Potecas manifesta-se contra cadeião Passeata reuniu líderes comunitários, moradores e vereadores.
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Para reivindicar a implantação do cadeião no bairro Potecas, em São José, os moradores organizaram uma manifestação próxima à Lagoa de Estabilização da Casan, com o apoio de vereadores e suplentes, no mês de março.
De acordo com o presidente da Associação de Moradores de Potecas, Zulmar Kamers, 50 anos, o objetivo do manifesto é chamar a atenção das autoridades e mostrar que a comunidade não aceita a construção da obra na localidade.
Zulmar lembra que não há ressocialiazação, pois o sistema carcerário está falido, a não ser que o município o faça. “Se a Casan fez uma obra que há anos está inacabada podemos acreditar que teremos segurança com a cadeia aqui perto?”, questiona.
Os moradores reclamaram dizendo que não precisam de mais um “problema”, já que convivem há anos com os gases e odores exalados desagradáveis emitidos pela Lagoa de Estabilização da Casan. “Descobriram que cada Comarca tem que ter o seu Centro de Triagem, porque não descobriram que cada município tem que ter seu Centro de Tratamento de Esgoto?”, indaga o presidente da Associação de Moradores.
Compensação
Zulmar Kamers relata que, em último caso, se não tiver jeito e o Estado implantar o Centro de Triagem é dever investir, no mínimo, R$ 3 milhões na comunidade. “Nós não temos escola, creche, saúde e área de lazer, não temos nada. Precisamos ser compensados”, reivindica.
O líder comunitário recorda que para deixar a comunidade de Potecas mais segura, os governantes comentaram sobre a construção de uma vila militar. “Pergunto aos policiais ou esposas dos militares se vão querer morar perto da lagoa de estabilização, que fede 24 horas por dia?”, interroga.
Outros questionamentos feitos por Zulmar é por que os direitos humanos e a Ordem dos Advogados do Brasil não se manifestaram até agora sobre a implantação do Centro.
Apoio
Edson Serafim, líder comunitário do Bairro Areias, explica que a localidade também é contra a construção. “O problema é que temos, além disso, a Lagoa da Casan”, afirma. “Ninguém concorda com a construção, nem em Areias, nem em Potecas. Acreditamos que não é um bom investimento porque existem lugares mais apropriados, um pouco mais distantes da comunidade. Isso poderia ser estudado e verificado”, declara Manoel Abreu, do Conselho Comunitário de Areias.
Vereadores
“Quando nos unimos a força é poderosa. Esse movimento não é para destruir depois o Cadeião, mas sim, para não deixar fazer. Não precisamos de heróis depois que o mal está feito”, declara o vereador Antônio Battisti (PT), que também participou da manifestação.
O suplente de vereador Altevir Schmitz, conta que vê a aclamação do povo contra a construção. “Tem que haver uma audiência pública para ouvir as lideranças. Por que não ampliam o de São Pedro de Alcântara? Dá para fazer como cadeião agrícola para que esses presos trabalhem, ou colocar lá para Biguaçu, Governador Celso Ramos, onde não tem local urbano”, diz.
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