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Edição Janeiro | 2018
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Paleteada
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Júnior Furtuoso

E-MAIL: furtuoso@gmail.com

Recebi da amiga Kety Kayser esta matéria que foi veiculada na Revista Nelore, falando deste universo da Paleteada e a relação com as mulheres apaixonadas pelo esporte.

A Paleteada é uma prova realizada em dupla, que consiste em largar um boi do brete enquanto a dupla de competidores espera para conduzí-lo através de um percurso de 110 metros previamente definido. O trajeto conta com quatro porteiras demarcadas por fenos. A primeira tem oito metros de largura, afunilando a cada porteira que passa. A última porteira é a que imprime maior dificuldade, com três metros de largura. Avaliada por dois jurados que dão nota de 0 a 10 por corrida, somando, no máximo, 120 pontos nas seis corridas com alternância de lado para os competidores.
A prova demonstra a aptidão do competidor com o gado e também a força, a rusticidade e a submissão do cavalo crioulo. Foi inspirada no Freio de Ouro, reproduzindo uma atividade característica do trabalho de campo na pecuária, normalmente premia os animais com melhor aptidão funcional, independente da morfologia. Teve a sua primeira prova não oficial realizada no início da década de 1990, na cidade de Guaíba, Rio Grande do Sul. Com o sucesso desta e de outras provas realizadas nos anos seguintes, a ABCCC (Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos) tornou-a oficial em 17 de outubro de 1994 e hoje é a prova que mais cresce e tem novos adeptos a cada ciclo, pois é com certeza a prova mais emocionante das modalidades da ABCCC. Hoje a prova tem duas categorias Força A e Força B e em ambas os ginetes podem ser tanto feminino quanto masculino.

Paleteada Delas – Com intuito de fazer uma brincadeira entre meninas, aconteceu, no dia 28 de outubro, na Cabanha Divina Aliança, em Mafra/SC, a primeira Paleteada DELAS. Idealizada pela apaixonada por corridas de vaca, Kety Kayser, que também nos últimos anos vem fomentando a modalidade no Estado de Santa Catarina, a prova teve por objetivo não o feminismo, mas sim, dar a elas igualdade de competição.
Além das meninas do Cavalo Crioulo, participaram também as da prova do tambor, que acostumadas com a velocidade dos cavalos Quarto de Milha, tiveram que aprender a conduzir o boi entre as porteiras e deram um show à parte com muito brilho, strass e charme.
Dez duplas entraram em pista para mostrar a beleza, a coragem e a malícia campeira, como diz o narrador e amigo Ronaldo Pinto Gomes, convidado para abrilhantar o evento, que, aliás, foi o idealizador do nome “DELAS”.
“A ideia de fazer uma Paleteada só com meninas surgiu em uma competição em Osório/RS, e imediatamente o amigo Fernando Erves colocou as instalações da Cabanha Divina Aliança à disposição para a realização da Prova. Foram dois meses para organizar e buscar parceiros para apoiar a ideia, que mesmo não sendo oficial seguiu o regulamento da ABCCC e contou com premiação em dinheiro, brindes e troféu para todas as duplas participantes. Merecem um agradecimento especial Escaramuça, Malacara, Camaquense, La Victoria, Doce Rancho, Eurofarma, Picolli Representações, Cabanha Santa Cipryana, Ervas Yacuy, Susin Hotel, R2 Herartt, Elaine Revestimentos, Kety Kayser Joias e Recanto Machado, por acreditarem e apoiarem a primeira Paleteada DELAS”, ressalta a organizadora.
Nove competidoras das participantes nunca tinham corrido uma vaca e merecem parabéns por em poucos dias se dedicarem a treinar e ter coragem de entrar em pista. A ginete Kety, com ajuda do marido e professor Adolfo San Martin, tentaram em poucos dias ensinar às meninas as regras e a prática das corridas de vaca. Em troca, as meninas mostraram em pista que o esforço valeu a pena. A dupla campeã Kety Kayser e Graciela Munhoz se conheceu no dia da prova e juntando o conhecimento e a experiência de uma com a agilidade da outra, conseguiram tirar da caixa dois 10, dos rigorosos jurados Darlei Hess e Antonieto Rosa, que também merecem parabéns pelo excelente julgamento e incentivo dado à prova.
“Acontecimentos como a realização desta prova não tem preço na nossa vida. Contar com o apoio dos amigos para contribuir com uma nova ideia, sem garantias que ela pode dar certo. Ver a dedicação das meninas em treinar e aprender, fazer novas amizades e depois ver que a semente está plantada e pode dar muitos frutos, pois agora elas querem mais, é por demais gratificante. Valeu muito a pena o esforço para divulgar e fomentar este esporte que tanto amo. Sei que novas corredoras vão surgir destas meninas corajosas da primeira Paleteada DELAS e muitas outras provas virão”, diz a idealizadora da prova.
O resultado desta mobilização já está acontecendo. A dupla Kety e Graciele seguiu correndo e já conseguiram bons resultados na Força B: segundo lugar na classificatória em Mafra e terceiro lugar na classificatória de Araranguá/SC. Agora já classificadas para a final do Campeonato Nacional, pretendem aprimorar a dupla.
No mesmo fim de semana também foi feita uma prova de casais, onde as duplas se formaram com marido e mulher. Em meio a muitas risadas e companheirismo foi possível ver que mesmo sendo uma prova que requer cuidado com segurança, ela pode juntar a família e criar novas categorias permitindo maior integração.
Em contato com outros organizadores de provas, alguns já sinalizaram interesse em realizar uma etapa da Paleteada DELAS, o que demonstra que com boas ideias e com o devido apoio, o esporte pode ser divulgado e fomentado ainda mais.

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