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Edição Maio | 2020
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Cientistas brasileiros pesquisam soro produzido a partir do plasma de cavalos para combater a Covid-19
Duas pesquisas, que buscam encontrar um soro capaz de neutralizar o vírus da Covid-19 em pacientes com a doença, começaram a ser desenvolvidas por cientistas em Minas Gerais e no Rio de Janeiro. O método em ambas é semelhante: criar um soro hiperimune, como os usados contra a raiva, a partir dos anticorpos retirados do sangue de cavalos expostos de forma controlada ao Coronavírus inativo.
No Rio de Janeiro, os primeiros dez cavalos já tiveram o vírus injetado na última semana. A meta é obter a primeira resposta — como os animais estão reagindo ao Coronavírus morto — em até um mês, segundo o coordenador do projeto, Jerson Lima Silva, professor titular do Instituto de Bioquímica Médica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e presidente da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj).
“Se esta primeira fase e, na sequência, os testes clínicos apresentarem resultados positivos conforme os protocolos, o soro hiperimune poderá ser uma realidade daqui a quatro meses”, estima Lima Silva, um dos cientistas mais premiados do País.
A UFRJ trabalha em parceria com o Instituto Vital Brazil (IVB), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e o Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR). A pesquisa tem apoio da Faperj, do CNPq, da Capes e da Finep.
Segundo Lima Silva, será usado o vírus inativado por meio de um agente químico ou físico, tornando-o incapaz de infectar células e se replicar. Porém, ele ainda terá preservada as proteínas que podem estimular uma reação do sistema de defesa do animal. Apesar de ser a estratégia que pode trazer melhores respostas ao estudo, ela tem limitações de produção porque necessita de um laboratório de segurança nível 3 – que exige treinamento específico e um controle mais rígido quanto à operação, inspeção e manutenção das instalações e equipamentos. Como estratégia alternativa, também está sendo utilizada a proteína da espícula do vírus (proteína S), que não requer instalações de segurança biológica nível 3.
Se os cavalos de fato produzirem anticorpos, o que pode ocorrer em três ou quatro semanas, a fase seguinte será analisar os anticorpos em laboratório, para ter a certeza de que eles impedirão a multiplicação do Coronavírus, e confirmar se é suficiente a quantidade de anticorpos produzida. O trabalho será realizado pelo Laboratório de Virologia Molecular da UFRJ. Caso comprovado, os anticorpos serão usados no novo medicamento.
Para Lima Silva, a função do soro será impedir o agravamento da doença. Por isso, se aprovado, ele deverá ser recomendado a pacientes em estágio intermediário, quando se pretende segurar o avanço da Covid-19. Como o soro atuará diretamente sobre a multiplicação do vírus, ele não teria impacto num paciente acometido de uma inflamação generalizada grave – presente em quadros severos de Covid-19.
“Apesar de estarmos bastante otimistas, temos muitas etapas pela frente. Comprovado o efeito neutralizante, tanto em células, como em animais, iremos para a fase dos testes clínicos com pacientes, que não é tão demorada como se fosse com uma vacina. Ainda precisamos discutir o protocolo clínico”, reforça Lima Silva.
Em Minas Gerais, a Fundação Ezequiel Dias (Funed) teve pesquisa semelhante a da UFRJ aprovada pelo Programa Emergencial de Apoio a Ações de Enfrentamento da Pandemia Causada pelo Novo Coronavírus, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig). O pesquisador Sérgio Caldas, que lidera o estudo, explica que a técnica se aproxima da mesma usada na fabricação de outros soros. Inicialmente, serão usados cinco cavalos no estudo.
“Estamos usando toda a expertise e a infraestrutura da Instituição para o desenvolvimento deste soro. A escolha do cavalo deve-se ao grande volume de plasma produzida por ele e aos relatos na literatura de produção de soro em cavalos contra o SARS, doença ligada a um outro tipo de vírus”, explica.
Ao contrário da pesquisa carioca, o projeto mineiro prevê um estudo inicial de um ano até o chamado piloto industrial. Somente depois desta etapa, e se apresentar resultados satisfatórios, Caldas e a equipe iniciarão os testes pré-clínicos e clínicos com humanos. Pelos cálculos iniciais, o soro estaria pronto para uso em até dois anos.
Fonte: Zero hora

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