Especial - maio / 2007

Como anunciar
Nova turma de Voluntários da Fiscalização Ambiental recebe treinamento
35º Rodeio Internacional do CTG os Praianos termina e deixa saudades
Operação Moeda Verde também gera insegurança para o mercado em São José

Licenças ambientais facilitadas, funcionários públicos envolvidos, empresários prevalecidos, supostas fraudes por concorrência entre os dois shoppings em Florianópolis, depoimentos, inquéritos e apurações. Foi nesse cenário de escândalo que foi deflagrada a operação Moeda Verde da Polícia Federal (PF), que no dia 03 de maio deteve 22 pessoas em Florianópolis e em Porto Alegre. Próxima de completar 20 dias, a Operação Moeda Verde continua sendo investigada pela PF. A delegada Julia Vergara, responsável pela Operação, declarou que a denúncia inicial era de concessão de licença ambiental indevida para a construção do Loteamento II Campanário, em Jurerê Internacional. Segundo a delegada, as investigações levaram ao secretário da Secretaria de Urbanismo e Serviços Públicos (Susp), Renato Juceli de Souza, e ao cunhado dele, o vereador Juarez Silveira. Na seqüência, apareceram empresários e técnicos de órgãos ambientais do Estado e do município. Em nove meses, foram interceptadas 150 mil ligações. Ainda estão envolvidas as licenças para os empreendimentos Floripa Shopping e Shopping Iguatemi.
De acordo com o Ministério Público Federal e órgão públicos envolvidos, as licenças ambientais concedidas, alvo principal da investigação da PF, não devem ser caçadas ou suspensas antes da conclusão do inquérito policial, que tem prazo de 30 dias, com possibilidade de prorrogação.

Entenda a operação
• A operação investiga a existência de um esquema de venda de leis e atos administrativos de conteúdo ambiental e urbanístico em favor de grandes empreendimentos na Ilha de Santa Catarina.
• O esquema envolveria a ocorrência de crimes contra a ordem tributária, falsificação de documentos, uso de documento falso, formação de quadrilha, corrupção e tráfico de influência. São suspeitos de envolvimento vereadores de Florianópolis, empresários e servidores públicos estaduais e municipais.
• A operação recebeu o nome de “Moeda Verde” pela Polícia Federal pelo fato da moeda de troca estar ligada ao Meio Ambiente em área de preservação permanente.

O segmento da construção civil

Foto: Divulgação/Sinduscon
O presidente do Sinduscon, Hélio Bairros, acredita que a operação “Moeda Verde” vai gerar muita instabilidade para os investidores financeiros, podendo sim, respingar em São José.

Preocupado com o reflexo do escândalo no segmento da construção civil, o presidente da Sinduscon, Hélio Bairros, avalia que o maior dano foi à imagem, e o segundo, foi no ambiente de negócios. “O setor mais uma vez ficou exposto e isso é negativo. Nós estávamos nos recuperando de uma crise em 2006, em função de mudanças na legislação municipal, e agora, fomos surpreendidos por essa ação da PF”, explica. Apesar de achar prematura a situação para apresentar valores específicos da efetiva perda do setor, ele calcula que isso ainda vá gerar muita instabilidade para os investidores financeiros, podendo sim, respingar em São José. O presidente adiantou que, num primeiro momento, já houve suspensão de investimentos, certificando que alguns negócios chegaram a ser temporariamente interrompidos. “As empresas estão deixando de ser familiares, já estão trabalhando com investimentos de terceiros e esses empresários não investem mais seu dinheiro num mercado que está turbulento”, disse.
Sem fazer projeções futuras, em termos de valores, ele acredita que um longo período de dificuldades vai ser vivido pelos empresários do segmento. Para ele, o reflexo da operação “tem um efeito dominó”, que com certeza vai respingar em setores como o turismo, o comércio, sendo um retrocesso para a geração de emprego e renda. Hélio ainda acredita que as licenças ambientais são o grande “alicerce da construção civil”. O presidente apontou as dificuldades que são criadas pelos empresários para a liberação dos licenciamentos. “Existe a questão burocrática do sistema, além da complexidade da legislação”, completou.
O especialista em direito ambiental, Antônio Carlos Brasil Pinto, afirma que existe um conflito aparente com relação à complexidade das licenças. “O município é responsável por expedir alvará de construção, o Estado libera a licença com a Fatma e a União legisla”, disse, acrescentando que cada um deve estar em sua esfera. “A nossa legislação ambiental é muito bem desenvolvida”, concluiu. Sobre a intervenção nas obras envolvidas na Operação Moeda Verde, ele adiantou que as licenças foram legais e por isso é normal que não haja intervenção. “Não há relação entre a construção e a investigação policial”, afirmou, completando ainda, que para que o Ministério Público solicite o embargo das obras é necessário que sejam comprovadas as irregularidades.

Foto: Divulgação/RDO
Para o empresário Roberto Deschamps existem muitas falhas na burocracia dos órgãos que expedem a licença ambiental.

Roberto Deschamps, empresário da RDO Construtora, em São José, garante que ainda não contabilizou nenhuma perda na sua empresa, mas acredita que o escândalo é muito pessimista para o segmento. Com 24 anos de atuação na Grande Florianópolis, ele considera falha a burocracia dos órgãos que expedem licença ambiental. “Não há unicidade e por isso muitas vezes a burocracia faz você pode perder o time do negócio, e isso acaba por retardar o crescimento”, explicou. Taxativo, entende que o sistema público tem sido o grande vilão nesse processo. “O sistema público não está acompanhado o crescimento, provocando o travamento das ações”, concluiu.

Como anunciar
Operação Moeda Verde também gera insegurança para o mercado em São José
35º Rodeio Internacional do CTG os Praianos termina e deixa saudades

Nova turma de Voluntários da Fiscalização Ambiental recebe treinamento

Cuidar do patrimônio ambiental do município tem despertado o interesse de muitos voluntários ambientais em São José. Depois de confirmado o sucesso da primeira turma, com 98 integrantes de todas as comunidades do município, a Fundação Municipal do Meio Ambiente abriu novas inscrições para os interessados em atuar como Voluntários da Fiscalização Ambiental, disponibilizando 40 novas vagas. A primeira turma, que recebeu o certificado no mês passado, já está atuando junto aos Guardas Ambientais no município.
Os novos voluntários receberam treinamento no último 19 de maio, na Escola do Mar, incluindo noções sobre primeiros socorros, combate a incêndios, coleta seletiva e destinação correta do lixo, além de orientações sobre preservação das matas ciliares e legislação de proteção ao meio ambiente. O Curso de Formação de Voluntários da Fiscalização Ambiental é realizado com o apoio do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar Ambiental.
Para o superintendente da FMMA, engenheiro Sílvio César dos Santos Rosa, apesar de não ter poder de policiais, os fiscais voluntários são agentes importantes no processo de educação ambiental. "São pessoas que têm um nível de preocupação maior com o Meio Ambiente e que vão atuar como multiplicadores de conscientização”, disse, garantindo que se o número de inscritos exceder o total de vagas disponíveis, será aberta uma nova turma.

Como anunciar
Operação Moeda Verde também gera insegurança para o mercado em São José
Nova turma de Voluntários da Fiscalização Ambiental recebe treinamento

35º Rodeio Internacional do CTG os Praianos termina e deixa saudades

Quase 100 mil pessoas passaram por São José nos 10 dias de Rodeio, que com atrações e promoções inéditas, deixou a multidão com gostinho de quero mais.

Hora de tirar os chapéus, aposentar as botas e deixar de lado as tradições tão marcantes que encantam multidões na realização dos rodeios, pelo menos por um tempinho. Tradicionalistas ou não, muito jovens, famílias e até idosos, que dessa vez tiveram um dia de programação especial, marcaram sua presença no rodeio de 27 de abril a 6 de maio. Foi com a garantia de bons dias de diversão e encontros agradáveis, que as pessoas se despediram do CTG OS Praianos, em São José, na realização do 35º Rodeio Nacional e do 9º Rodeio Internacional. Nessa edição, apesar de um certo contra-gosto, a programação teve um pequeno acréscimo no valor dos ingressos cobrados nos fins de semana com relação ao ano anterior, também contou com mais atrações. Além de um dia de programação inédita para a terceira-idade, outro destaque foi a aquisição de um ingresso unitário para toda família, no último dia de rodeio, quando aconteceram as tão esperadas finais das provas campeiras. A atração maior ficou por conta do show nacional dos cantores Bruno e Marrone, que fizeram os presentes cantar em coro afinado os sucessos da dupla, no dia 04 de maio.
Para o membro da patronagem, Aladir José da Silva, o aumento do valor nos ingressos para os finais de semana está justificado na realização de uma pesquisa realizada pelos participantes da edição anterior, onde foi constatado que, independente de valores, eles gostariam de ter mais atração e segurança no rodeio. “Tivemos dias maravilhosos de festa e o sucesso dessa edição combina resultado financeiro com avaliação do público e segurança no local”, disse, garantindo que não houve registro de nenhuma ocorrência durante a festa. Ele declarou ainda, que a solicitação do público foi atendida por uma programação mais variada, incluindo as novas atrações.
Provas de laço e gineteada, escolha da melhor prenda, grupos de danças, missa campeira, além de shows locais e nacionais garantiram a festa dos participantes. Foram mais de 4,5 mil pessoas inscritas em provas campeiras, que disputaram 30 modalidades distintas onde, além dos troféus, os competidores disputaram R$ 85 mil em prêmios.
O evento, que recebe grande número de visitantes, expositores, apoiadores, foi significativo para movimentar a economia da região. Segundo dados da comissão organizadora do Rodeio, o CTG Os Praianos esse ano gerou cerca de mil postos de trabalhos temporários, incluindo os setores da segurança, limpeza, manutenção, estacionamentos nas redondezas do parque, entre outros.
Além de significativa para fins econômicos, a programação contou com a presença de visitantes dos estados de Brasília, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná e ainda participantes da Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai nas provas de gineteada em cavalos. Com experiências distintas, os participantes puderam compartilhar a cultura tradicionalista, transformando a festa no segundo maior evento tradicionalista do País.
O patrão do CTG Os Praianos, Almir Valério da Silva, o Mirinho, acredita ter muitos motivos para comemorar. “Tivemos um recorde de público participante nas modalidades campeiras, com 4,5 mil inscritos distribuídos em 30 modalidades e ganhamos muito em qualidade desse mesmo público que nos prestigiou”, destacou, lembrando que nessa edição as famílias compareceram em grande número, principalmente pela promoção do último dia, o que para ele é um fator muito relevante.

Atenção aos deficientes físicos
O CTG Os Praianos foi pioneiro de uma iniciativa muito importante e decisiva para motivar a integração e participação dos deficientes físicos nas provas campeiras. Incentivado pela lei já criada pelo Movimento Tradicionalista Gaúcho de Santa Catarina, foi o primeiro no País a isentar pessoas com deficiências físicas de pagarem as inscrições das provas campeiras realizadas nos rodeios em Santa Catarina. Depois dessa importante decisão do CTG Os Praianos em cumprimento da lei criada pelo MTG-SC, a organização do Rodeio já tem planos ousados para a próxima edição, como a criação de uma modalidade da prova campeira específica para os portadores de deficiências físicas, em um espaço onde eles possam desenvolver suas habilidades no laço.
Exemplo dessa garra pode ser visto em Luis Flávio, que durante os 21 anos de competição já perdeu as contas de quantos torneios participou. O que ainda mantém vivo em sua memória são os troféus que guarda com satisfação: dois de campeão no laço de dupla e os incontáveis de homenagem, a exemplo do que recebeu no Rodeio.

Rodeio recebe a presença da primeira prenda do Brasil
Com o lema “jovens como base para o futuro da tradição gaúcha”, Edinéia Pereira, natural do município de Armazém (SC), conquistou o título em 2006 durante um evento que reuniu prendas do Movimento de Tradição Gaúcha no Mato Grosso do Sul. Integrante do CTG Laço do Bom Vaqueiro, de Brusque (SC), a dona do título de 1ª Prenda do Brasil viaja o País divulgando a cultura campeira. Presente nessa edição do Rodeio como jurada do concurso da prenda mais bela do evento, ela tenta conscientizar os tradicionalistas através de palestras sobre a importância dos jovens como base para o futuro autêntico da tradição gaúcha.


O governador, Luiz Henrique da Silveira, também não deixou de experimentar a saborosa carne de porco no espeto servida pelos tradicionalistas.

Autoridades marcaram presença no evento.

Empresários e políticos também estiveram presentes.

A gineteada em touros foi um show a parte.

Bruno e Marrone levantaram o público presente, que cantou os sucessos junto com a dupla.

João Acácio, campeão de Laço Veteranos, com os filhos Rui e Rudinei.

O diretor do “Oi”, Jair Lanzarin, os tradicionalistas do CTG Os Praianos, o Patrão do CTG Porteira do Rio Grande, de Vacaria/RS, Adroaldo S. de Vargas e sua esposa Margareth recepcionaram o prefeito Fernando Elias que prestigiou o Rodeio.

A abertura do Rodeio contou com desfile de bandeiras.

Campeões do 35º Rodeio Nacional e 9º Internacional

Nacional
Taça CTG os Praianos
1º Lugar: Fábio e Ricardo Homem
CTG – Vaqueanos do Litoral – Palhoça (SC)

Pai e Filho
1º Lugar: Sebastião e Edinho Borges
CTG – Os Praianos – São José (SC)

Patrão de Piquete
1º Lugar: Ari Corrêa
Piquete Caledônia – Camboriú (SC)

Laço Piá
1º Lugar: Sílvio Neto
CTG – Os Praianos – São José (SC)

Laço Guri
1º Lugar: Carlos Henrique
CTG – Fogão de Lenha – Tijucas (SC)

Laço Prenda
1º Lugar: Prisciane Santana
CTG – Porteira da Encruzilhada – Palhoça (SC)

Troféu Trabalhador (Moto 0K)
1º Lugar: Renan e Sílvio Neto
CTG – Os Praianos – São José (SC)

Taça Integração (equipe) Força A
1º Lugar: Carlos, Anderson, Serginho e Eleandro
CTG Fazenda Silva Neto – Canelinha (SC)

Taça Integração (equipe) Força B
1º Lugar: Maicon, Gerci, Charles e Daniel
CTG – Presilha Campo-belense – Campo Belo do Sul (SC)

Internacional
Taça Cidade de São José
1º Lugar: Cazuza e Rids Jr.
CTG 13 Guapos – Imbituba (SC)

Laço Dupla Força A (carro 0K)
1º Lugar: Djones e Clériton
CTG – Fundo do Ponte – Rio do Sul (SC)

Laço Dupla Força B(moto 0K)
1º Lugar: Ademir e Ademar
CTG – Neco Goulart – Siríaco (RS)

Laço Dupla Força C
1º Lugar: Éderson e Adilson
CTG – Fazenda Silva Neto – Canelinha (SC)

Veterano
1º Lugar: João Acácio de Souza
CTG – Os Praianos – São José (SC)

Patrão de CTG
1º Lugar: Nonato Hack
CTG – Tropeiros da Serra – São Bento do Sul (SC)

Pai e Filho
1º Lugar: Ari e Adilson Corrêa
CTG – Fazenda Silva Neto – Canelinha (SC)

Piá
1º Lugar: Sílvio Neto
CTG – Os Praianos – São José (SC)

Guri
1º Lugar: Renan Pereira
CTG – Os Praianos – São José (SC)

Prenda
1º Lugar:
Priscila Goedert
CTG – Os Praianos – São José (SC)

Braço de Ouro
1º Lugar:
Sílvio Neto e Ademir Lima
CTG – Os Praianos (SC) / CTG Neco Goulart – Siríaco (RS)

Gineteadas (moto 0K)
1º Lugar:
Renato Fagundes
CTG Sopro do Minuano – Canelinha (SC)

 

Voltar

____________________________________________________________________
Copyright Oi São José Online. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página
em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do Oi São José Online.