).
Outro dado pede que se preste atenção à necessidade de prevenção: em 2008, 553 pessoas morreram em decorrência da AIDS em Santa Catarina, um número maior do que o dos anos anteriores. Desde 1980, pelo menos 7.589 pessoas morreram por causa da doença no Estado, enquanto, no Brasil, esse número chega a 217.091.
Dados do programa de DST/AIDS da Prefeitura de São José informam que há 1.295 pessoas cadastradas, desde 2002, como portadoras do vírus HIV. A maioria (78%) tem entre 20 e 35 anos e 60% são homens. Em 2009, a Prefeitura registrou 93 casos novos. A preocupação da Secretaria da Saúde é com o aumento de novos casos – o número cresceu bastante em 2004, caiu entre 2006 e 2007 e voltou a crescer nos últimos dois anos.

Contágio e grupos de risco
As principais formas de contágio são a relação sexual sem preservativo e o uso de agulhas e seringas contaminadas. A doença vem ampliando os perfis de grupos mais atingidos. Se antes os grupos de risco eram homossexuais e usuários de drogas, com o tempo a faixa etária mais sexualmente ativa passou a integrar a lista. Nos últimos anos, novos públicos têm sido afetados, como os idosos, as pessoas casadas e os adolescentes. “Nos preocupamos com os idosos porque eles não têm o costume de usar preservativo, e é um tabu até receber orientações sobre o tema. Hoje eles estão mais ativos socialmente e precisam tomar cuidados”, esclarece a secretária municipal de Saúde, Sônia Provin. “As pessoas casadas também devem usar proteção, pois muitas não sabem que o parceiro tem o vírus. Outro grupo que tem crescido é o dos que contraem o vírus com o primeiro namorado, porque acreditam que ‘comigo não vai acontecer, é a primeira vez’”, alerta Sônia.
A secretária acredita que o crescimento do número de casos é consequência de um relaxamento da população em relação à proteção. “Continuamos falando sobre a AIDS, mas como o assunto virou rotina, as pessoas acreditam que acontece com o vizinho, mas não vai acontecer com elas. Até a população mais instruída não investe em prevenção e depois tem que correr atrás do prejuízo. Queremos salientar a necessidade de prevenir, e o único meio de se prevenir é usar preservativo e não compartilhar agulha ou seringa”, informa. Para ajudar a conscientizar a população sobre os riscos da AIDS, a Secretaria tem realizado campanhas em escolas, casas noturnas e universidades, e fez uma grande mobilização no final de novembro, para marcar o Dia Municipal de Luta Contra a Aids, no dia 1º de dezembro. Outra ferramenta disponibilizada pela Prefeitura é a distribuição gratuita de preservativos, que podem ser adquiridos na sede do programa DST/AIDS, que fica no Centro Histórico (ver quadro). Lá também podem ser obtidas informações sobre tratamento e pode-se requerer um exame para diagnosticar o HIV.
Para os casos em que a prevenção falhou, o tratamento é o melhor caminho. O governo fornece todos os medicamentos e o acompanhamento de profissionais de saúde, como médico, assistente social e enfermeiro, todos comprometidos com o sigilo do atendimento. O tratamento bem feito, com remédios tomados na hora e na dose certa e com acompanhamento regular, auxilia muito para que o paciente tenha boa qualidade de vida. “Hoje não tratamos mais a AIDS como uma doença terminal, mas sim como uma doença crônica, porque muitas pessoas convivem com o vírus há anos. Mas é necessário admitir que está doente e seguir o tratamento à risca. No caso de mulheres gestantes, se o tratamento for feito corretamente, há grandes chances de o vírus não ser transmitido para o filho”, explica a secretária de Saúde. Ela pede que a população seja cuidadosa: “Tem que ter consciência de que a AIDS se esconde em qualquer lugar. Pode estar no teu parceiro em que tu confias, no teu colega com quem tu partilhas a seringa, no teu primeiro namorado, no teu parceiro de longa data de casamento, e pode estar no teu amigo idoso.”

Programa de DST/AIDS da Prefeitura de São José:
Praça Aroldo de Souza, nº 38, Centro Histórico.
Telefone para informações: 3357-6940

Content on this page requires a newer version of Adobe Flash Player.

Get Adobe Flash player

 

Content on this page requires a newer version of Adobe Flash Player.

Get Adobe Flash player

 
 
COPYRIGHT 2009 • TODOS OS DIREITOS RESERVADOS • É PROIBIDA A REPRODUÇÃO DO CONTEÚDO DESSA PÁGINA EM
QUALQUER MEIO DE COMUNICAÇÃO, ELETRÔNICO OU IMPRESSO, SEM AUTORIZAÇÃO ESCRITA DO OI SÃO JOSÉ ON LINE.