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Especial - março / 2005 |
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Os 255 anos de crescimento de São José
São
José está hoje entre os 10 municípios mais populosos do
Estado de Santa Catarina. É o 5º em arrecadação de
ICMS e cresceu em sete anos (1997 – 2004), 50%. Passou da 63ª colocação
no cálculo do Índice de Desenvolvimento Humano para o quarto lugar
em cinco anos. Sem dúvida, é um dos municípios que mais
cresce no Estado, com um número de 3,49%.
São José atualmente possui uma boa infra-estrutura. Além
de atrair empresários e trabalhadores através de seu parque industrial
situado às margens da BR 101, atrai também novos moradores que
hoje têm mais espaço para o lazer, principalmente na Beira-mar.
A obra, entregue ano passado na gestão de Dário Berger, valorizou
ainda mais a cidade. São José conta hoje com mais redes de esgoto,
escolas e postos de saúde. Uma economia que está em constante
crescimento.
São José deu origem a municípios como Palhoça, Angelina,
Rancho Queimado, Santo Amaro da Imperatriz, Garopaba, Paulo Lopes, Bom Retiro,
São Bonifácio e São Pedro de Alcântara, último
a ser emancipado, em 1995. Com uma área de 116 Km2, possui uma população
de 169.252 habitantes de acordo com o Censo de 2000. No turismo, tem atrativos
como o Morro da Pedra Branca, utilizado principalmente para a prática
de esportes radicais, o horto florestal e o parque municipal. No centro histórico
podem ser conferidos pelos visitantes o Teatro Adolpho Mello, a Casa de Cultura
Estácio de Sá, o Solar da Guarda Municipal e o Cine York. A Igreja
Matriz e a Escola de Oleiros, única do gênero no País, também
são pontos turísticos do município. A cidade abriga o Hospital
Regional Dr. Homero de Miranda Gomes, referência estadual em cardiologia.
No cenário político do município destacam-se Homero de
Miranda Gomes, prefeito do Município de 1956 a 1960 e duas vezes deputado
estadual (1970 a 1974 e de 1974 a 1978), e Germano João Vieira, segundo
deputado estadual.
A chegada dos primeiros habitantes
1750,
Província de Santa Catarina. É numa "serena e clara madrugada
do mês de março" que chega a São José da Terra
Firme um grupo de 182 casais de açorianos. Eles vêm para atender
uma solicitação do então presidente da província,
brigadeiro José da Silva Paes, que teme a invasão do território.
O local é cobiçado por franceses, ingleses e espanhóis.
É assim que a história conta o nascimento do município
de São José. Três anos mais tarde, em 1755, já existia
em São José da Terra Firme uma pequena capela com seu vigário,
José Antônio da Silveira. Hoje, o pequeno local tornou-se a Igreja
Matriz do município. Uma das principais atividades na época era
a lavoura e o comércio. Na lavoura, destacava-se o cultivo do algodão
e do linho, especialmente onde atualmente situa-se o bairro Roçado. Lá,
foram montados pequenos teares. O título de freguesia chegou seis anos
após a fundação do povoado, em 1756. Para estudar a fauna
e as riquezas dessa freguesia, cujos limites iam até Lages, o vice-rei
Luiz de Vasconcelos e Sousa ordenou em 1787 que o Governador da Província
na época, José Pereira Pinto, convocasse o alferes Antônio
José da Costa.
Começava, então, o reconhecimento da terra. Em 1797 já
havia uma população de 2.079 pessoas, incluindo os escravos. Foi
em 1833 que São José passou de freguesia a vila. Evento que foi
recebido com muita festa e manifestações populares. Em 4 de maio
São José tornou-se, enfim, município. Feliciano Nunes Pires
foi nomeado presidente da Província. Além de Desterro, São
José foi o único município a receber a visita imperial
de D. Pedro II e Dona Theresa Christina em 1845.
Hoje, 255 anos depois da fundação, São José é
exemplo de crescimento no Estado e no País.
Fonte: SÃO JOSÉ – Breve história
da cidade e seu theatro. Edição Especial – janeiro de 1982.
Por G. Gerlach e O. Machado.
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8 de Março: Dia Internacional da Mulher
As dificuldades, conquistas e glórias de quem é mãe, esposa e, acima de tudo, trabalhadora.
Oito
de março de 1857, Estados Unidos. Visando a redução das
16 horas de trabalho para 10 horas, um grupo de trabalhadoras de uma fábrica
de tecidos de Nova Iorque entra em greve. Elas ganhavam um terço do salário
dos homens. É a primeira vez que mulheres se unem para fazer reivindicações.
O movimento foi duramente reprimido. As grevistas foram trancafiadas na fábrica
e morreram carbonizadas após um incêndio. Foi a partir daí
que muitas mulheres começaram a exigir seus direitos. Em 1903, por exemplo,
profissionais liberais norte-americanas fundaram uma associação
para ajudar trabalhadoras que exigiam melhores condições no mercado.
53 anos depois do acontecimento na fábrica de Nova Iorque, durante uma
conferência internacional de mulheres na Dinamarca, a data (8 de março)
foi instituída como o Dia Internacional da Mulher e homenageia todas
aquelas que, de uma forma
ou de outra, lutam por seus direitos.
De lá pra cá muita coisa mudou, mas ainda hoje a mulher convive
com a violência dentro da própria casa. De acordo com a Delegacia
de Proteção à Mulher, a cada quatro minutos uma delas é
espancada no Brasil. De 1985 até 2001 foram registrados 22.119 casos
de violência. Somente em 2003 foram mais de 2400 casos. E o dado mais
alarmante é que, segundo a Delegacia, apenas 10% das mulheres que sofrem
com a violência doméstica denunciam os parceiros.
Mulher
na Política – Apesar dos tristes dados, hoje elas vêm
conquistando cada vez mais seu espaço. Uma prova disso é com relação
à política. Em 2002, elas foram 51% da população
e do eleitorado. E é na política que, a cada dia, elas vêm
adquirindo mais cargos. Dos 12 vereadores de São José, três
são mulheres. Uma delas é Clara Inês Girardi Bernardes,
que integra pela primeira vez o grupo de vereadores na Câmara do município.
Nascida em Rodeio (médio vale do Itajaí), viveu grande parte da
sua vida em Benedito Novo (médio vale do Itajaí). Clara, que é
líder do governo e mestra em administração pela Esag, participa
do PSDB Mulher, é coordenadora estadual do Instituto Teotônio Vilella
(PSDB), faz parte do Diretório Municipal do PSDB, fez Escola de Governo
e Capacitação Política para Mulheres no Poder Local. "Não
entrei como aventureira, me preparei para virar política", completa
a vereadora eleita com 1969 votos. Os direitos da mulher sempre estiveram em
sua pauta. O último projeto é para a construção
de um centro educacional para os bairros Kobrasol e Campinas, que ainda não
dispõem de um espaço gratuito para as mães deixarem os
filhos entre zero e seis anos enquanto trabalham. "Não tem sofrimento
maior para uma mãe do que não ter onde deixar o filho". O
projeto, apenas em três dias, já arrecadou mais de 2000 assinaturas.
O objetivo é, além de contribuir com a exclusão social,
possibilitar mais oportunidades para as mães. Quando questionada sobre
a existência de preconceito com relação à mulher
na política, a vereadora é enfática: "no geral ainda
há discriminação, por isso a mulher deve estar preparada
para se posicionar".
Mulheres josefenses – Juntamente com Clara Bernardes, também ocupam espaço na Câmara Municipal de São José as vereadoras Adeliana Dal Pont, que já foi secretária da Saúde durante três gestões e está em seu segundo mandato como vereadora, e Sandra Pereira Alves Martins, eleita pela primeira vez. Entre outras que já passaram pela Câmara de Vereadores, merecem destaque Albertina Maciel, única mulher a ocupar a presidência da Casa (1963/1964), e Maria das Graças Pereira, pelo amplo trabalho realizado em prol da mulher. Outras mulheres josefenses também orgulham o município, como a Embaixatriz da Cultura Josefense, a artista plástica e poetisa Hermelinda Izabel Merize, conhecida carinhosamente como Dona Nini, a presidente da Academia São José de Letras, a escritora Zoraida Hostermann Guimarães, a empresária Ester Macedo, a primeira-dama e secretária do Desenvolvimento Social, Rita de Cássia Melquíades Elias, a secretária da Educação e Cultura, Rosa Maria da Silva Schmidt (Rosinha), a superintendente da Fundação Municipal do Meio Ambiente, Maria das Graças Pereira, a Chefe de Gabinete do Prefeito, Méri Terezinha de Melo Hang, entre tantas outras que, pública ou anonimamente, também ajudam a construir a história da mulher em São José.
A vereadora Clara Bernardes é uma das três mulheres que ocupam uma cadeira na Câmara Municipal de São José. |
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Câmara realiza Sessão Solene em homenagem ao Dia Internacional da Mulher
Onze homenageadas representaram as mulheres josefenses. O evento pode ser conferido pelo público, que lotou o plenário da Câmara.
Para
homenagear as mulheres no dia dedicado a elas – 8 de março –
a Câmara Municipal de São José realizou uma sessão
especial no plenário. Entre os presentes estavam políticos, população
e algumas mulheres que se destacam no município, além da ex-prefeita
da capital, Ângela Amin. Na ocasião, onze mulheres que se destacam
na comunidade josefense foram homenageadas com a medalha Albertina Krummel Maciel.
Albertina, mais conhecida como Dona Tide, nasceu em São José no
dia 24 de fevereiro de 1911. Muito conhecida em sua comunidade, ela criou a
Festa do Santo Antônio no antigo bairro do Max, que hoje leva o nome de
bairro Santo Antônio. Sempre ligada à vida comunitária,
ajudava as camadas mais carentes. Foi vereadora e a única mulher presidente
da Câmara Municipal de São José, nos anos de 1962 e 1963.
Morreu em 23 de novembro de 1976. A medalha, que hoje recebe seu nome, foi criada
através da resolução 151, em 2004, pelo então vereador
Lédio Coelho.
Em poucos minutos o público lotou o local e assistiu atentamente aos
pronunciamentos dos vereadores, além da família de Dona Tide,
através de seu filho, o ex-prefeito de São José, Constâncio
Krummel Maciel, que agradeceu a escolha do nome de sua mãe para a medalha.
"Mamãe era realmente uma pessoa extremamente caridosa", completou.
Confira as homenageadas no Dia Internacional da Mulher:
De Lourdes Jorge Schmitz nasceu em Vidal Ramos, em 18 de junho de 1957. Mora há 18 anos no município e tem dois filhos. Entre as contribuições para a comunidade, participa do Conselho Comunitário do bairro Forquilhinhas. É também madrinha de grupos de jovens e idosos e organiza festas natalinas todos os anos na comunidade.
Deolinda dos Santos Farias é natural de Alfredo Wagner e tem oito filhos. Nasceu em cinco de agosto de 1934 e mora há 27 anos no bairro Forquilhinhas. É vice-presidente do grupo de idosos da Paróquia de São Francisco de Assis, integrante do grupo de mães e organiza todos os anos a Campanha do Amigo.
Elenita
Gerlach Koerich nasceu em 19 de junho de 1950. Natural de São
José, Elenita morou durante anos no Centro Histórico. Tem dois
filhos e é formada em Letras pela Universidade Federal de Santa Catarina.
Aos 17 anos, juntamente com o presidente do Clube 1º de maio, fundou o
baile das debutantes. Foi professora de português e literatura, além
de conselheira da Maternidade Carmela Dutra. Em 1996 foi eleita vereadora.
Maria de Andrade Coelho é natural de Angelina e tem 11 filhos. Em 1974
mudou-se para o bairro Campinas, e desde 78 vive em Picadas do Sul. De família
humilde, sempre trabalhou para conseguir seu sustento. Foi agricultora, costureira,
professora, e hoje, está aposentada. Fez parte de grupos de idosos, reflexão
e de casais.
Maria das Graças Machado é de Urussanga e nasceu em 25 de agosto de 1961. Tem três filhos e mora em São José há 25 anos. Sempre trabalhou em prol da comunidade onde vive. Hoje reside em União da Vitória, próximo à Avenida das Torres. É presidente da Associação de Moradores União da Vitória.
Maierly Schmidt Capistrano é natural de Bom Retiro. Nascida em primeiro de julho de 1939, sempre esteve ligada a atividades com pessoas carentes. Foi secretária e recepcionista na Igreja Adventista.
Menar Silva Rodrigues é de Bom Jardim da Serra e nasceu em 17 de julho de 1943. Tem sete filhos e 11 netos. Trabalhou durante sete anos na enfermagem do Sindicato Rural e três anos em posto de saúde. Já são 31 anos de serviços dedicados à saúde. Mora no bairro Forquilhinhas.
Miriam Baumgart Costa é de Lages e nasceu em 12 de maio de 1970. Técnica em enfermagem, tem quatro filhos e é voluntária em creches e hospitais. Participa do projeto “Mãos que ajudam”, da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.
Rose Maria de Jesus Pauli nasceu em Biguaçu e tem dois filhos. Fez o segundo grau na Academia do Comércio e é presidente da Associação Social da Paróquia Santa Cruz. Foi vereadora de 1992 a 1996 e secretária da mesa diretora da Câmara.
Sulamita Lange Dias tem três filhos e participa há 21 anos dos grupos de idosos e de mães da Paróquia São Judas Tadeu. Está cursando Gerontologia na Universidade Federal de Santa Catarina – NETI.
Zulmira Maria Ouriques nasceu em 17 de junho de 1924, em Campinas. Tem três filhos, oito netos e seis bisnetos. Foi servente e trabalhou fazendo merenda escolar. Viu o bairro onde mora crescer. Hoje é aposentada pelo Estado.
As homenageadas. |
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Parabéns São José pelos 255 anos de uma história de Sucesso!
Mais de dois séculos e meio de uma história trilhada com coragem e bravura, que resultou em uma São José próspera e maravilhosa para se viver. Temos 255 motivos a comemorar e muito a agradecer...
Aos
pioneiros que aqui chegaram em 1750, nosso reconhecimento por desbravarem esta
Terra;
Aos que escolheram São José para viver, nosso respeito por acreditarem
no futuro deste importante município catarinense.
E, aos que aqui nasceram, como nós, nossa gratidão por engrandecerem
ainda mais a nossa querida São José,
pois somos a força josefense que acredita e se orgulha desta Terra Firme.
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