Cabelos no rosto,
Cobria o desgosto
Da pobre Maria
Sozinha na estância
Quarava suas ânsias
E angústia que tinha.
Uma velha tapera
No pé de uma serra
Que ela herdou
E o peão que amava
Na curva da estrada
Uma cruz lhe deixou.
Mateava solita
Olhava aflita
Pra um fundo de campo
Talvez assistindo
A noite caindo
Pra seu desencanto.
Num sono profundo
Se ausenta do mundo
E se eleva no catre
No sonho um peão
Lhe estende a mão
E lhe oferece um mate.
O dia raiou e a lua levou
O sonho de Maria.
A realidade só trouxe saudades
E vida vazia
Passou-se os dias
E a sua agonia
Chegou ao fim.
Um belo estancieiro
Tirou o sombreiro
E lhe disse assim:
Me deixe ver seus olhos
prenda minha
Me mostre teu sorriso prenda
minha
Venha cavalgar comigo prenda
minha.
Vamos ver o pôr do sol.
O ranchito
Já deixou de ser tapera
E as flores te espera
É primavera
Foram meses, foram anos de
esperas
Pra te dar o meu amor.
Content on this page requires a newer version of Adobe Flash Player.
COPYRIGHT 2009 • TODOS OS DIREITOS RESERVADOS • É PROIBIDA A REPRODUÇÃO DO CONTEÚDO DESSA PÁGINA EM
QUALQUER MEIO DE COMUNICAÇÃO, ELETRÔNICO OU IMPRESSO, SEM AUTORIZAÇÃO ESCRITA DO OI SÃO JOSÉ ON LINE.